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Em Florianópolis, mais de 80 crianças celebraram o Dia do Atleta Paralímpico com vivência esportiva

Igor Zanin / Exemplis / CPB

A segunda edição do Festival Paralímpico foi realizada neste sábado, 21. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, foi uma das 70 sedes do evento que celebra o Dia do Atleta Paralímpico, 22 de setembro. Nesta manhã na capital catarinense, o nadador Roberto Alcalde esteve presente e participou das atividades com as 82 crianças.

Nos três ginásios do Centro Desportivo da UFSC, foi oferecida experimentação em atletismo, basquete em cadeira de rodas e vôlei sentado. “Eu me diverti muito. O que mais gostei foi do vôlei sentado. Eu gostaria de ser atleta, mas nunca tinha procurado e não sabia como fazer e agora eu já sei”, disse Amanda Silva,  14 anos, que nasceu com má-formação na perna esquerda acima do joelho.

“O benefício de praticar esporte desde pequeno é para a vida toda. O esporte ensina algo importante que é saber perder e não desistir quando isso acontecer. Eu comecei a nadar bem pequeno, também pratiquei basquete em cadeira de rodas. Hoje eu pude vir aqui e jogar basquete de novo o que foi legal. Foi um gesto simples de um professor que me incentivou a ser atleta e eventos como esse permitem que o mesmo aconteça com outras crianças”, relatou Roberto Alcalde, 27 anos.

Roberto nasceu em Bagé, no Rio Grande do Sul, com mielomeningocele, má-formação congênita na coluna vertebral, e ingressou na natação com oito meses por recomendação médica. O gaúcho se mudou para Florianópolis com 14 anos e desde 2014 mora em São Paulo. Nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, realizados de 23 de agosto a 1º setembro, o nadador conquistou uma medalha de ouro nos 100m peito da classe SB5.

“Quando eu passava nos ginásios, via o sorriso das crianças e a animação delas. Isso traz uma motivação a mais, porque quem veio aproveitou muito. Em termos de qualidade, o evento foi um sucesso. As crianças criaram uma sensibilidade para a atividade física, talvez não se tornem atletas porque isso requer ter um perfil, mas o esporte vai dar qualidade de vida e independência a todos”, comentou Roger Scherer, coordenador técnico do núcleo de Florianópolis.
 
Estiveram presentes no Festival na capital catarinense o secretário municipal de educação Mauricio Pereira, que representou o prefeito da cidade Gean Loureiro, o vereador Gabriel Meurer, conhecido como Gabrielzinho, que possui hipocondroplasia, uma variação de nanismo, e Paulo Homem. Jogador de goalball que representou a Seleção Brasileira nos Jogos Paralímpicos em Pequim 2008.

Além de Florianópolis, outras 12 cidades da região sul receberam o Festival Paralímpico. Em Curitiba, capital paranaense, o jogador de badminton Vitor Tavares, que nos últimos 30 dias faturou três bronzes no Mundial da modalidade e um ouro no Parapan de Lima, participou do evento. Em Maringá, também no Paraná, quem marcou presença foram as nadadores gêmeas Beatriz e Débora Carneiro, que retornaram esta semana após disputarem o Mundial de Natação em Londres. Já em Itajaí, Santa Catarina, o saltador em altura Flávio Reitz atuou como coordenador logístico do núcleo.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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