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Como atletas da Paraíba e de Rondônia chegaram até os Jogos Paralímpicos de Inverno; competição em Pequim começa na sexta, dia 4

O paraibano Robelson Lula durante treino na pista de esqui cross-country no Zhangjiakou Biathlon Center, na China | Foto: Ale Cabral/CPB

O paraibano Robelson Lula, 28, e o rondoniense Cristian Ribera, 19, são do esqui cross-country, e representam as regiões Norte e Nordeste do país nos Jogos Paralímpicos de Inverno em Pequim. A missão brasileira na capital chinesa conta com seis atletas: os outros quatro são de São Paulo (2), Paraná e Rio Grande do Sul. 

Esta é a maior delegação do país na competição, cuja cerimônia de abertura será realizada na manhã (horário de Brasília) desta sexta-feira, 4. A participação do Brasil em Jogos de Inverno não é exatamente uma novidade, dado que o país já se fez presente nas duas edições anteriores: em Sochi 2014, com dois atletas, e em PyeongChang 2018, com três.

Além de ter dobrado a delegação, com o aumento do investimento nas modalidades de inverno, o que também chama a atenção neste ano é a presença de representantes de Unidades da Federação cuja temperatura costumeiramente passam dos 30ºC. Apesar de não ter neve no Brasil, são poucos os atletas que se submetem a enfrentar temperaturas abaixo de zero e tentar seguir carreira neste tipo de esporte.  

Para se ter uma ideia, os termômetros na cidade de Cerejeiras, no sul do estado de Rondônia, onde nasceu Cristian Ribera, registra nos últimos três dias, por exemplo, 30ºC de máxima. Já em Juru, no sertão da Paraíba, de onde veio Robelson, tem previsão de 34ºC na tarde desta terça-feira, dia 1º de março. 

Apenas para efeito de comparação, nas montanhas de Zhangjiakou, cidade chinesa a 180 quilômetros de Pequim, escolhida para receber as provas de esqui cross-country, modalidade em que a dupla participará nos Jogos de Inverno, chegou a -11ºC na manhã desta terça.

“Minha família lá na Paraíba pergunta bastante, pede para levar neve para eles lá, mas como eu levo neve para lá? Vai chegar tudo descongelado. Mas é muito orgulho para eles eu estar aqui hoje”, disse Robelson Lula, que perdeu a perna direita em decorrência de um osteosarcoma, que há 12 anos vive em São Carlos, no interior paulista.

“Para minha mãe acho que foi difícil entender, porque aos 13 anos eu fiz minha primeira viagem, quando fui para a Suécia e vi neve. Eu mal saía de São Paulo”, contou Ribera, que saiu de Cerejeiras aos três meses de vida e radicou-se com a família em Jundiaí, no interior paulista.

“Eu nasci com artrogripose, e, na época, os médicos falaram que só tinha tratamento em São Paulo ou nos Estados Unidos. A família toda se mudou para São Paulo, eu tinha apenas três meses. Tenho muito orgulho de ter nascido em Rondônia. Foi uma mudança drástica, minha mãe sempre batalhadora, a família toda, claro, mas minha mãe esteve um pouco mais comigo, e meu pai e meus irmãos tinham que trabalhar, foi uma batalha. Mas como já estamos bem e felizes em Jundiaí há 19 anos”, explicou Ribera.

Ambos começaram com o projeto de vivência do Rollerski, da CBDN (Confederação Brasileira de Desporto na Neve), no interior do estado de São Paulo. Trata-se de uma alternativa na preparação dos atletas brasileiros de esqui cross-country e alguns dos ótimos resultados são vistos agora com a delegação nos Jogos Paralímpicos de Inverno, em Pequim.

“Conheci o esporte em setembro de 2015, quando me falaram que haveria esta vivência em Jundiaí, eu pensei: como assim, não dá para esqui sem neve. A gente usa o rollerski, um equipamento com rodinhas, que simula a neve, leva um tempo até se acostumar com as curvas e principalmente o frio, depois, mas é ótimo”, explicou Cristian Ribera. O rondoniense chega a Zhangjiakou na condição de vice-campeão Mundial no sprint do esqui cross-country e sexto no ranking mundial neste ano. Prova em que Robelson também estará presente. Robelson é o 29º, terceiro melhor brasileiro na lista. Entre os dois está o paulista Guilherme Rocha, na 24ª colocação.

Cristian Ribera, Robelson Lula, Guilherme Rocha e os demais brasileiros estão instalados na Vila dos atletas em Zhangjiakou desde o sábado, 26, iniciaram os treinamentos com esqui na arena de competição no domingo 27, e diariamente testam o percurso. 

Na manhã (na China) desta terça, 1º, desembarcou no aeroporto de Pequim o snowboarder gaúcho Andre Barbieri, um dos seis atletas da missão brasileira na China. Sua primeira prova será na manhã (na China) do dia 6 de março, no snowboard cross.

Nesta quarta, 3, será divulgado o nome do porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura, no dia 4 de março.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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