No movimento paralímpico as próteses esportivas, principalmente para membros inferiores, se tornaram uma forma de representação do esporte paralímpico. Elas chamam muito a atenção do público, mas nem todas as modalidades permitem seu uso.
É comum vermos competidores do atletismo utilizando próteses com lâmina de carbono substituindo o pé nas provas de corrida, como os velocistas Alan Fonteles, campeão paralímpico em Londres 2012, e Vinícius Rodrigues, medalhista de bronze no Mundial de Dubai 2019. Ambos competem em classes para amputados que utilizam próteses, T62 e T63, respectivamente. Além do modelo esportivo, esses atletas possuem uma prótese diferente no dia a dia e para atividades fora da pista como musculação.
O atletismo não é a única modalidade que permite a utilização de próteses durante as provas. O tênis de mesa, triatlo, esportes de neve e o parabadminton também se beneficiam das lâminas e soluções protéticas para atividade esportiva de média e alta intensidade. O campeão parapan-americano de tênis de mesa Paulo Salmin é um desses atletas.
No tiro com arco, tiro esportivo e halterofilismo é permitido o uso de próteses, mas elas normalmente são as mesmas de uso diário do atleta.
As próteses esportivas para amputados acima do joelho utilizam um joelho de rápida resposta, sem freio, para poder proporcionar uma locomoção veloz. Além disso, o encaixe (parte que une a prótese com o corpo do atleta) é reforçado para que não quebre com facilidade devido ao impacto. As próteses de uso diário de um atleta já possuem funções semelhantes com a de um amputado não-esportista.
Apesar de existirem próteses a prova d’água, por exemplo, as regras da natação não permitem que o nadador a utilize durante as provas. Os atletas são obrigados a deixá-las à borda da piscina junto com os demais objetos (roupas, toalha). Além da natação, existem outras modalidades em que o uso do implemento protético é proibido como o basquete em cadeira de rodas, rúgbi em cadeira de rodas e o tênis em cadeira de rodas.
As próteses para membros superiores têm aparecido cada vez mais no cenário esportivo, especialmente no atletismo para apoio no bloco de partida para atletas amputados de braço como o velocista Yohansson Nascimento, classe T46, medalhista de bronze no Mundial de Dubai 2019 nos 100m T47.
Vale ressaltar que todos os tipos de próteses são feitos sob medida para cada pessoa e os componentes são escolhidos de acordo com peso corporal, tipo de amputação e nível de atividade.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)