O esporte paralímpico brasileiro viveu, em 2016, seu momento mais esperado da história com a realização dos Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro. O Brasil também passou por uma experiência única ao realizar a melhor campanha em número de medalhas. Ao todo, foram 72, sendo 14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze.
O Brasil entrou nos Jogos com uma meta bastante ousada: a quinta posição geral no quadro de medalhas. O lugar entre os cinco melhores, contudo, não era o único objetivo. E mesmo com o oitavo posto entre os maiores vencedores dos Jogos, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, afirma que o resultado alcançado está cheio de motivos para celebrar.
“A meta do quinto lugar era um dos nossos principais objetivos. Mas também planejávamos ganhar mais medalhas do que nas edições anteriores, alcançar pódios em mais modalidades, com mais atletas jovens, e isso tudo foi feito no Rio de Janeiro. Ficamos extremamente felizes com o desempenho da nossa delegação. Atletas brasileiros subiram ao pódio 72 vezes, um aumento de 67% em relação aos Jogos de Londres, quando levamos 43 medalhas”, observou Parsons.
Outro grande feito da delegação brasileira foi a distribuição das medalhas conquistadas. Das 22 modalidades do programa, o Brasil esteve presente no pódio em 13 delas, sendo quatro (vôlei sentado, ciclismo, canoagem e halterofilismo) de forma inédita. Dentro das modalidades que mais trazem pódios em Jogos – atletismo e natação -, as conquistas não se concentraram em um número reduzido de multimedalhistas. Para se ter uma ideia, na natação, por exemplo, oito atletas levaram medalhas em provas individuais. E se formos contar os medalhistas em revezamentos, o número de brasileiros que subiu ao pódio na modalidade sobe para 13.
“No Rio, nossas medalhas vieram, principalmente, do atletismo e da natação, o que já era esperado. Mas também tivemos variação maior em modalidades com medalhistas e a presença em pódio em quatro disciplinas inéditas. Em 13 das 22 modalidades, o Brasil apareceu entre os três melhores. Então todos esses números, esses fatos, nos deixaram bem satisfeitos”, pontua o presidente do CPB.
Além da maior variedade de medalhistas, os novos personagens do esporte paralímpico brasileiro também brilharam e apareceram no pódio no Rio 2016. Nomes como Fábio Bordignon, Petrúcio Ferreira, Verônica Hipólito, Rodrigo Parreira, Lorena Spoladore e Daniel Martins, do atletismo; somados a Talisson Glock, Ítalo Pereira, Ruiter Silva e Ruan de Souza, da natação; Danielle Rauen, Jennyfer Parinos, Isael Stroh e Bruna Alexandre, do tênis de mesa; Lauro Chaman, do ciclismo; e outros nomes que não alcançaram pódio mas tiveram grande desempenho, se consolidaram como a Geração Pós-Londres. Apesar da pouca idade, mostraram que estão prontos para seguir vencendo em outros ciclos.
Em casa, não foi difícil ver esportistas do Brasil ficando impressionados com o apoio da torcida. A força que veio das arquibancadas também foi uma grande conquista para o esporte paralímpico no país. “O Brasil aprovou os Jogos Paralímpicos. Viram que é esporte de alto rendimento, entretenimento para a família toda. Foi realmente um espetáculo esportivo”, analisa Parsons.
Assessoria de imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)