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Parapan de Santiago 2023: Em dia de medalhas inéditas, Brasil chega a 100 ouros

Samuel Oliveira comemora ouro nos 200m livre da classe S5, o 100º ouro brasileiro no Parapan | Foto: Cris Mattos/CPB

A delegação brasileira chegou às 100 medalhas de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 nesta quinta-feira, 23. O responsável pela conquista foi o paulista Samuel de Oliveira, o Samuka, que venceu a prova dos 200m livre da classe S5 (comprometimento físico-motor).

O Brasil ainda conquistou outros 40 pódios no sexto dia de competições, totalizando 242 medalhas (112 ouros, 63 pratas e 67 bronzes). Se os brasileiros seguem disparados no topo do quadro de medalhas do Parapan, novidade na segunda colocação: agora com 115 medalhas (34 de ouro, 44 de prata e 37 de bronze), a Colômbia superou os EUA, que estão na terceira posição, com 105 medalhas obtidas (33 de ouro, 38 de prata e 34 de bronze.

Para esta edição, a delegação brasileira conta com 324 atletas, 190 homens e 134 mulheres, oriundos de 23 estados e do DF, em 17 modalidades. Desses competidores,  51 têm até 23 anos, 108 são cadeirantes, 132 são estreantes no evento continental, 72 treinam nos Centros de Referência do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e 11 disputaram o Parapan de Jovens, em Bogotá, Colômbia, no último mês de junho. 

A 100ª medalha de ouro do Brasil foi a sexta dourada de Samuka, 18, no Parapan. Ele já havia vencido os 50m costas, os 50m livre e os 50m borboleta da classe S5 (comprometimento físico-motor), além de ter feito parte dos revezamentos misto 4x50m livre e medley (20 pontos). Nos 200m livre, ele marcou o tempo de 2min53s73.

“Eu me sinto muito feliz de fazer parte disso, dessa seleção. É muito bom saber que registramos marcas. Foi a 100ª de ouro. Estou feliz e dedico essa medalha à minha mãe. Agradeço a ela e à torcida brasileira”, comemorou Samuka, após a conquista.

Ao todo, a natação registrou 12 medalhas no dia: sete ouros, três pratas e dois bronzes. Com o total de 104 pódios  (57 de ouro, 25 de prata e 22 de bronze), o Brasil alcançou a melhor campanha da modalidade na história do Parapan, superando Lima 2019. Ainda há disputas por medalhas nesta sexta-feira, 24.

Outro grande feito do Brasil nesta quinta-feira, 23, foi o pódio triplo na prova dos 100m costas da classe S9 (comprometimento físico-motor). O paulista Victor dos Santos, 15, superou a marca estabelecida de manhã (1min06s15) e, com 1min04s50, estabeleceu o novo recorde parapan-americano para ficar com o ouro, seguido pelos também paulistas Andrey Garbe (prata) e por Lucas Mozela (bronze).

A carioca Mariana Gesteira – ouro nos 100m costas da classe S9 (comprometimento físico-motor), a também carioca Lídia Vieira – prata nos 200m livre da classe S5 (comprometimento físico-motor), a potiguar Cecília Araújo – prata nos 200m medley da classe SM8 (comprometimento físico-motor), o pernambucano Phelipe Rodrigues, nos 100m livre da classe S10 (comprometimento físico-motor), e o revezamento 4x100m livre (49 pontos) – ouro com Matheus Rheine, Douglas Matera, Lucilene Sousa e Carol Santiago, conquistaram os outros pódios para o Brasil no período da tarde. Pela manhã, a delegação brasileira já havia conquistado três medalhas.

Atletismo

A maranhense Rayane dos Santos viveu uma situação inusitada: ela teve que vencer a mesma prova duas vezes para conseguir sua medalha de ouro – isso aconteceu nos 100m feminino, da classe T13 (baixa visão). A brasileira entrou na pista pela primeira vez nesta quarta-feira, 22, mas a prova foi anulada. Nesta quinta-feira, 23, ela voltou a vencer, para garantir sua medalha de ouro.

“Eu nunca tinha vivido essa situação de ter que correr de novo uma prova que foi anulada e, até agora, não sei o que aconteceu. Foi um pouco difícil trabalhar a parte psicológica para a prova desta quinta-feira, sem saber o que tinha acontecido, pensei que hoje eu iria descansar, então não consegui dormir direito, pois fiquei com essa situação na cabeça, acordei pensando nisso. Mas estou muito feliz pelo resultado, pois foi a melhor marca da minha vida nos 100m. Graças a Deus, deu tudo certo”.

Ao fim do dia de provas, o atletismo brasileiro comemorou 20 medalhas, sendo 11 de ouro, três de prata e seis de bronze, com direito a quatro dobradinhas.

O pernambucano Sandro Varelo (ouro) e o carioca Wallace dos Santos (bronze) dividiram o pódio no lançamento de dardo da classe F55 (atletas que competem sentados); já Ricardo Mendonça e Christian Gabriel, com ouro e prata, respectivamente, subiram ao pódio nos 100m da classe T37 (paralisia cerebral); no salto em distância da classe T36 (paralisia cerebral), o gaúcho Aser Ramos, com o ouro, e o goiano Rodrigo Parreira, com a prata, protagonizaram a dobradinha; por fim, a paranaense Aline Rocha (ouro) e a paulista Vanessa Cristina (bronze) conquistaram medalhas na mesma prova: 800m das classes T53/54 (cadeirantes).

Entre os que medalharam sozinho, além de Rayane Soares, o sul-mato-grossense Fabrício Ferreira, nos 100m da classe T13 (baixa visão); o capixaba Daniel Mendes, nos 400m da classe T11 (cegos); Ariosvaldo Fernandes nos 400m da classe T53 (cadeirantes); o mineiro Claudiney Batista, no lançamento de disco da classe F56 (atletas que competem sentados); a acreana Jerusa Geber, nos 100m da classe T11 (cegos); e o catarinense Edenilson Floriani, no arremesso de peso da classe F63 (amputados de perna acima do joelho) conquistaram medalhas de ouro em suas provas.

O rondoniense Cristian Ribera, nos 400m da classe T54 (cadeirantes), foi o único a conseguir a prata sem dobradinha. Já a paulista Marcelly Pedroso, nos 200m da classe T37 (paralisia cerebral); a capixaba Lorraine Aguiar, nos 100m da classe T12 (baixa visão),o carioca Fábio Bordignon, nos 100m da classe T35 (paralisia cerebral); e a também carioca Julyana Silva, no arremesso de peso da classe F57 (atletas que competem sentados) ficaram com medalhas de bronze em suas provas.

Taekwondo

No primeiro dia de competições no taekwondo, o Brasil subiu ao pódio em quatro oportunidades: um ouro, uma prata e três bronzes.

Dobradinha na categoria até 52kg feminina, com Maria Stumpf, que ficou com o ouro, e Christiane Neves, bronze. O Brasil também subiu ao pódio na categoria até 58kg masculina: Fabrício Marques ficou com a prata e Cícero do Nascimento, com o bronze. Além deles, Teresinha Correia foi medalha de bronze na categoria até 47kg feminina.

Medalhas no ciclismo, no tênis em cadeira de rodas e no rúgbi em cadeira de rodas

Ciclismo – Foram duas medalhas para o Brasil. A paulista Sabrina Custódia ganhou o ouro nos 500m contrarrelógio da classe C1-5 (atletas que competem em bicicletas convencionais), enquanto a também paulista Bianca Canovas ficou com o bronze na prova de perseguição individual – 3000m, da classe B (deficiência visual). 

Tênis em cadeira de rodas – Na final da chave feminina de duplas, Maria Fernanda Alves e Meirycoll Duval foram derrotadas pelas norte-americanas Dana Mathewson e Maylee Phelps por 2 sets a 1 (3/6, 6/2 e 10/8) e ficaram com a medalha de prata, a primeira da modalidade.

Rúgbi em cadeira de rodas – Na disputa pelo bronze, a Seleção Brasileira venceu a Colômbia por 57 a 52 em um duelo muito equilibrado. 

Outros resultados:

Goalball – Na semifinal do goalball masculino no Parapan de Santiago, o Brasil venceu a Argentina por 8 a 2 e se classificou para a decisão da competição, que será contra os EUA. A final acontecerá nesta sexta-feira, 24, às 17h45 (de Brasília).

Na semifinal da chave feminina, a Seleção Brasileira foi derrotada pelo Canadá por 4 a 2 e irá brigar pela medalha de bronze. A disputa, contra a Argentina, e está marcada também para esta sexta, feira, 24, um pouco mais cedo: às 14h (de Brasília).

Futebol de cegos – No último jogo da fase preliminar, o Brasil venceu o Peru por 5 a 0, com gols de Ricardinho (3), Tiago Paraná e Jeffinho, garantindo a liderança e a classificação para a final, que será contra a Colômbia. O duelo está marcado para este sábado, 25, às 20h (de Brasília).

Futebol PC – No jogo que encerrou a participação do Brasil na primeira fase, goleada por 5 a 0 sobre a Venezuela. Classificado para a final, a Seleção Brasileira disputa o ouro contra a Argentina neste sábado, 25, às 19h30 (de Brasília).

Basquete em cadeira de rodas – Na chave masculina, a Seleção Brasileira venceu a Venezuela por 79 a 38, encerrando sua participação no Parapan na quinta colocação.

Patrocínio

As Loterias Caixa e a Braskem são as patrocinadoras oficiais do atletismo.

As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do basquete em cadeira de rodas, rúgbi em cadeira de rodas, natação, futebol de cegos e goalball.

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível 

Os atletas Samuel Oliveira,  Lídia Vieria, Mariana Gesteira, Phelipe Rodrigues, Cecília Araújo, Matheus Rheine, Lucilene Sousa, Douglas Matera, Ricardo Mendonça,  Aser Ramos, Claudiney Batista, Jerusa Geber, Edenilson Floriani e Juliana Silva são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.

Time São Paulo

Os atletas Aline Rocha, Cecília Araújo, Claudiney Batista, Cristian Ribera, Daniel Mendes, Jerusa Geber, Juliana Silva, Lucas Mozela, Marcelly Pedroso, Phelipe Rodrigues, Rayane Soares e Sabrina Custódia são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 106 atletas de 14 modalidades.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

PATROCINADORES

  • Toyota
  • Braskem
  • Loterias Caixa

APOIADORES

  • Ajinomoto

PARCEIROS

  • The Adecco Group
  • EY Institute
  • Cambridge
  • Estácio
  • Governo do Estado de São Paulo

FORNECEDORES

  • Max Recovery