Há exatos quatro anos, o dia 7 de setembro entrava para a história do paradesporto mundial. Foi a data que marcou o início da primeira edição dos Jogos Paralímpicos na América do Sul.
Naquela edição dos Jogos, o Brasil conquistou, ao todo, 72 medalhas, sendo 14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze, e ficou em oitavo lugar no quadro geral de medalhas.
Para celebrar o marco, confira cinco curiosidades que marcaram os Jogos Rio 2016:
– Medalhas com guizo pela primeira vez
Pela primeira na história dos Jogos Paralímpicos, as medalhas entregues para os atletas com deficiência visual possuíam guizos. A cada cor de medalha (ouro, prata e bronze) o som era diferente para auxiliar a identificação pelos atletas.
– Primeiras medalhas do Brasil em cinco modalidades
A edição dos Jogos Rio 2016 foi a primeira em que o Brasil esteve presente em todas as modalidades do programa paralímpico, por ser país sede, e os atletas brasileiros não desperdiçaram a chance de garantir uma medalha para o país pela primeira vez na canoagem, halterofilismo, tênis de mesa (individual) e vôlei sentado.
Na estreia da canoagem no programa dos Jogos, o carioca Caio Ribeiro faturou a medalha de bronze nos 200m classe KL3. Já no halterofilismo, o baiano Evânio Rodrigues conquistou a prata na categoria até 88kg.
Por sua vez, os mesa-tenistas Bruna Alexandre (classe 10) e Israel Stroh (classe 7) foram os responsáveis pelas primeiras medalhas individuais do tênis de mesa. O Brasil já possuía medalhas na modalidade, mas apenas em prova por equipe (prata em Pequim 2008).
O paulista Lauro Chaman (classe C5) foi o responsável pela primeira medalha paralímpica do ciclismo brasileiro. Ele foi bronze na prova contrarrelógio (estrada) e na prova de resistência, na estrada, conquistou a medalha de prata.
Além deles, as meninas da Seleção Brasileira de vôlei sentado também fizeram história nos Jogos Rio 2016 ao conquistarem o bronze, a primeira medalha da modalidade em Jogos Paralímpicos, após vitória sobre a Ucrânia por 3 sets a 0.
– Daniel Dias vira maior nadador dos Jogos
Os Jogos Rio 2016 foram marcantes para o nadador brasileiro Daniel Dias, da classe S5. O paulista chegou àquela edição com 15 medalhas (10 ouros, quatro pratas e um bronze). No Estádio Aquático Olímpico, no Rio de Janeiro, faturou mais nove medalhas paralímpicas (quatro ouros, três pratas e dois bronzes), chegando a marca de 24 medalhas em Jogos Paralímpicos, o maior número de medalhas já conquistadas por um nadador na história dos Jogos.
– É tetra!
A Seleção Brasileira de futebol de 5, para cegos, sagrou-se tetracampeão paralímpica no Rio de Janeiro ao vencer o Irã por 1 a 0, com gol do seu camisa 10, Ricardinho. Desde que a modalidade foi incluída no programa paralímpico, nos Jogos de Atenas 2004, o Brasil nunca perdeu a medalha dourada e é a equipe a ser batida nos Jogos Paralímpicos.
– Uma lenda se aposenta
O nadador potiguar Clodoaldo Silva (classe S5) se despediu das piscinas nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Conhecido como “Tubarão das piscinas”, Clodoaldo é um dos atletas paralímpicos brasileiros mais renomados e foi responsável por inspirar grandes nomes do paradesporto, como Daniel Dias.
Nos Jogos Rio 2016, Clodoaldo conquistou a medalha de prata no revezamento 4×50 livre misto 20 pontos, prova que estreou no programa da natação.
Ao longo de sua carreira, ele faturou 14 medalhas em Jogos, sendo seis ouros, seis pratas e dois bronzes. Clodoaldo também foi o responsável por acender a pira paralímpica na cerimônia de abertura no Estádio do Maracanã.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
Os atletas Bruna Alexandre, Cario Ribeiro, Evânio Rodrigues, Lauro Chaman são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 70 atletas e sete atletas-guia.
Time São Paulo
Os atletas Bruna Alexandre, Daniel Dias, Israel Stroh e Lauro Chaman são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo que beneficia 61 atletas e dois atletas-guia de 11 modalidades.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)