A canoagem será o esporte estreante nos Jogos Paralímpicos do Rio-2016. E o Brasil, como país-sede, já tem garantido duas vagas: uma, em uma prova masculina, e outra, em uma feminina. A terceira vaga foi obtida no Mundial de Milão, na Itália.
No maior evento do paradesporto, em setembro, a modalidade terá três categorias: KL1, KL2 e KL3, ambas com disputas no masculino e no feminino, sendo todas as provas de 200 metros. Para cada disputa, existem dez vagas disponíveis. Em cada prova, é obrigatório que países de pelo menos três continentes estejam classificados. Caso isso não aconteça, o país classificado com o menor ranking cede sua vaga para o melhor ranqueado entre os continentes restantes.
Mesmo com algumas vagas já asseguradas, o Brasil ainda precisa participar dos eventos classificatórios para ter o direito de participar de outras provas. Ao conquistar uma vaga, ela substitui, automaticamente, a vaga garantida, não sendo possível um mesmo país ter duas embarcações na mesma prova.
Se um atleta conquista a vaga, ele não está obrigatoriamente dentro dos Jogos. A Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) fará uma análise comparativa dos atletas, levando em consideração o nível técnico de equipes internacionais.
“Não serão utilizados índices para a avaliação, eles são muito subjetivos”, diz Leonardo Maiola, Supervisor do Comitê de Paracanoagem da CBCa. Serão avaliados resultados em eventos específicos, como o Mundial, que acontecerá em maio, na Alemanha, além de uma bateria de exames médicos para garantir o bem-estar dos atletas selecionados. Após as avaliações, caso o atleta esteja realmente apto a participar, ele será selecionado.
O primeiro evento classificatório foi o Campeonato Mundial em Milão, no final do mês de agosto de 2015. Neste evento, 18 vagas estavam em jogo para cada gênero. As seis embarcações mais bem colocadas de cada prova garantiriam a viagem para o Rio-2016. Dois atletas brasileiros asseguraram a participação verde e amarela em duas provas diferentes neste evento. Fernando Rufino conquistou o bronze no KL2 masculino e Luis Carlos Cardoso foi o campeão no KL1 masculino.
O segundo evento classificatório será em Duisburg, na Alemanha, no final de maio. Lá, as quatro melhores embarcações de cada prova terão sua vaga garantida, totalizando dez vagas disponíveis por disputa.
Após o Mundial em Duisburg, a equipe brasileira focará todas as atenções nas Paralimpíadas. A partir de 21 de agosto, a Seleção iniciará a aclimatação para os Jogos com toda a delegação, em São Paulo. A partir do dia 1º de setembro, a equipe treina na Lagoa Rodrigo de Freitas até o início dos Jogos Paralímpicos, uma semana depois.
O técnico Thiago Pupo é bastante otimista no que diz respeito a participação do Brasil durante os Jogos. “No momento, temos chances de medalhas na maioria das provas que já temos vaga garantida, tanto nas provas masculinas quanto nas femininas”. Segundo ele, os atletas que disputam o KL1 entre os homens têm grandes chances de medalha, pois não há, hoje, algum atleta internacional que se destaque nesta categoria.
Nas outras provas, no entanto, garantir medalhas será um pouco mais complicado. “No KL2, o homem a ser batido é o atleta austríaco Markus Swoboda, pentacampeão mundial da categoria. Já no KL-3, as maiores ameaças são o romeno Julian Serban e o alemão Tom Kierey, que é o atual campeão mundial da categoria. Já no KL-3 feminino, a preocupação é com a italiana Veronica Yoko Plebani”, explicou o comandante da Seleção Brasileira.
Com informações da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa).
Assessoria de imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
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