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Maciel Santos chega ao Mundial de bocha como o mais experiente do Brasil; competição começa nesta segunda-feira, 5

Maciel Santos morde medalha de bronze nos Jogos de Tóquio | Foto: Takuma Matsushita / CPB

O cearense Maciel Santos chega ao Mundial de bocha, que começa no próximo dia 5 de dezembro, no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com o ‘status’ de mais experiente da Seleção Brasileira da modalidade. O atleta nascido em Crateus terá a sua sétima participação em campeonatos mundiais na carreira.

Campeão paralímpico em Londres 2012, além de uma prata nos pares no Rio 2016 e um bronze em Tóquio 2020, o atleta da classe BC2 (para atletas que não recebem assistência) disputa este Mundial do Rio 2022 em busca do seu primeiro título mundial – até agora, tem duas medalhas em mundiais, uma prata por equipes e um bronze no individual. 

Maciel Santos, que nasceu com paralisia cerebral e começou na modalidade aos 11 anos, fala nesta entrevista sobre suas expectativas para o Mundial, como a bocha mudou ao longo dos últimos anos e a diferença entre disputar um Mundial e o Jogos Parlímpicos.

Confira: 

– Maciel, você chega a este Mundial do Rio como o atleta mais experiente da Seleção Brasileira. Vai ser a sua sétima participação em campeonatos mundiais. O que isso representa para você?

Maciel: É meu sétimo Campeonato Mundial, participei do meu primeiro há 20 anos, quando eu tinha apenas 16 anos. Conquistei duas medalhas em Mundiais, em 2014, quando estava no primeiro lugar do ranking mundial e era o atual campeão paralímpico (em Londres 2012). Estava no meu melhor momento da minha carreira. Depois, em 2018, no Mundial em Liverpool, foi o último campeonato do Dirceu (Pinto) em âmbito internacional com a Seleção Brasileira. Hoje, 20 anos depois, após começar um Mundial como promessa, um menino, jovem promissor em âmbito mundial, a realidade é outra. Vou para esse Mundial no Rio com a mesma expectativa de 2014, de conseguir a sonhada medalha de ouro de campeão mundial, que é a única que falta na minha carreira. E, no Rio de Janeiro, onde aconteram os Jogos Paralímpicos de 2016.

– O que você poderia dizer para os atletas mais novos sobre o que mudou na bocha desde a sua primeira participação em Mundiais até os dias atuais? 

Maciel: Comecei na bocha em 1996, a minha primeira competição foi em um Campeonato Brasileiro da modalidade. Pude viver várias etapas da bocha aqui no Brasil. A partir de 2002, começamos a participar de competições internacionais, o que deu mais visibilidade para a bocha do país. Mas era uma realidade ainda muito diferente, ainda estávamos aprendendo bastante, buscando melhorias, com atletas jovens e sem muitas expectativas. A modalidade da bocha mudou totalmente quando o Eliseu (dos Santos) e o Dirceu (Pinto) foram campeões paralímpicos (no Londres 2012). Deu uma explosão e uma motivação para que todos pudessem investir na modalidade. Hoje, temos atletas que foram revelados nas Paralimpíadas Escolares, que vieram das categorias de base. É muita diferença. Eu não tive essa oportunidade quando comecei na bocha. Eu já comecei em campeonatos nacionais e mundiais. Com isso, eles conseguem levar o nome da nossa modalidade por muito mais tempo.    

– Qual a diferença de disputar um Mundial de bocha e os Jogos Paralímpicos? 

Maciel: O Campeonato Mundial é uma competição longa, cansativa. É preciso estar preparado para novidades. Nem sempre, medalhistas paralímpicos conseguem ficar no pódio. Enfrentamos atletas não apenas que estão entre os dez do ranking mundial, mas também aqueles que estão em busca de oportunidades, jovens promessas que podem surpreender muitas vezes. É um campeonato longo e perigoso ao mesmo tempo. Já os Jogos Paralímpicos têm uma duração menor, não jogamos tantas partidas. Conseguimos nos preparar mais e, geralmente, já sabemos que vamos enfrentar os dez melhores do ranking mundial. Nos Jogos, sabemos que não podemos vacilar nenhum momento. 

– E sobre os atletas da classe BC2? O que você pode dizer sobre os adversários dos atletas dos outros países da sua classe?

Maciel: Na minha classe, há os atletas que são figurinhas tarimbadas, que são da Tailândia, que estão sempre brigando por medalhas, são os principais adversários, e do Japão, que tem o atual campeão paralímpico. Tem um isralense e um britânico que correm por fora e sempre estão ali, entre os melhores. Já na América, tem o argentino Luis Cristaldo que sempre estamos tendo bons confrontos nas competições regionais. Esperamos não ter surpresas com nenhum deles no Mundial.  

– Qual a sua expectativa da participação brasileira neste Mundial de bocha? Tanto no individual quanto nos pares e por equipes? 

Maciel: A minha expectativa com a Seleção Brasileira é das melhores possíveis. No individual, temos três atletas no primeiro lugar do ranking mundial. Temos a Evelyn Oliveira, que também está bem colocada, o Mateus Carvalho, que é campeão da América. Antonio Leme está de volta, que vai voltar ao local onde ele ganhou a medalha de ouro nos pares mistos BC3 (no Rio 2016), ao lado da Evelyn e da Evani (Calado). Tem também o BC4, com o Eliseu dos Santos. Na equipe, estou junto com dois garotos, Andreza Vitória e Iuri Tauan, duas grandes joias raras da bocha brasileira. Cada classe tem as suas particularidades, suas rivalidades, principais adversários, mas vamos com tudo e muita fé e expectativa no trabalho que foi feito. Estamos prontos e preparados para enfrentar qualquer seleção de igual para igual. E buscar esse título para dar muito orgulho para nosso país.   

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
O atleta Maciel Santos é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.

Time São Paulo 
O atleta Maciel Santos é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo. 

Patrocínio
A bocha é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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  • Toyota
  • Braskem
  • Loterias Caixa

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