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Médico do Comitê Paralímpico Brasileiro toma posse na Academia Brasileira de Medicina de Reabilitação

Roberto Vital durante o revezamento da tocha paralímpica do Rio 2016 | Foto: Washington Alves / MPIX / CPB

O coordenador médico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) Roberto Vital tomou posse de uma cadeira na Academia Brasileira de Medicina de Reabilitação (ABMR), no último mês de julho.  

A organização é composta por 70 cadeiras. Vital ocupará a cadeira 52 cujo patrono é o especialista Henrique Dodsworth. O médico fisiatra já participou de seis edições dos Jogos Paralímpicos, além de Jogos Parapan-Americanos e Mundiais.  

“É uma sensação indescritível ser imortal enquanto viver. Não caiu a ficha ainda. Foi a primeira vez que foi feita uma posse virtual”, disse o terceiro dos seis filhos de Maria de Deus Vital e Henrique Vital, que faleceu em 1979 após sofrer um acidente automobilístico.  

Potiguar de 65 anos, Roberto Vital formou-se em medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em 1978. Como foi atleta amador de futsal durante o ensino médio, interessou-se inicialmente por medicina esportiva, mas entrou para a área de fisiatria.  

Decidiu se especializar em reabilitação enquanto fazia residência na Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), no Rio de Janeiro, onde os próprios pacientes formavam equipes para praticar algumas modalidades como o basquete em cadeira de rodas, que foi a primeira modalidade paralímpica a ser desenvolvida no Brasil.  

No início da década de 80, Vital retornou a Natal e somente acompanhou alguns eventos paralímpicos regionais. Em 1994, foi convidado para integrar o departamento médico da Associação Brasileira de Desportos para Cadeirantes (ABRADECAR) pelo presidente da entidade Luiz Claudio Pereira, judoca olímpico que sofreu uma lesão medular e migrou para o atletismo conquistando nove medalhas paralímpicas.  

No dia 9 de fevereiro de 1995, foi fundado o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) em Niterói, Rio de Janeiro. Então, o já experiente médico passou a contribuir com as avaliações dos atletas. Neste mesmo ano, o potiguar estreou como profissional da medicina em uma competição internacional ao acompanhar a Seleção Brasileira no Mundial de Natação em Malta.  

Desde então, Roberto Vital acompanhou a delegação brasileira em todos os Jogos Paralímpicos: Atlanta 1996, Sydney 2000, Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016. “Eu guardo uma recordação de cada evento. Tenho quase um museu em casa já. São credenciais, mascotes, uniformes, além de um monte de histórias”, recordou Vital, que também participou da equipe dos Jogos Paralímpicos de Inverno de PyeongChang 2018.  

Em 2019, além da alegria de presenciar o resultado histórico da delegação brasileira que conquistou 308 medalhas nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, o médico também foi contemplado pela Academia de Medicina do Rio Grande do Norte com a cadeira número oito.  

“Acho que, no futuro, vai ter uma especialidade médica paralímpica. A evolução é muito grande. Os resultados vêm crescendo se comparar com o período quando comecei. Natação e atletismo seguem na liderança com mais medalhas. Cada vez mais, a competição conta com a tecnologia, como no caso das próteses e cadeiras de rodas. A gente só precisa se atentar para a humanização do processo, principalmente agora com a telemedicina”, apontou.  

Com mais de 40 anos de atuação em medicina, Roberto Vital afirma viver um dos momentos mais imprevisíveis na carreira. “Nunca vi um Jogos Paralímpicos ser cancelado ou adiado. A única situação próxima a essa foi em 2017, quando os mundiais de natação e de halterofilismo foram adiados por conta do terremoto no México. Lembro que estava no hotel quase pronto para ir ao aeroporto, quando um atleta viu na TV o que tinha acontecido. Agora, torço para o melhor acontecer. O protocolo do CPB para a reabertura parcial do CT está sensacional. Sem falar que o CT tem uma estrutura excelente”, afirmou o médico.  

Em seu discurso de posse na Academia Brasileira de Medicina de Reabilitação, Roberto Vital destacou a importância de sua família em toda sua trajetória. Casado há mais de três décadas com a economista Solange Bezerra do Nascimento, Vital teve dois filhos. O primogênito, além de herdar o nome do pai, também é médico, mas optou por desenvolver uma carreira na neurocirurgia.  

Já o filho mais novo, Renan, cursou administração. Em 2018, seu filho Roberto e a nora Rita tiveram a pequena Ana Liz. Assim, Vital ganhou mais uma nova função na vida: ser avô.   

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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