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Petrúcio Ferreira e Daniel Dias dão seus primeiros ouros ao Brasil no Parapan de Lima

Entre as 38 medalhas que o Brasil conquistou neste domingo, 25, no segundo dia de competições dos Jogos Parapan-Americanos de Lima, duas foram colocadas no peito de dois dos maiores nomes do Movimento Paralímpico mundial. No atletismo, o paraibano Petrúcio Ferreira conquistou o inédito ouro nos 400m da classe T47 (amputados de braço) e, na natação, o paulista Daniel Dias foi campeão nos 50m costas (S5).

O Brasil está isolado na liderança do quadro geral, com 79 medalhas. Das quais, são 27 de ouro, 23 prata, e as 29 restantes de bronze. Somente neste domingo, a bandeira brasileira foi vista em 38 cerimônias de pódios nas arenas de competição peruanas – duas a menos que no sábado, 24, quando fomos 40 vezes laureados.

A primeira medalha de ouro de Petrúcio vem de uma prova na qual ele não é especialista. Ele é campeão mundial e paralímpico nos 100m e 200m da classe T37, mas optou por se dedicar aos 400m neste ano. Na semifinal, em Lima, o paraibano cumpriu a distância em 49s70, mas claramente se poupando. Na final, três horas mais tarde, ele cruzou a linha de chegada em primeiro com sobras em 49s25 – mais de um segundo à frente do medalhista de prata, o venezuelano Samuel Colmenares (50s32), seu compatriota Renny Segueri herdou o terceiro lugar do brasileiro Thomaz Moraes, que terminou em terceiro, porém foi desclassificado por invadir a raia vizinha.

“Não foi fácil, para chegar às provas de 400m. Foi uma trajetória dura, mas eu sabia que, pelo tanto que treinei, enfrentaria aqui somente a parte fácil, porque o mais difícil eu deixei lá atrás, nos treinamentos. Corri a semifinal sobrando. Mas na final eu vi meu rival crescendo nos últimos 150 metros, eu olhei para a reta final e pensei: ‘Essa medalha é minha, é nossa, é do Brasil’, e foi o que aconteceu”, comentou, ainda ofegante na zona mista o paraibano, que amputou o braço direito ainda criança devido a um acidente com uma máquina de cortar capim.

Já o campineiro Daniel Dias não possibilitou a menor chance de ser rivalizado por qualquer um dos rivais que caiu na água com ele, no início da noite de domingo, em Lima. Ele atravessou a piscina nos 50m costas em 36s78, mais de oito segundos mais rápido que o segundo colocado, o mexicano Óscar Resendiz.

“Muito feliz por trazer mais uma medalha para o Brasil, é uma grande competição. O Brasil arrebentou no primeiro dia, a natação ainda não havia começado, mas agora que já temos os nadadores em ação, mostrando que o grupo está bem, é maduro, sabe dos objetivos, está forte e unido, para trazer o maior número de conquistas”, disse Daniel, que nasceu com má-formação congênita em três membros.

O nadador, que disputa Parapans desde o Rio 2007, alcançou neste domingo sua 28ª medalha na competição, todas elas de ouro. Ele ainda cai na água outras três vezes, podendo amealhar 31 premiações quando as provas de natação chegarem ao final, no sábado, 31. 

Atletismo
O atletismo contribuiu com 15 láureas para o Brasil neste domingo, 25. Alessandro Silva manteve-se dominante no lançamento de disco da classe F11, para cegos, e alcançou 45,34m. 

As provas de campo também fizeram brilhar a estrela de Caio Vinícius da Silva, do peso (F12), Mauro de Sousa, no peso (F63) e Sandro Varela, do dardo (F52): todos conquistaram ouro. Nesta última ocorreu um pódio duplo, visto que Wallace Oliveira ficou com a prata.

Outro pódio duplo verde e amarelo registrou-se no salto em distância das classe T11/12 (cegos e baixa visão) feminino. Gabriela Mendonça estabeleceu novo recorde da competição com 5m34 e foi a campeã, seguida de Clelia Rodrigues, 4,15m, com a prata.

Vitor Antonio de Jesus faturou os 400m T37, com o tempo de 52s78. Tascitha Oliveira também subiu ao pódio, com uma prata nos 200m T36, para paralisados cerebrais. Davi Wilker foi bronze nos 400m (T13).

Entre as mulheres, Tuany Barbosa foi bronze no disco (F55), assim como Fernanda Yara (200m, T47), Marivana Oliveira (peso, F35/36/37).

A segunda sessão de atletismo encerrou-se no mais grande estilo, com o ouro incontestável do acreano Edson Pinheiro nos 100m da classe T38 (paralisados cerebrais) e a prata acirrada da maranhense Rayane Silva na mesma distância, entretanto na classe T13 (baixa visão). Ela correu para 12s48 mas foi superada pela americana Kimberly Crosby por cinco centésimos. 

Natação
Cinco ouros, cinco pratas e cinco bronzes. Este é o saldo de medalhas da natação, a segunda maior equipe brasileira no Parapan neste primeiro dia do evento. Além de Daniel Dias, o medalhista paralímpico Phelipe Rodrigues (S10) foi o melhor nos 50m livre, com 52s63, quase cinco segundos de diferença para o segundo colocado, Nicolas Nieto. 

Duas dobradinhas deram mais quatro medalhas ao Brasil na natação na noite deste domingo, 25. As irmãs Débora e Beatriz Carneiro ficaram, respectivamente, em primeiro e segundo lugar nos 100m peito SB14 (deficientes intelectuais). Logo em seguida, foi a vez de Vanilton Filho e Ruiter Silva, que faturaram ouro e prata nos 100m borboleta da classe S9. 

Outras duas medalhas de bronze vieram com Felipe Caltrán nos 100m peito SB14 masculino e com Cecília Araújo, terceira colocada nos 100m costas S8.

Pela manhã, José Luiz Perdigão foi prata nos 100m costas da classe S11, para cegos totais, com o tempo de 1min18s10. Ele foi superado apenas pelo argentino Sergio Zayas, que cravou 1min17s39. Na mesma prova, na versão feminina, Regiane Nunes ficou em segundo lugar, com 1min32s43, atrás apenas de Matilde Alcázar, do México, com 1min27s48.

Judô 
Na manhã deste domingo, foram disputadas as últimas lutas do judô, e o primeiro ouro veio com Lúcia Teixeira (até 57kg). Em sua quarta participação em Parapans, a paulistana de 38 anos conseguiu chegar ao pódio continental pela primeira vez. Ela representa o Brasil desde o Rio 2007 mas somente na edição de Lima 2019 sua categoria deu direito a medalha – até então, ela precisou desafiar atletas de pesos superiores porque não havia rivais em sua categoria. 

Neste ano, Lúcia bateu a americana Liana Mutia e a argentina Laura Gonzalez, ambas por ippon, e garantiu o ouro. “É a quarta vez que participo de Parapans e é a primeira vez que abrem a disputa de medalhas na minha categoria, estou muito feliz. Minha filha é o meu maior estímulo, esta medalha é para ela”, afirmou Lúcia, que tem baixa visão em decorrência de uma toxoplasmose congênita.  

O segundo ouro do domingo no dojô foi da também paulistana Meg Emmerich. A atleta de 32 anos, da categoria até 70kg, teve que derrotar a compatriota Rebeca Silva, de apenas 18 anos, na primeira rodada, a venezuelana Danitza Sanabria, e, na final, a americana Katie Davis, todas por ippon. 

No masculino, o sul-matogrossense Luan Pimentel atropelou os quatro rivais que cruzaram seu caminho na jornada até o inédito ouro Parapan-Americano. A final contra o argentino Rodolfo Ramirez durou exatos 27 segundos, até que o brasileiro de Camapuã pudesse encaixar um golpe que culminou em um ippon (golpe perfeito). 

Abaixo, a relação de medalhas do judô brasileiro no Parapan:
Ouro: 4 (Giulia Pereira, Lúcia Teixeira, Luan Pimentel, Meg Emmerich);
Prata:  3 (Arthur Silva, Alana Maldonado, Rebeca Silva);
Bronze: 4 (Antônio Tenorio, Harlley Arruda, Karla Cardoso e Thiego Marques).

Mais resultados do domingo
No tiro esportivo, o gaúcho Geraldo von Rosenthal chegou ao pódio pela segunda vez em dois dias. Depois do ouro na pistola mista de 50m SH1 no sábado, ele garantiu a prata nos 25m pistola SH1 neste domingo. 

No goalball feminino, a Seleção Brasileira estreou com vitória por 9 a 3 sobre o Canadá. No masculino, 9 a 2 sobre a Argentina.

O time de rúgbi em cadeira de rodas se recuperou das derrotas para Estados Unidos e Canadá, no último sábado. Neste domingo, a equipe superou com tranquilidade a Argentina, pelo placar de 65 a 21. 

No basquete em cadeira de rodas masculino, o Brasil triunfou com o placar de 80 a 67 sobre Porto Rico e soma duas vitórias em dois jogos. Nesta segunda-feira, enfrenta os Estados Unidos, às 14h30 (de Brasília). 

No futebol de cinco, o Brasil empatou sem gols com a Argentina, e completou duas rodadas sem vencer. Na estreia, ficou no 0 a 0 com a Colômbia. Às 17h tem a chance de vencer pela primeira vez, quando pega o México. 

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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