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Participante do Camping Militar busca novo início no esporte após explosão de granada

Ale Cabral/CPB

É por meio do esporte que Alexander de Oliveira, soldado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, busca um norte após um acidente que custou a ele a amputação de suas pernas. Natural de Resende, ele está desde segunda, 6, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, para participar do Camping Militar Paralímpico, que se encerra no domingo, 11.
 
Alexander participava de uma operação no Complexo de São Carlos, no Centro do Rio de Janeiro, em 2011, quando uma granada foi atirada em sua direção. A explosão o atingiu a despeito de tentar proteger-se atrás de uma coluna. Onze dias após cuidados no Centro de Terapia Intensiva (CTI), mais 13 dias de tentativas frustradas de recuperar-se das lesões, e sua família optou pela amputação de suas pernas. 
 
“No momento de agonia você só pensa na família e mais nada. Torce para que fique vivo, independentemente de como for. Antigamente, se a gente batesse o carro, ficava chateado e reclamando e hoje em dia a preocupação é que todos estejam com a saúde preservada. O carro a gente conserta. Você passa a dar valor para as coisas pequenas. Muda como ser humano”, contou o praça, que é casado e tem dois filhos. 
 
Por nove anos, Alexander deixou de lado a prática esportiva que levava antes da amputação. Com a oportunidade de participar do projeto desenvolvido pelo CPB, o fluminense viu a oportunidade de retomar os antigos hábitos e preservar sua saúde mental e física. Além da possibilidade de, um dia, tornar-se um atleta de alto rendimento.
 
O projeto do Camping Militar é uma ação do Programa Militar do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e teve início em 2018. Os objetivos são apresentar o esporte como uma oportunidade para ter qualidade de vida e descobrir possíveis talentos. 
 
Após o camping, serão indicadas aos participantes entidades em que podem praticar as modalidades que mais se identificaram. As modalidades treinadas no CT são: atletismo, canoagem, halterofilismo, natação, parabadminton, parataekwondo, remo, tênis em cadeira de rodas, tênis de mesa, tiro com arco e tiro esportivo.
 
Alexander abdicaria de suas funções na corporação após a ocorrência. Hoje, vê de outra forma tudo pelo que passou. “Eu nunca questionei o porquê de isso ter acontecido, pois tudo tem um propósito. Ficar pensando não vai me dar respostas e nem as minhas pernas de volta. Vamos vivendo e agradecendo a Deus por continuarmos vivos, já que muitos colegas meus não tem a mesma sorte”, disse Alexander, hoje aos 39 anos. 
 
Os participantes do Camping Militar Paralímpico foram indicados pelas forças das quais pertencem. Há 11 forças representadas: Marinha, Aeronáutica, Exército, Polícia Militar do Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo e Bombeiros do Rio de Janeiro e de Santa Catarina.
 
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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