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Cinco motivos que tornaram o Mundial de natação na Ilha da Madeira inesquecível

Lucilene Sousa, Matheus Rheine, Carol Santiago e Douglas Matera celebram medalha de ouro em Madeira | Foto: Ale Cabral/CPB
O Mundial de natação paralímpica da Ilha da Madeira, Portugal, encerrou-se na tarde deste sábado, e o Brasil terminou na terceira colocação no quadro de medalhas com 19 ouros, 10 pratas e 24 bronzes. Jamais os atletas do país haviam obtido tamanho êxito em uma competição deste âmbito na modalidade.

A Itália sagrou-se campeã geral, com 27 ouros, 24 pratas, 13 bronzes e 64 no total. Os Estados Unidos terminaram no segundo posto, com 24 ouros, nove pratas e sete bronzes (40). Até as últimas provas deste sábado, a Grã-Bretanha permaneceu no encalço do Brasil pela terceira posição.

A última medalha do Brasil veio com o ouro de Gabriel Bandeira (S14) nos 100m borboleta. Veja aqui como foi o último dia de provas no Complexo de Piscinas Olímpicas de Funchal, na Ilha da Madeira.

Após os sete dias de competição, a edição 2022 do Mundial não nos faltam motivos para celebrar esta campanha histórica. Fizemos, no entanto, um pequeno resumo das cinco razões que tornaram este Mundial inesquecível para nós

1)    O melhor Brasil de todos os tempos
Nunca na história dos campeonatos mundiais de natação paralímpica uma delegação brasileira conquistou tantas medalhas, e nem tampouco tantos ouros. Fomos 20 vezes campeões dentre as 53 oportunidades em que nossos atletas chegaram ao pódio, na Ilha da Madeira. Superamos a marca da edição 2017, em que fomos 36 medalhistas, 18 das quais com o ouro.

Naquela ocasião, contudo, o Mundial, realizado na Cidade do México, estava esvaziado, em decorrência do adiamento da competição, por causa de um terremoto que assolou a cidade. Rùssia, Canadá, Grã-Bretanha, Austrália não compareceram. Se não contarmos o campeonato de 2017, o Mundial de maior sucesso do Brasil havia sido o de 2010, em Eindhoven, Holanda, pelo critério de ouro, com 14 medalhas.

Já no total de pódios, a melhor campanha ocorreu em 2013, em Montreal, Canadá, com 26 premiações. Ainda para efeitos de comparação, se contarmos apenas o total de ouros conquistados neste Mundial da Ilha da Madeira, o Brasil de 2022 suplanta o somatório de todas as medalhas obtidas no Mundial de Londres 2019, quando ficamos com 17 láureas, sendo seis de ouro, sete pratas e sete bronzes. 

Conheça aqui todos os atletas que compuseram a delegação brasileira no Mundial de natação paralímpica na Ilha da Madeira. 

2)    Novas estrelas
Os resultados dos brasileiros na Ilha da Madeira consolidaram os nomes de novos talentos da natação paralímpica brasileiro. Gabriel Bandeira (S14), Gabriel Araújo (S2) e Carol Santiago (S12) são três dos atletas que brilharam intensamente nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, com 12 medalhas ao todo, e neste Mundial da Madeira comprovaram que chegaram para ficar por muito tempo no movimento paralímpico brasileiro e fazer história. 

O paulista Gabriel Bandeira foi o responsável pelo último ouro do Brasil na competição, nos 100m borboleta. Resultado que colocou o país na terceira colocação no quadro de medalhas ao final do evento, superando a Grã-Bretanha por 19 a 17. Ele foi campeão nos 200 m livre e nos 200 m medley, e vice nos 100m costas. Além disso, compôs o time medalhista de bronze nos revezamentos 4x100m livre e 4x100m medley.

O mineiro Gabrielzinho Araújo trouxe para o país três ouros, nos 100 m costas, 200 m livre e 50 m costas, superando a marca alcançada em Tóquio, quando ficou com a prata nos 100 m costas e ouro nas outras duas provas. “Se tiver mais prova para nadar, eu nado para ganhar”, desafiou ao final da competição. 

Carol Santiago nadou sete provas na Ilha da Madeira e conquistou sete medalhas, seis de ouro e uma de prata. Por isso, a recifense Carol Santiago já é mais um motivo que torna inesquecível o Mundial da Madeira

3)    Carol Santiago
Carol Santiago foi desafiada pelo seu treinador, Leonardo Tomasello, a disputar sete provas no Mundial da Ilha da Madeira, e aceitou o desafio. Logo na primeira sessão de competição, Carol foi a campeã dos 100 m borboleta.

Esta foi uma das raras provas em que Carol não subiu ao pódio nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, no ano passado. Na ocasião, ela conquistou cinco medalhas, sendo três ouros, uma prata e um bronze. Porém, passou batido nos 100m borboleta. 

“Aqui, neste Mundial, eu ganhei das atletas contra competi em Tóquio e perdi também”, comentou Carol, após sua participação. 

Das sete provas que nadou, Carol conquistou ouro em seis: 50 m livre, 100 m livre, 100 m peito, 100 m borboleta, revezamento misto 4×100 m livre e 4×100 m medley para deficientes visuais. E ficou com a prata nos 100 m costas, atrás apenas da britânica Hannah Russell. Em Tóquio, Russell também venceu Carol neste evento, que ficou com o bronze. 

Carol se despediu da Ilha da Madeira como a terceira maior medalhista da competição, atrás apenas da americana Leanne Smith, da classe S3, com sete ouros, e do italiano Stefano Raimondi (seis ouros, uma prata e um bronze). 

4)    Participação feminina
Aumentar e qualificar a participação feminina no Movimento Paralímpico brasileiro é uma das premissas do planejamento estratégico do Comitê Paralímpico Brasileiro, elaborado em 2017 e revisado em 2021. 

O Mundial da Ilha da Madeira é o primeiro na história em que o Brasil acumula mais medalhas com as mulheres do que com os homens. A participação de Carol Santiago foi importante, mas não teria sido o suficiente para suplantar os nadadores do país. Para isso, contamos com a brilhante contribuição das outras 12 integrantes da delegação brasileira no arquipélago português. Todas as mulheres foram ao pódio. 

Sete dos 19 ouros foram alcançados por mulheres. Metade das pratas ficou com as representantes brasileiras, bem como 13 dos 24 bronzes. Ao final do Mundial, foram 25 láureas às nadadoras contra 23 dos homens. Os outros cinco vieram em provas de revezamento misto.

Como que numa confirmação das estatísticas, o último dia Mundial reservou ao Brasil seis medalhas, sendo cinco delas vinda das mulheres. 
 

5)    Novatos e vencedores
Antes mesmo do fim do Mundial da Madeira, mais da metade das medalhas amealhadas pela natação brasileira já era de propriedade dos estreantes na competição. Dos 29 convocados para a competição, 13 nunca haviam experimentado um Mundial, muito embora alguns deles já traziam no currículo a participação e as medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. São os casos de Gabriel Bandeira e Gabriel Araújo, por exemplo.

Vinte e oito medalhas brasileiras, ou seja 53% de todas as conquistas, vieram de atletas novatos. Dez ouros vieram de estreantes, levando-se em consideração apenas provas individuais, o que representa 52% da premiação dourada do país na Ilha da Madeira.

Numa clara mudança de perfil da natação paralímpica brasileira, que desde Eindhoven 2010 se fiou nos talentos de Daniel Dias e Andre Brasil, hoje aposentados do esporte de alto rendimento, para garantir a permanência no topo do quadro de medalhas. 

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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