Atletas brasileiros que representaram o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago estarão também nas Paralimpíadas Escolares, maior evento esportivo do mundo para crianças e jovens com deficiência em idadade escolar. A Fase Nacional deste ano deve reunir mais de 1.800 alunos-atletas de 26 estados e do Distrito Federal, sendo a maior edição da história.
Realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o evento começará na terça-feira, 28, com a cerimônia de abertura, às 17h30. Já as competições vão de quarta-feira, 29, até sexta-feira, 1º de dezembro, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
Entre os destaques das Paralimpíadas Escolares está a nadadora Alessandra Oliveira, 15, que iniciou sua trajetória na Escola Paralímpica de Esportes do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e foi ouro nos 100m peito da classe SB4 (comprometimento físico-motor) no Parapan de Santiago.
Alessandra, que voltou neste sábado, 25, para o Brasil, começou na natação por meio da Escolinha do CPB, projeto totalmente gratuito e que inicia jovens de 7 a 17 anos em modalidades paralímpicas. A atleta também já passou por outros projetos da base do CPB, como as próprias Paralimpíadas Escolares e o Festival Paralímpico. Nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, ela nadou os 100m peito em 2min10s54, estabelecendo o novo recorde da competição.
“Sou da Escolinha. Nadei a minha prova principal, os 100m peito, em Santiago. Fui ouro e bati o recorde do Parapan. Sou muito grata ao CPB, aos professores e à Escolinha por terem me ajudado a chegar até aqui. Eu comecei em 2018, com um sonho de nadar nas Escolares e, agora, volto para o evento como uma campeã continental. Vai ser divertido, mesmo estando cansada”, disse a nadadora, que foi diagnosticada com vasculite aos três anos.
Victor dos Santos, o Vitinho, também saiu da capital chilena diretamente para as Paralimpíadas Escolares. Campeão parapan-americano nos 100m costas da classe S9, o nadador, a exemplo de Alessandra, vai representar São Paulo na próxima semana
Caçula da delegação brasileira nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago-2023, a paranaense Kauana Beckenkamp, 14, do badminton, também estava inscrita nas Paralimpíadas Escolares. Porém, por ter sido convocada ao Parapan, sua família optou por tirá-la da competição estudantil para que ela retornasse à rotina de estudos.
Kauana nasceu com uma má-formação congênita que ocasionou ausência de tíbia na perna esquerda. Ela foi convidada, aos 10 anos, para praticar badminton convencional por um professor.
Sobre o Parapan
Para esta edição dos Jogos Parapan-Americanos, a delegação brasileira conta com 324 atletas, 190 homens e 134 mulheres, oriundos de 23 estados e do DF, em 17 modalidades. Desses competidores, 51 têm até 23 anos, 108 são cadeirantes, 132 são estreantes no evento continental, 72 treinam nos Centros de Referência do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e 11 disputaram o Parapan de Jovens, em Bogotá, Colômbia, no último mês de junho. A competição reúne cerca de 1.900 atletas de 31 países até este domingo, 26, na capital chilena.
Paralimpíadas Escolares
A Fase Nacional de 2023 da competição acontece após três regionais. Neste ano, o evento passou por Belém (PA), de 9 a 11 de agosto, Brasília (DF), de 30 de agosto a 1⁰ de setembro, e São Paulo (SP), de 6 a 8 de setembro. Os campeões foram Pará, Minas Gerais e São Paulo, respectivamente.
Patrocínios
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial da natação.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
