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Como o professor deve atuar ao receber um aluno com deficiência na sala de aula?

Professor orienta aluna durante aula de parabadminton da Escola de Esportes Paralímpicos em 4 de março de 2020 | Foto: Ale Cabral / CPB

A integração de alunos com deficiência na escola é um tema frequentemente lembrado quando o assunto é “inclusão” em geral. Apesar disso, pouco se fala sobre como tornar essa interação factível em sala de aula, indo além das adaptações do espaço físico da escola.

Além disso, a formação acadêmica oferecida no mercado de maneira geral ao corpo docente não é muito aprofundada em relação ao tema da inclusão de pessoas com deficiência, o que poderia culminar em um melhor trato com situações comuns do dia a dia escolar. Assim, percebe-se que são comuns dúvidas relativas à conduta do professor ao receber um aluno com deficiência, às atividades que podem ser desenvolvidas para incluir toda a turma e até mesmo como o professor deve ir além e aprender mais sobre o assunto. 

Por isso, nesta data comemorativa, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). preparou a seguir algumas dicas para os docentes sobre como trabalhar a inclusão nas escolas, levando em conta o respeito e empatia para o ambiente das aulas.

Como receber um um aluno com deficiência

O professor tem a missão de lecionar a todos, sem distinção. Quando uma pessoa com deficiência faz parte de uma turma, o desafio do docente vai além, sendo necessário buscar um ponto de equilíbrio que permita a todos um ambiente seguro onde possam se expressar, aprender e participar.

As ações mais importantes para promover este ambiente de desenvolvimento no âmbito escolar é ouvir o aluno com deficiência e encontrar a modalidade que mais combina com as vontades, os gostos e as características de cada um. É fundamental que o professor tenha um conhecimento prévio de quais esportes ou atividades lúdicas são as mais indicadas para cada tipo de deficiência. Isso contribuirá no elo entre aluno, aprendizado e a turma como um todo. Sempre que possível, o professor deverá também fazer contato com a família para aumentar a troca entre escola e núcleo familiar, que tem papel decisivo no desenvolvimento da criança com deficiência.

O papel do professor no engajamento de crianças com e sem deficiência

Dentro da escola, as crianças têm a oportunidade de entrar em contato com múltiplas realidades, distintas das vivências que estão acostumadas. Esse convívio permite o desenvolvimento de um aprendizado coletivo e, principalmente, durante a infância, a abordagem lúdica de temas como a deficiência pode ser a alternativa mais efetiva.

Com isso, uma aula de Educação Física inclusiva consegue gerar empatia nas crianças e nos jovens sem deficiência. Nesse sentido, o esporte pode entrar como grande aliado na hora de falar sobre a inclusão de pessoas com deficiência. Além disso, as atividades práticas têm o poder de engajar a turma em prol de um objetivo. Ao caminharem pela quadra e praticarem chute ao gol vendados, por exemplo, os estudantes se colocam na posição das pessoas cegas. 

Outro bom exemplo de atividade que pode ser praticada por todos e gera curiosidade e trocas sociais é um jogo chamado “Eu confio no meu guia”, que consiste em preparar um espaço (que pode ser dentro da sala de aula, em uma quadra ou pátio, por exemplo) com diversos obstáculos que devem ser ultrapassados por duplas. As duplas devem ser compostas por um aluno vendado, que será o atleta, e um aluno sem venda, que será o guia. A intenção da atividade é refletir sobre a deficiência visual e a confiança no próximo. 

Após a atividade, as crianças podem ser estimuladas a comentar sobre como se sentiram em cada situação. Além disso, o professor pode apresentar o atletismo no paradesporto e mostrar como acontecem as provas e exemplos de atletas que subiram ao pódio com seus atletas-guia.

Com tudo isso, o professor pode, por meio da prática da aula, ampliar o conhecimento dos alunos sobre as deficiências existentes e fazem com que toda a turma perceba que as pessoas com deficiência merecem ser respeitadas e devem ser tratadas sem preconceito.

O desenvolvimento do professor especialista em Educação para pessoas com deficiência 

Contar com mais profissionais especialistas em Educação para pessoas com deficiência é garantir que a inclusão chegará mais longe. Para aqueles que desejam se especializar nessa frente por meio do Esporte, o Comitê Paralímpico Brasileiro é uma fonte de conhecimento especializado e gratuito.    

O CPB, por meio da área de Educação Paralímpica, promove cursos presenciais e também online para profissionais de Educação Física de todas as regiões do Brasil.

Para os interessados que estão iniciando a jornada no ensino de pessoas com deficiência, o Comitê disponibiliza o curso Movimento Paralímpico: Fundamentos Básicos do Esporte, que tem como objetivo capacitar professores de Educação Física para discutirem e ensinarem esportes para pessoas com deficiência. 

Além disso, para demais especializações, a Educação Paralímpica já conta com uma página exclusiva com todos os cursos oferecidos atualmente. Saiba mais aqui.

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