A nadadora Edênia Garcia falou sobre temas pertinentes da atualidade, como vulnerabilidade e representatividade feminina no esporte paralímpico, durante a Live Paralímpica transmitida no perfil oficial do CPB (@ocpboficial) nesta terça-feira, 16.
A transmissão deu sequência ao conjunto de ações feitas pelo CPB durante a pandemia do Covid-19. Ao todo, já foram realizadas 22 lives, sendo nove sobre natação paralímpica, oito da série Live Paralímpica e cinco da série Live Tamo Junto, parceria entre o CPB e o COB.
Natural de Crato, Ceará, Edênia é um dos principais nomes da natação feminina nacional. No bate-papo, ela contou que conversa com atletas mais jovens sobre como lidar com a vulnerabilidade no meio do esporte.
“Recebo mensagens de atletas mais jovens, da base, falando que se sentem mal em pedir ajuda. A gente cria na cabeça uma ideia de herói, dentro do esporte, e quando tem uma deficiência é o herói perfeito. Para algumas pessoas demonstrar vulnerabilidade é o fim. E eu enfatizo muito para elas que demonstrar que precisa de ajuda é um ato muito corajoso. Só pede ajuda aquele que se conhece e sabe que receber um apoio não vai te enfraquecer”, comentou a nadadora.
Em 2019, a atleta sagrou-se tetracampeã mundial nos 50m costas (Mar del Plata 2002, Durban 2006, Eindhoven 2010 e Londres 2019) e contou o que a medalha na competição representa para ela.
“Não é só a Edênia que está no pódio, tem outras pessoas ali. Sair do interior do Ceará, uma mulher com deficiência, pobre, humilde, e chegar ao lugar mais alto do pódio representando a sua nação é algo muito importante, é muita responsabilidade. A representatividade para outras meninas é mais do que simplesmente uma medalha em Mundial”, afirmou a atleta que, em 2019, tornou-se pentacampeã parapan-americana (Mar del Plata 2003, Rio 2007, Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019) nos 50m costas.
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Durante o bate-papo, Edênia relembrou como foi a sensação que sentiu quando começou na natação. Ela nasceu com doença de Charcot-Marie-Tooth, também conhecida como atrofia fibular muscular, que afetou os movimentos dos seus membros inferiores e começou na natação por indicação médica.
“Eu me senti mais livre na água do que fora dela. Foi e ainda é uma sensação de liberdade muito grande e isso quando era mais nova foi algo incrível”, contou a nadadora que começou a competir aos 14 anos.
Na próxima quinta-feira, 18, os campeões mundiais de ciclismo Lauro Chaman e Henrique Avancini se encontrarão nos perfis do CPB e do COB no Instagram, às 18h30, para a Live Tamo Junto.
Confira abaixo a programação completa da Live Paralímpica:
23/06 – Alex Melo, o labrador (goalball)
30/06 – Raíssa Rocha (atletismo)
Confira abaixo a Live Paralímpica com Edênia Garcia completa:
Time São Paulo
A atleta Edênia Garcia é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo que beneficia 61 atletas e dois atletas-guia de 11 modalidades.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)