O ciclista brasileiro Lauro Chaman, campeão mundial de Paraciclismo de Estrada (2017) e Pista (2018), conquistou a medalha de bronze no domingo, 17, no Mundial de Paraciclismo de Pista realizado em Apeldoorn, na Holanda. A competição, disputada entre os dias 14 e 17 de março, contou com a presença dos maiores nomes da modalidade e serviu como uma prévia do que será encontrado nos jogos de Tóquio 2020.
O Mundial de Apeldoorn apresentou um novo programa de competição e protagonizou grandes disputas em todas as categorias e adicionou algumas mudanças indicadas pela União Ciclística Internacional (UCI) que visam propor uma competição cada vez mais dinâmica e popular.
Entre essas mudanças, estava a inclusão experimental da prova Omnium, que contemplou quatro corridas em seu calendário (Vel. Individual, 1km/500 Contrarrelógio, Perseguição Individual e Scratch). O vencedor da Omnium é o atleta que somar o maior número de pontos entre as quatro corridas. Diferente do Ciclismo Olímpico, as corridas da Omnium no Paraciclismo também valem título mundial individualmente.
A Scratch fechou a competição do domingo. Motivado, Lauro entrou no velódromo para brigar por duas medalhas simultaneamente. O brasileiro, ao mesmo tempo que defendia o título mundial da Scratch, brigava pelo pódio geral da Omnium. Após 15km (60 voltas), Lauro conquistou a sexta posição na Scratch da categoria MC5, vencida pelo australiano Alistair Donohoe. Soelito Gohr finalizou na 9ª colocação.
Com o resultado, Lauro Chaman somou 34 pontos na classificação da Omnium, pontuação suficiente para contabilizar 136 pontos no geral e garantir a medalha de bronze, terminando empatado com ucraniano Yehor Dementyev, medalha de prata. O ouro ficou com o britânico Jonathan Gildea com 140 pontos. Soelito Gohr finalizou com a 9ª colocação na Scratch.
“Foi um Mundial mais dinâmico, com mais provas, tentamos aproveitar o máximo dentro da pista. Sabíamos as dificuldades que enfrentaríamos, infelizmente não foi possível manter o título com o Brasil, mas termino a minha participação satisfeito e muito feliz por ter conseguido marcar pontos importantes na corrida para Tóquio 2020. Aproveito o momento para agradecer a Confederação mais uma vez pela oportunidade, toda a comissão técnica e companheiros de Seleção, e o Comitê Paralímpico Brasileiro pelo apoio de sempre”, declarou Lauro.
A Seleção Brasileira ainda disputou as provas de Velocidade com Marcia Fanhani (Paratleta) e Cristiane Silva (Piloto), onde conquistou o 14º lugar, e a Velocidade Por Equipes (Carlos Alberto, Soelito Gohr e Lauro Chaman), que terminou com o 13º melhor tempo.
“Nossos atletas fizeram uma participação bastante regular, conseguimos evoluir em alguns aspectos, precisamos corrigir outros, e agora é seguir trabalhando forte já pensando nos próximos objetivos que serão os Jogos Parapan-Americanos de Lima, o Mundial de Paraciclismo de Estrada e as etapas da Copa do Mundo”, destacou Edilson Rocha “Tubiba”, coordenador do paraciclismo na Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC).
Time São Paulo
O atleta Lauro Chaman é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo que beneficia 62 atletas e quatro atletas-guia de nove modalidades.
*Com informações da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC)
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)