Nesta quarta-feira, 4, os 34 jovens – 19 da natação e 15 do atletismo – que participaram da segunda fase de treinamento do Camping Escolar Paralímpico 2018, se despedem do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Desde a primeira etapa, em janeiro, muitos já disputaram outras competições e apresentam um avanço no esporte.
O Camping Escolar Paralímpico é um projeto do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), lançado em 2018, que visa convidar atletas de 12 a 17 anos da natação e do atletismo que se destacaram nas últimas Paralimpíadas Escolares para um período de treinamento intensivo. A intenção é que os participantes façam uma imersão no esporte e experimentem a rotina de um atleta de alto rendimento.
A velocista Gloria Poliana Platner, 17, tem restrições do movimento dos membros inferiores devido à mielomeningocele. Ela começou a praticar atletismo quando tinha 10 anos. Após a primeira fase de treinamento do Camping, ela disputou a etapa regional São Paulo e a primeira nacional do Circuito Brasil de atletismo.
“O Camping é uma oportunidade bem legal, pois posso treinar com os técnicos da Seleção. Esta segunda fase, foi mais intensa, treinei todos os dias duas vezes. Mas melhorei bastante em um curto período. Eu aprendi algumas técnicas que eu não conhecia. Quero ser convocada para competições ou outras fases de treinamento como essa”, comentou a paulista de Praia Grande, que compete pela classe T54.
“É uma satisfação saber que os melhores atletas das Paralimpíadas Escolares estão disputando o Circuito Brasil, pois é o que a gente queria. Tem atleta aqui que já é recordista brasileiro, que ganhou medalha no nacional e, em geral, eles estão com marcas bem expressivas. Isso é bem legal”, afirmou Leonardo Tomasello, coordenador técnico de natação do CPB.
Além dos 34 atletas, 13 professores convidados tiveram a experiência com a coordenação e os técnicos do CPB. Eles também tiveram vivência do alto rendimento, para que se desenvolvam e levem este conhecimento para seus locais de origem.
Um desses técnicos é Arionaldo Reis de Marabá, interior do Pará. O professor de educação física tem um projeto que oferece esporte para pessoas com deficiência. Ele começou a trabalhar com estes atletas por influencia do filho que tem deficiência intelectual.
“O Camping foi muito importante porque me proporcionou uma troca de experiência com outros profissionais e de vários lugares, por exemplo, saber como eles trabalham seus treinos e como apresentam isso para o aluno melhorou o meu trabalho substancialmente. Aqui a gente aprende e ensina o que é muito válido para a nossa carreira”, relatou o técnico de natação.
“Nesta segunda fase, os técnicos tiveram uma autonomia maior para montar e aplicar os treinos. Eles se reuniram e fizeram sozinhos. Foi muito bom saber que eles seguiram e levaram o que aprenderam aqui para os seus clubes”, contou Leonardo Tomasello.
A última etapa da edição 2018 do Camping Escolar Paralímpico será as Paralimpíadas Escolares, de 20 a 23 de novembro, no CT Paralímpico, em São Paulo. Os resultados dos participantes do Camping que disputarem as Escolares será comparado com os dados da competição de 2017 para avaliar o desenvolvimento deles. Caso eles se destaquem, poderão ser convocados novamente junto com outros jovens para formar a turma do Camping, em 2019. Mas o CPB irá monitorar todos os atletas que participaram dos treinos este ano para convocá-los para outros projetos no futuro.
Assessoria de comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)