A equipe da natação paralímpica brasileira realizou nesta sexta-feira, 13, sessões de treinos com tomada de tempo nas piscinas do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. O objetivo da atividade foi proporcionar um ritmo similar ao das competições que acontecerão no ano que vem, entre as quais os Jogos Paralímpicos de Tóquio.
A atividade obedeceu ao protocolo de segurança do CPB, que tem submetido atletas e treinadores a testes de PCR e sorologia com frequência, além de outras medidas de prevenção, como áreas específicas de circulação e normas de distanciamento durante a permanência no CT.
Durante todo o dia, cerca de 20 nadadores foram divididos em quatro blocos de largada, com intervalos de até uma hora entre um e outro.
As provas contaram com a presença de árbitro, placar eletrônico e treinadores. Uma equipe de filmagem para avaliação biomecânica, preparadores físicos, nutricionistas e fisioterapeutas, também participaram da atividade para observar o desempenho dos atletas.
“Este tipo de atividade é importante para os atletas terem essa sensação de competição e servir de parâmetro para o trabalho que vamos começar visando a seletiva para os Jogos Paralímpicos. Por isso, buscamos ao máximo trazer um cenário de competição para esses treinos”, afirmou Leonardo Tomasello, técnico-chefe da natação paralímpica brasileira.
Entre os atletas, estiveram presentes Daniel Dias (classe S5), maior medalhista brasileiro em Jogos Paralímpicos com 24 medalhas, Edênia Garcia (classe S3), medalhista paralímpica e tetracampeã mundial, e Carol Santiago (classe S12), campeã mundial e parapan-americana.
“Diante do momento de pandemia que ainda estamos vivendo, eventos deste tipo são de suma importância para o nosso desenvolvimento. Estamos há quase um ano sem disputar uma competição oficial. Então, sentir a adrenalina e emoção de competir novamente é muito importante para motivar e relembrar porque treinamos todos os dias”, apontou Ruiter Silva (classe S9), medalhista no revezamento nos Jogos do Rio 2016.
“Devido à pandemia ficamos muito tempo sem competir. Esta oportunidade de fazer essa tomada de tempo vai proporcionar para nós, atletas, e comissão técnica analisar em qual estágio que estamos, avaliar cada trecho das provas, e verificar o que podemos melhorar nos próximos períodos de treino”, completou Carol Santiago (classe S12), campeã mundial em Londres 2019.
Já para Roberto Alcalde (classe S6), campeão parapan-americano nos 100m peito em Lima 2019, este treino foi o primeiro passo para os atletas se sentirem próximos do retorno das competições oficiais. “Hoje, pudemos notar o reflexo dos treinos que temos realizado recentemente. Estamos focados para a seletiva dos Jogos. Até lá, precisamos corrigir todos os erros para melhorar cada vez mais.”
Atualmente, cerca de 50 atletas de atletismo, natação e tênis de mesa frequentam o CT Paralímpico diariamente para a realização dos treinamentos. Apenas essas modalidades foram autorizadas a retornar às atividades porque possuem o centro de excelência no próprio local.
Além disso, o CT Paralímpico tem permanecido com as demais atividades, calendário de competições e outros treinamentos suspensos por tempo indeterminado. Funcionários e demais profissionais que atuam no local diariamente continuam em isolamento ou em trabalho home office.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
Os atletas Carol Santiago, Ruiter Silva e Roberto Alcalde são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 70 atletas e sete atletas-guia.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)