No dia 26 de abril, é comemorado o dia do goleiro. Nesta data, vamos homenagear os atletas que defendem as traves para a Seleção Brasileira de futebol de 5. Nesta modalidade paralímpica também é função do goleiro orientar os jogadores que estão dentro da área de cobertura dele.
A Seleção Brasileira dessa modalidade é pentacampeã mundial e tetracampeão paralímpica e parapan-americana, A equipe verde-amarela foi a única a subir no degrau mais alto do pódio paralímpico desde que a modalidade foi inclusa no programa dos Jogos em Atenas 2004. Todas essas conquistas não seriam possíveis sem todos os goleiros que já passaram e estão na Seleção.
O futebol de 5 é uma modalidade praticada exclusivamente por pessoas com deficiência visual. O time é composto por cinco integrantes: quatro jogadores vendados e o goleiro, que tem a visão completa. A bola possui guizos internos que fazem barulho quando a bola é movimentada. A quadra mede 20m por 40m e tem bandas laterais para evitar que a bola saia. O tamanho do gol é de 3,66m por 2,14m.
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Para orientar os jogadores de futebol de 5, a quadra é dividida em três partes. No primeiro terço, onde fica o goleiro, é ele quem orienta os atletas da defesa. No centro, a responsabilidade é do técnico da equipe. Já no último terço, essa função é do chamador.
“O goleiro é fundamental. Precisa ser muito bem escolhido, porque não só faz o trabalho de defender o gol, também é um orientador. Fazendo isso e com uma equipe de qualidade, ele raramente verá uma bola chegar ao gol. Uma defesa bem armada com jogadores que executam a função é uma defesa sólida. Então no futebol de 5 essa habilidade de orientar é o maior diferencial de um goleiro”, comentou Cássio Reis, ala defensivo e bicampeão paralímpico pela Seleção Brasileira.
O paraibano Luan Lacerda, 27 anos, joga futebol convencional desde os oito. Em 2013, conheceu o futebol de 5 e logo foi convocado para a Seleção. “Mudou minha vida pessoalmente e profissionalmente. Eu me apaixonei e quis crescer no esporte. Passei a me dedicar à modalidade, mas não abandonei o convencional, até porque é importante para manter o ritmo”, disse o goleiro.
“Embaixo das traves, a experiência é semelhante [ao futebol convencional], mas o desafio de ser goleiro no futebol para cegos é que preciso ter mais reflexo e agilidade, pois os jogadores chegam muito perto para chutar no gol. Também tem a questão da orientação. A minha área é limitada, mas se eu ajudar bem a defesa, os jogadores vão fazer a parte deles e vai ter menos risco dos adversários chegarem ao gol”, explicou Luan, que foi campeão paralímpico nos Jogos Rio 2016.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)