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Paralímpico Brasileiro

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Pioneira entre mulheres cadeirantes participa do Camping Paralímpico de Reabilitação

Elis Regina conhecendo o tênis de mesa. Foto: Ale Cabral/CPB.

Desde o último domingo, 13, até o próximo sábado, 19, vinte e oito pacientes de reabilitação participam da primeira edição do Camping Paralímpico de Reabilitação, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Durante esse período, eles serão apresentados a modalidades paralímpicas, além de palestras com profissionais e atletas de alto rendimento. Elis Regina, paciente da Rede Lucy Montoro, é uma das atendidas no Camping. Ela foi a primeira brasileira a conquistar a carta D de motorista, necessária para transporte de veículos que excedem oito lugares.

"Na minha família, meu pai e todos os meus primos dirigem. Então eu queria comprar uma Van para viajar e coisas do tipo. Para isso, eu precisava da habilitação D. Passei em vários médicos e eles disseram que não era possível, mas eu os desafiei", conta Elis Regina.

"Pedi autorização do Detran da minha cidade e vim a São Paulo, pois soube que tinha uma autoescola aqui com um ônibus adaptado. Então me tornei a primeira mulher cadeirante do Brasil a ter esta habilitação, segundo a autoescola." Anteriormente, só homens tinham conseguido o feito. Apesar de ter conquistado a carta, por ora, Elis dirige apenas seu carro enquanto não alcança o sonho da van própria.

A recém-formada médica veterinária se tornou paraplégica aos 18 anos de idade, ao sofrer um acidente de trabalho. Ela trabalhava em um supermercado há apenas 40 dias, quando, ao fechar o portão no fim de seu expediente, este se desprendeu e caiu sobre suas costas. Ela lesionou a L1 e perdeu os movimentos das pernas.

"Passei um bom tempo no hospital, quase três anos ao todo. Depois que tive alta, comecei a correr atrás das coisas. Consegui uma vaga numa unidade da Rede Lucy Montoro em Mogi Morim, onde moro, e iniciei a fisioterapia. Sempre tive vontade de conhecer o Centro de Treinamento Paralímpico. Quando surgiu essa oportunidade de ser parte do Camping, não pensei duas vezes."

Elis conta que, além da experiência de conhecer o esporte paralímpico e ouvir a história de atletas, há também a chance de conviver e fazer amizade com outras pessoas com deficiência: "Acho que todos os deficientes queriam estar no meu lugar. É legal acordar e ver vários cadeirantes, conviver, tomar café da manhã junto. É uma experiência inesquecível."

Ela já conheceu o tiro esportivo, o atletismo, o tênis de mesa e espera continuar no basquete em cadeira de rodas, modalidade que mais gostou até então. "Espero que tenham outras edições do Camping, para que outras pessoas tenham oportunidade de conhecer e vivenciar o que eu estou vivenciando. Ver pela TV ou pelo YouTube é uma coisa. Estar aqui, ver os atletas, conviver com essas pessoas, é algo que não há dinheiro que pague", afirma Elis.

O Camping Paralímpico de Reabilitação é uma parceria do Comitê Paralímpico Brasileiro com a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) e a Rede Lucy Montoro. Todos os participantes são deficientes físicos. Os objetivos da ação são apresentar o esporte como uma oportunidade para ter qualidade de vida e descobrir possíveis talentos. Após o Camping, serão indicadas aos participantes entidades em que podem praticar as modalidades que mais se identificaram.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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