Quase um mês após a Cerimônia de Encerramento dos Jogos Rio 2016, o nadador Phelipe Rodrigues contempla o legado da competição e já está de olho no Mundial do próximo ano. Com quatro medalhas no Rio, o brasileiro destaca a importância que os Jogos Paralímpicos tiveram na divulgação dos esportes adaptados no Brasil.
Phelipe ganhou duas pratas e dois bronzes na competição do mês passado. O atleta de 26 anos acredita que o sucesso dos primeiros Jogos Paralímpicos da América do Sul/Latina vai possibilitar mudanças positivas. “Com certeza a visibilidade das pessoas com deficiência foi o maior legado dos Jogos”, disse Phelipe. “O povo brasileiro, em todos os cantos do país, acolheu os atletas paralímpicos como nunca antes. O clima foi muito bom!”, completou.
“Todo mundo, incluindo os voluntários e trabalhadores, trabalhou como um time. Todos eram muito amigáveis e estavam curtindo os Jogos. Acho que não tinha como ninguém ficar de mau humor. Eu achei que teríamos problemas com a organização, mas tudo correu bem”, analisou o atleta.
Esta foi a terceira Paralimpíada de Phelipe – já havia disputado os Jogos de Pequim 2008 e de Londres 2012. O Rio 2016 foi especial para ele, assim como para cada atleta brasileiro, por causa da oportunidade de competir com o apoio da animada torcida brasileira. “Representar meu país no maior evento do mundo me deixou orgulhoso e feliz, ainda mais em casa, com toda minha nação assistindo e torcendo por mim”, observou. “Isto foi definitivamente algo especial, não só para mim, mas para todo o movimento paralímpico do Brasil. Mostramos à sociedade que somos capazes”, acrescentou.
Phelipe foi o destaque dos revezamentos 4x100m medley 34 pontos e 4x100m livre 34 pontos, colaborando para o bronze e prata brasileiros, respectivamente. “Nós somos muito unidos e sempre acreditamos um no outro para dar o melhor e nunca desistir até o ultimo centímetro. A única coisa que tive que fazer foi dar meu melhor, assim como meus companheiros”, contou.
O atleta também conquistou a prata nos 50m livre S10 e o bronze nos 100m livre S10, terminando com quatro medalhas, uma a mais que o esperado. “Posso dizer que superei meus objetivos em termos de número de medalhas, mas nem tanto quanto aos meus tempos e às cores das medalhas. Não vou mentir. Eu queria nadar abaixo do recorde dos 50m e 100m livre, mas fiquei contente com meu tempo na última, já que estabeleci um novo recorde pessoal por meio segundo. Nos 50m, algo aconteceu na minha estratégia, o que me custou alguns centésimos”, analisou. “Eu também esperava conquistar o ouro nos 50m livre S10, mas nunca sabemos o pode acontecer em uma final paralímpica”, concluiu.
Com o término do Rio 2016, Phelipe já se prepara para Tóquio 2020, mas avisa que outros desafios importantes ainda estão próximos antes dos próximos Jogos. “Eu quero melhorar para o Mundial do ano que vem, no México, e poder conquistar o ouro. Eu quero representar o Brasil em 2020, mas não sei se vou me aposentar ou não após estes Jogos. Como um atleta de alto desempenho, eu sempre sonhei eu ganhar um ouro. Vou treinar para fazer o meu melhor lá e, como sempre, vou buscar o ouro. Se tudo der certo, aposentar com o ouro que tanto quero”, planejou.
Assessoria de imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
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Flávia Alves (Estagiária)