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Prata no Mundial de Paris, Wanna Brito supera própria marca no Desafio CPB/CBAT e projeta Parapan

Wanna Brito realiza arremesso de peso durante o Desafio CPB/CBAT no CT Paralímpico | Foto: Marcello Zambrana / CPB

Medalhista de prata no arremesso de peso no Mundial de Paris 2023, a amapaense Wanna Brito conseguiu superar a marca que lhe rendeu o pódio na capital francesa durante o Desafio CPB/CBAT. O evento se encerrou neste domingo, 3, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Pela classe F32 (paralisados cerebrais que competem sentados), ela atingiu 7,07m em uma das suas participações na prova e registrou índice maior do que os 6,80m de Paris, quando ficou atrás apenas da ucraniana Anastasiia Moskalenko, com 7,50 m.

O Desafio de atletismo CPB/CBAt tem a finalidade de difundir e desenvolver a prática da modalidade entre atletas brasileiros com e sem deficiência. A competição foi dirigida e organizada pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Wanna usou o Desafio CPB/CBAT como preparação para os Jogos Parapan-Americanos de Santiago, no Chile, que vão acontecer em novembro. “A meta é trazer a medalha de ouro. Queria muito ter conquistado a primeira colocação no Mundial de Paris, mas não consegui, acontece. Mas agora meu objetivo é o ouro no Chile e, para isso, estou treinando forte”, destacou a amapaense de 27 anos, que deve disputar a competição continental pela primeira vez. A confirmação das vagas só acontecerá após a convocação oficial do CPB, que deverá ser feita após a organização do Parapan confirmar a quantidade de vagas alocadas ao Brasil, o que deve ocorrer nas próximas semanas.

Além do arremesso de peso, a atleta que competiu pelo clube FPA-AP também melhorou sua marca no lançamento club, prova que não faz parte da programação do Parapan do Chile. No fim de semana, ela registrou 24,02m, no sábado, e 23,71m, no domingo. No Mundial de Paris, Wanna terminou o lançamento club com a quinta colocação, com a marca de 23,65m.

“Sábado eu tive um dia melhor do que o domingo. Isso mostra que tenho que treinar ainda mais para conseguir atingir o nível que eu desejo e chegar ao ouro no Parapan-Americano. Essa é a meta que tenho na minha cabeça e vou conseguir”, prometeu a macapaense, que teve diagnosticada paralisia cerebral no momento do parto.

Wanna começou no esporte por meio da natação, em 2018. Já no final de 2019, migrou para o atletismo por incentivo do técnico Marlon Gomes. Sua primeira competição foi em 2020 e despontou no cenário paralímpico nacional após participar do Meeting Paralímpico Macapá 2022. Competiu ainda no Conexão Paralímpica, quando conquistou duas medalhas de ouro, e no Grand Prix de atletismo em Marrakech em 2023, ganhando um ouro e uma prata.

Com pouco mais de um ano entre as principais competidoras do mundo no arremesso de peso e no club, Wanna assume que ainda está em fase de adaptação às modalidades. “Tenho alguns movimentos que preciso ajustar. Fazemos modificações constantes nos treinamentos. Às vezes melhora um lado, depois o outro, e assim vou evoluindo”, explicou.

Outro resultado importante registrado nas provas de campo do Desafio CPB/CBAT foi o do bicampeão paralímpico Claudiney Batista, do CAD-SP, no lançamento do disco da classe F56 (atletas que competem sentados). Bicampeão mundial em Paris, quando alcançou a marca de 46,07m, o lançador mineiro atingiu 45,37m neste domingo, desempenho que também lhe garantiria o ouro na França, já que o medalhista de prata, o indiano Yogesh Kathuniya, chegou a 43,17m.

Prata no Mundial de Paris no lançamento de dardo da classe F56 (que competem sentados), a baiana Raissa Machado também entrou em ação neste domingo no Desafio CPB/CBAT e atingiu a marca de 21,93m. Em Paris, a atleta que representou o clube IEMA-SP na competição do CT Paralímpico conseguiu lançar a 23,05m e ficou atrás apenas dos 25,81m de Diana Krumina, da Letônia.

Nas provas de pista, o paulista Lucas Lima, do Sesi-SP, venceu uma das disputas mais equilibradas do dia. Nos 400m multiclasse, o atleta da T47 (amputados de braço), completou a distância em 49s66, e ficou à frente do capixaba Marcos de Oliveira (T12), com 50s36, e do sul-mato-grossense Davi Wilker (T13), que finalizou em 50s91.

Patrocínio
As Loterias Caixa e a Braskem são as patrocinadoras oficiais do atletismo.

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
Os atletas Claudiney Batista e Raissa Machado são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

PATROCINADORES

  • Toyota
  • Braskem
  • Loterias Caixa

APOIADORES

  • Ajinomoto

PARCEIROS

  • The Adecco Group
  • EY Institute
  • Cambridge
  • Estácio
  • Governo do Estado de São Paulo

FORNECEDORES

  • Max Recovery