A Seleção Brasileira de atletismo paralímpico que vai participar do Mundial da modalidade, a partir do dia 8 até 17 de julho deste ano, em Paris, na França, tem 40% da delegação estreante em Mundiais. São 22 dos 54 atletas convocados para a competição que nunca participaram de uma edição do evento de atletismo.
O Mundial de atletismo de Paris é o primeiro após os Jogos de Tóquio 2020 e deve ser o maior evento paralímpico a ocorrer na capital francesa antes dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. A competição será realizada no Estádio Charlety, que já sediou etapas do Grand Prix da modalidade. O Mundial de Kobe (JAP), que aconteceria em 2021, foi adiado duas vezes devido à pandemia e confirmado para o ano que vem, de 17 a 25 de maio.
Entre os estreantes, está a piauiense Antônia Keyla, 28 anos, que já participou do Mundial de Dubai 2019 como atleta-guia da maratonista baiana Edneusa Santos. Porém agora em Paris 2023, será a primeira vez como atleta na prova dos 1.500m pela classe T20 (deficiência inteletcual).
“Não sei o que dizer sobre o Mundial, é uma coisa muito nova para mim. Outros atletas me contam que a vibe é diferente. Mas pretendo repetir em Paris exatamente o que eu treino. Correr lá como corro aqui. Se acontecer desta forma, já estarei muito feliz”, afirmou.
A Seleção Brasileira contará com quatro atletas de 19 anos que também vão participar de um Mundial pela primeira vez: as potiguares Jardênia Félix (T20) e Maria Clara Augusto (T47), o paranaense José Alexandre (T47), e o paulista Matheus de Lima (T44).
Já o paulista Vinícius Quintino, da classe T72 (que disputam a petra), tem 16 anos e vai estrear em Mundiais sendo o mais novo da delegação brasileira.
Entre os atletas que vão debutar em Paris, também estão medalhistas paralímpicos, como o fluminense Ricardo Mendonça, bronze nos 200m nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 pela classe T37 (paralisados cerebrais).
“Representar o Brasil é sempre uma grande oportunidade e muito prazer. É sempre o sonho de qualquer atleta. Estou com as melhores expectativas possíveis, treinando bem. Infelizmente, tive uma lesão no ano passado. Mas agora estou muito feliz em voltar às pistas e em um Mundial”, completou.
A Seleção Brasileira de atletismo contará com 54 atletas e 11 atletas-guia nas provas de pista e campo na França. Será a maior delegação do país na história dos Mundiais da modalidade. Antes, a maior equipe brasileira de atletismo em Mundiais havia sido em Dubai (EAU) 2019, quando o país convocou 43 atletas. Naquela ocasião, os brasileiros fizeram a melhor campanha da história do país na competição, na segunda colocação do quadro geral, com 39 medalhas no total: 14 de ouro, nove de prata e 16 de bronze.
O desempenho superou o resultado da edição de Lyon 2013, que até então era a melhor performance nacional, com 16 ouros, 10 pratas e 14 bronzes, na terceira posição geral.
Toda a Seleção Brasileira se reunirá no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, a partir do dia 29 de junho e viajará em voo direto para a capital francesa no dia 2 de julho.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
O atleta Ricardo Mendonça é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.
Patrocínios
O atletismo é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa e pela Braskem.
Assessoria de Imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)