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Brasileiros conquistam bons resultados na última prova individual

Cristian Ribera e Aline Rocha disputaram na madrugada (no Brasil) deste sábado, 17, a última prova individual deles nos Jogos Paralímpicos de Inverno de PyeongChang 2018. O rondoniense conseguiu outro top 10 – havia sido 6º nos 15km – e terminou em 9º nos 7.5km masculino. Já a paranaense ficou em 12º nos 5km feminino e alcançou sua melhor colocação na competição. A dupla ainda disputa o revezamento 4×2.5km misto também neste sábado, 17, a partir das 22h (horário de Brasília). 
 
A cerimônia de encerramento dos Jogos está marcada para este domingo, 18, a partir das 8h, no Estádio Olímpico de PyeongChang. O rondoniense Cristian foi escolhido como porta-bandeira da delegação brasileira, em homenagem aos resultados alcançados na competição.     
 
Esta é a segunda participação do Brasil em edições de Jogos de Inverno. Além de Aline e de Cristian, André Cintra integra o time em PyeongChang. O snowboarder paulista encerrou sua participação na competição nesta sexta, 16. No total, conquistou dois top 10: um da prova de snowboard cross e outro no banked slalom. 
 
Em sua última prova individual do esqui cross-country em PyeongChang, o objetivo de Cristian era, novamente, um lugar entres os dez melhores do mundo. A chance havia escapado na prova de sprint (1.1km) na última terça, 13, quando terminou em 15º e não avançou às semifinais. 
 
Para atingir a meta, o rondoniense não poupou esforços. “Quanto menor a metragem da prova, mais disputada ela é. Forcei muito na primeira volta e acabei quebrando um pouco na segunda, fiquei cansado, mas decidi arriscar. A meta era o top 10 e consegui. Eram 34 atletas na prova, então, estou satisfeito”, afirmou. 
 
Estreante em Jogos Paralímpicos de Inverno e atleta mais jovem da competição, Cristian, de apenas 15 anos, diz que se despedirá de PyeongChang com a sensação de dever cumprido. Foram três provas individuais, dois top 10 – nos 15km (6º) e nos 7.5km (9º) – e uma alegria “inexplicável” de representar o país. 
 
“PyeongChang foi muito além do que eu esperava. Consegui melhorar todas as minhas marcas e realizei um sonho, que era estar em uns Jogos pelo Brasil. Na próxima edição, tenho certeza de que estaremos ainda melhor preparados e, quem sabe, podemos buscar um top 5 em 2022 e uma medalha em 2026”, planeja o adolescente. 
 
Assim como Cristian, a paranaense Aline, de 27 anos, também sai satisfeita de sua campanha individual na competição. Mesmo não atingindo as colocações que planejava nas provas de 12km (15º) e de sprint (22º), a atleta conseguiu, na disputa de hoje dos 5km, fazer o seu melhor trabalho, terminando em 12º contra 22 adversárias. “Hoje foi ótimo. Desde a escolha do equipamento, ao clima, até a questão técnica, foi tudo perfeito. As outras provas não foram tão boas, mas serviram de aprendizado. Neste sábado consegui melhorar em tudo, então, saio muito feliz”, disse. “Foi uma honra estar aqui como a primeira mulher brasileira e a única sul-americana. Sinto um orgulho imenso. Consegui evoluir muito em todos os aspectos e espero que a minha presença em PyeongChang incentive outras mulheres”, concluiu. 
 
Na prova de Cristian, o ouro ficou com o sul-coreano Eui Hyun Sin, a prata com o norte-americano Daniel Cnossen e, o bronze, com o ucraniano Maksym Yarovyi. No feminino, subiram ao pódio a norte-americana Oksana Masters (ouro), a alemã Andrea Eskau (prata) e a atleta neutra Marta Zainullina.     
 
Os Jogos da Coreia do Sul são os maiores da história e reúnem 567 atletas de 48 países, mais os neutros. Além do esqui cross-country e do snowboard, estão no programa nesta edição o biatlo, o esqui alpino, o curling em cadeira de rodas e o hóquei. Todas as competições têm transmissão ao vivo no site (paralympic.org) e no YouTube (ParalympicSportTV) do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês). 
 
Perfis:
Aline Rocha – Pinhão (PR)

Data de nascimento: 20/02/1991
Peso: 38 kg
Altura: 1,53
Classe: LW11 (sitting)
Modalidade: esqui cross-country 
História: Aline sofreu um acidente de carro aos 15 anos que lhe causou uma lesão medular e a perda dos movimentos das pernas. Iniciou sua trajetória no esporte praticando atletismo, quatro anos após ter se acidentado. Há pouco mais de um ano, passou, também, a competir na neve, já que os movimentos do esqui cross-country eram parecidos com o da corrida em cadeira de rodas.  
 
Cristian Ribera – Cerejeiras (RO)
Data de nascimento: 13/11/2002
Peso: 45 kg
Altura: 1,60m
Classe: LW11 (sitting)
Modalidade: esqui cross-country 
História: Cristian nasceu com artrogripose – doença congênita das articulações das extremidades – e, em busca de tratamento, mudou-se de Rondônia para São Paulo. Aos 15 anos, já passou por 21 cirurgias para a correção das pernas e hoje, além do esqui cross-country, também faz natação, atletismo e anda de skate.
 
Assessoria de comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro em PyeongChang 
Nádia Medeiros (nadia.medeiros@cpb.org.br)

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