O Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, será sede do Campeonato Brasileiro de parataekwondo neste final de semana, entre os dias 6 e 7 de novembro. O torneio será mais uma oportunidade para a descoberta de novos talentos após o Brasil liderar o ranking da modalidade nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, com a conquista de três medalhas – uma de ouro, uma de prata e uma de bronze.
Ao todo, serão 52 participantes oriundos de 12 estados de todas as regiões do país e do Distrito Federal. Dentre os lutadores brasileiros que subiram ao pódio na capital japonesa, a lutadora paraibana Silvana Fernandes – bronze na categoria até 58 kg (classe K44) – estará presente na competição.
Treinador da Seleção Brasileira de parataekwondo, Alan Nascimento explica que a competição nacional será mais abrangente do que o programa paralímpico vigente nos Jogos de Tóquio, no qual só lutadores da modalidade Kiorugui (luta) e das classes K43 (para atletas com deficiência nos dois braços) e K44 (com deficiência em um dos braços) puderam competir.
Já o Campeonato Brasileiro no CT Paralímpico contemplará também as disputas pela modalidade Poomsae (apresentação em que os atletas fazem lutas contra oponentes “imaginários”) das classes P20 (deficiência intelectual) e P30 (deficiência física), além da classe KP60 (para atletas com deficiência auditiva).
“O Campeonato Brasileiro, além de nos apresentar os novos talentos nacionais, é um termômetro para medirmos a qualidade técnica dos antigos atletas e sabermos se melhoraram a sua performance tanto técnica quanto física, pensando no ciclo dos Jogos Parapan-Americanos Santiago 2023 e Jogos Paralímpicos Paris 2024”, disse Alan.
Ranking
O Campeonato Brasileiro de parataekwondo será utilizado para a montagem do ranking nacional, sendo que o torneio valerá 20 pontos aos campeões de cada classe e categoria.
Além disso, os melhores lutadores da classe K44 na competição serão convocados para representar o Brasil no Mundial da modalidade, que será realizado nos próximos dias 11 e 12 de dezembro, em Istambul, na Turquia.
Já no ano que vem, os mesmos campeões da classe K44, bem como os vices serão avaliados por meio de um draft. Ao serem analisados nos quesitos físico, tático, técnico e comportamental, tais atletas poderão – ou não – compor a Seleção Brasileira em 2022.
“O Comitê Paralímpico Brasileiro tem uma gestão impressionante, o que é o que faz o esporte paralímpico brasileiro ser uma referência no mundo. Isso é fruto da estrutura que sempre é ofertada para nós”, finalizou Alan.
O parataekwondo foi incluído no programa dos Jogos Paralímpicos em 2014 e a estreia da modalidade no megaevento paradesportivo foi em Tóquio 2020. Além de Silvana Fernandes, Nathan Torquato – ouro na categoria até 61 kg (K44) – e Débora Menezes – prata na categoria acima dos 58 kg (K44) – foram os outros medalhistas brasileiros em Tóquio.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)