O Aberto Paralímpico da França foi muito especial para os brasileiros. Depois da medalha de bronze conquistada por Sophia Kelmer no torneio individual, o Brasil viu Lucas Carvalho e Lucas Arabian subirem ao pódio nesta quinta-feira, 11, último dia de competição. Carvalho – ao lado do alemão Yannik Ruddenklau – foi o grande campeão da classe 9, enquanto Arabian – na disputa por equipes ao lado de Joerg Didion, também da Alemanha – ficou com o bronze na classe 5.
O título de Lucas Carvalho foi conquistado de forma brilhante, invicta e sem ceder nenhum set sequer aos adversários. A classe 9 foi decidida em grupo único composto por cinco equipes, com todos se enfrentando. O primeiro desafio do brasileiro e do alemão foi contra os franceses Baptiste Guillas e Melvyn Rabillard, em que a vitória foi por 2 jogos a 0.
A mesma situação se repetiu nos outros três embates que Carvalho e Ruddenklau tiveram de enfrentar. Triunfos de 2 a 0 sobre os tchecos David Pulpan, Vit Spalek e Miroslav Brozek; sobre Barnabas Retter (Hungria) e Craig Allen (Grã-Bretanha); e sobre os holandeses Bart Van der Zanden e Roy Van der Burg.
“Foi muito especial por ter sido a primeira competição internacional depois da pandemia, estava há um ano e meio sem viajar, sem disputar competições desse nível e também por ter sido a minha primeira medalha de ouro em etapas do circuito mundial. Ou seja, foi sensacional, foi uma campanha muito linda”, afirmou Lucas Carvalho.
“A nossa dupla jogou muito bem, estávamos muito entrosados, isso foi importante para a conquista do título. Eu sou só alegria, estou sentindo muito felicidade de poder levar a medalha de ouro para o Brasil. Vai ser importante para o seguimento da minha carreira e me dá mais motivação”, completou.
A outra medalha brasileira foi faturada por Lucas Arabian na classe 5. Ele e seu parceiro de equipe, o alemão Joerg Didion, chegaram às semifinais ao ficarem na segunda colocação do grupo B. Na luta por uma vaga pelo final, eles acabaram superados pelos noruegueses Tommy Urhaug e Sebastian Vegsung por 2 a 0.
Surpreso com a medalha, o brasileiro, estreante em competições internacionais, comemorou a conquista e já projetou voltar para a França, na Paralimpíada de Paris, em 2024.
“Foi algo muito especial, eu não imaginava. Depois que eu joguei o individual e acabei perdendo todos os jogos, eu pensei que a minha participação estava praticamente encerrada, mas na equipe eu comecei a jogar muito melhor. Foi uma surpresa para mim”, admitiu o brasileiro da classe 5.
“Isso me deixou muito feliz, muito motivado. Agora é voltar para casa, continuar treinando para, tomara, voltar para a França de novo em 2024. Foi uma experiência gigantesca a que eu tive”, finalizou.
Sophia Kelmer nas equipes
Outra brasileira também foi à mesa pela competição por equipes. Ao lado da japonesa Yuri Tomono, Sophia terminou na terceira colocação do grupo A da classe 7/10 e não conseguiu avançar para a fase principal.
Patrocínio
O tênis de mesa tem patrocínio das Loterias Caixa.
*Com informações da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM)
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)