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Catarinense bate recorde brasileiro no terceiro dia do Campeonato Mundial de halterofilismo em Dubai

Ezequiel entra na arena acompanhado pelo técnico Valdecir Lopes | Foto: Divulgação/Mark Joseph Puso Madrid /DCDuae

O catarinense Ezequiel Correa bateu o recorde brasileiro da categoria até 72 kg ao suportar 186 kg em seu segundo e melhor levantamento nesta quinta-feira, 25, durante o Campeonato Mundial de halterofilismo de Dubai. O atleta superou sua própria marca anterior de 184 kg obtida em julho de 2022, durante o Campeonato Brasileiro Loterias Caixa, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.

As disputas nos Emirados Árabes começaram na terça-feira, 22, e vão até 30 de agosto no hotel Hilton Habtoor City, onde as delegações estão hospedadas. O evento conta com 495 atletas de 78 países. O Brasil conquistou uma medalha de bronze na categoria adulta e outra de ouro, entre os juniores, ambas com a mineira Lara Lima.

A Seleção Brasileira se faz presente com uma equipe de 23 halterofilistas, de 12 unidades federativas (AM, BA, MG, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RS, SC e SP). A delegação é formada por aqueles que alcançaram os índices estabelecidos pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) durante a Primeira Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa, em março, e o Campeonato Brasileiro Loterias Caixa, em abril, ambas no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. O Mundial é realizado pela terceira vez em Dubai, onde já esteve em 1998 e 2014 e é etapa obrigatória para qualificação aos Jogos paralímpicos de Paris 2024.

O levantamento de 186 kg de Ezequiel deu a ele a nona colocação, em uma categoria que contou com a participação de 29 competidores. O catarinense ainda tentou um terceiro movimento, com 18 9kg na barra, anulado pela arbitragem. O ouro ficou com o malásio Bonnie Bunyau Gusti (231kg, novo recorde Mundial da categoria, superando os 230kg do próprio atleta em junho de 2021), a prata com o italiano Donato Telesca (202kg) e o bronze com o usbeque Bekzod Jamilov (200kg).

“Fizemos uma competição consciente, sabendo que os atletas eram muito fortes, e cumprimos nossa missão, de melhorar minha marca internacional. Não entendi o motivo que levou o meu último movimento a ser anulado, mas estou muito feliz com meu resultado. Posso falar de boca cheia que foi a melhor competição internacional que eu fiz”, afirmou o catarinense, Que tem má-formação congênita na fíbula, osso da parte inferior da perna.

O halterofilista, campeão parapan-americano em Lima 2019, disse que volta aos treinamentos já na próxima terça-feira, 29, com o objetivo de alcançar o bicampeonato continental no Parapan de Santiago, em novembro. “Fomos campeões em 2019 e, agora, vamos para cima do Dimas Vasquez, com quem brigo diretamente, buscar esse bicampeonato”, disse, citando o panamenho Rey Melchor Dimas Vasquez , adversário que encerrou o Mundial na sétima posição, com a marca de 190kg

A quarta-feira ainda teve a participação de duas atletas brasileiras na categoria acima de 86 kg. A paranaense Márcia Menezes, bronze no Mundial de 2014, ficou na 11ª posição, com a marca de 117 kg em seu terceiro levantamento. Já a baiana Edilândia Araújo voltou a participar de um Mundial após 13 anos, suportou 123 kg e ficou na nona Colocação. O pódio da categoria foi formado pela chinesa Xuemei Deng, em primeiro lugar (150kg), pela egípcia Nadia Ali, em segundo (144kg), e pela polonesa Marzena Zieba, terceiro (137kg).

Próximo dia

A sexta-feira, 25, terá cinco brasileiros na arena de Dubai, com destaque para a carioca Tayana Medeiros, que disputa seu quarto Mundial e busca sua primeira medalha, na categoria até 86 kg. A halterofilista é a quinta colocada no ranking mundial, com a marca de 129 kg. Porém, sua marca na Segunda Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa de halterofilismo, 140kg erguidos no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, no final de julho, é igual a registrada pela segunda colocada, a ucraniana Nataliia Oliinyk. O ranking mundial, porém, considera apenas um grupo fechado de competições internacionais, como Mundiais, torneios continentais e etapas da Copa do Mundo. Por isso, não inclui a marca da carioca. Além dela, o mineiro Mateus Silva, que tem no currículo a prata junior no Mundial de 2017, na Cidade do México, compete na categoria até 107 kg. Ele é o oitavo colocado no ranking mundial, com a marca de 215 kg.

O dia também marcará a estreia em Mundiais de três brasileiros. Na categoria acima de 107 kg, compete o carioca Gustavo Souza, 23, que conquistou a marca de halterofilista paralímpico brasileiro com maior peso levantado entre todas as categorias neste ano. Seu recorde é de 232 kg, suportados no Meeting Paralímpico Loterias Caixa do Rio de Janeiro, em agosto.

“Estou muito confiante, muito animado. Consegui ver alguns de meus oponentes, conhecer o melhor do mundo da minha categoria [o iraniano Ahmad Aminzadeh]. Tive os melhores recursos em relação à alimentação, descanso e treinos. Estou muito preparado. Claro que todos querem medalha, mas vou ficar muito contente se alcançar o top-5 e voltar para a casa com uma marca melhor”, afirmou. A marca nacional de Gustavo, caso fosse válida para o ranking mundial, o colocaria na sexta colocação.

Também estão na expectativa por estrear nesta sexta-feira o mineiro Jean Rufino, que compete na categoria até 107 kg, ao lado de Mateus, e a potiguar Alane Lima, que estará ao lado de Tayana, na categoria até 86 kg. 

“A cada dia que passa aprendo mais nos treinamentos diários, observo todos os movimentos, pesos, comportamentos antes e depois de iniciar o levantamento. Espero conseguir transferir isso para a barra amanhã. Minha meta pessoal é melhorar minha marca e acertar os três movimentos para tentar estar entre os melhores na soma dos pesos erguidos”, afirmou Jean.

Seleção Brasileira em Dubai

A equipe brasileira adulta em Dubai supera em número a convocada para a edição anterior do Mundial, em Tbilisi, na Geórgia. Na competição passada, o Brasil contou com 18 atletas para as disputas na elite da modalidade.

O país levou a Dubai seus três medalhistas de edições anteriores do Mundial. São eles: a paulista Mariana D’Andrea, prata na Geórgia em 2021, o baiano Evânio da Silva, bronze na Cidade do México em 2017, e a paranaense Márcia Menezes, bronze em Dubai em 2014. Além disso, a delegação conta com nove estreantes.

Com seis atletas, Minas Gerais é o estado com o maior número de representantes no Mundial. Dentre os convocados, 11 vêm da região Sudeste, sete do Nordeste, três do Sul e dois do Norte. A Seleção Brasileira é formada majoritariamente por mulheres. São 14, cerca de 61% do grupo, ante nove atletas masculinos.

Confira a programação dos brasileiros nesta sexta-feira, 25 (horários de Brasília):

Até 107 kg
3h30

Jean Rufino e Mateus Silva

Até 86 kg
8h

Alane Lima e Tayana Medeiros

Acima de 107 kg
12h25

Gustavo Souza

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