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Brasil fica a um centésimo de garantir 100º ouro paralímpico, nesta segunda-feira, 30, em Tóquio

Beth Gomes comemora a impressionante marca de 17,62m, novo recorde mundial da prova/ Foto: Wander Roberto/CPB

O sexto dia de competições dos Jogos Paralímpicos de Tóquio também foi recheado de medalhas para o Brasil. Beth Gomes, no lançamento de disco (classe F52), e Claudiney Batista, na mesma modalidade (classe F56), conquistaram o ouro. Já Vinícius Rodrigues, nos 100m (classe T63), Alessandro Silva, no arremesso de peso (classe F11) e Bruna Alexandre, no tênis de mesa (classe 10), ganharam uma prata cada um.
 
O Brasil soma agora 35 medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, com 12 ouros, oito pratas e 15 bronzes. Está na sexta colocação no quadro de medalhas geral. A China lidera com 54 ouros e 119 medalhas, com a Grã-Bretanha em seguida, com 68 medalhas, sendo 26 de ouro, e o Comitê Paralímpico da Rússia, em terceiro lugar, com 19 medalhas de ouro e um total de 61 medalhas.
 
O Brasil segue em busca de sua 100ª medalha de ouro em Jogos Paralímpicos. Com a conquista do sexto dia de competições em Tóquio, o país está com 99, faltando apenas uma para a marca. Ainda são 120 de prata e 117 de bronze. Vale ressaltar que o país está entre as 20 nações que mais medalharam em toda a história do megaevento paradesportivo.
 
Atletismo
 
O dia do Brasil no atletismo foi especial, com duas medalhas de ouro e duas de prata. Beth Gomes confirmou o favoritismo e subiu ao lugar mais alto do pódio no lançamento de disco, na classe F52, dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, com a marca de 17,62m – novo recorde mundial da prova. As ucranianas Iana Lebiedieva (15,48m) e Zoia Ovsii (14,37m) completaram o pódio.
 
Aos 56 anos, a paulista foi a última a fazer seus lançamentos e superou suas adversárias logo na primeira tentativa ao cravar 15,68m. Mesmo com a medalha garantida no peito, Beth seguiu competindo até alcançar a marca que lhe valeu o ouro e o recorde mundial.
 
Mais cedo, recordista mundial e paralímpico no lançamento de disco na classe F56, o mineiro Claudiney Batista subiu ao lugar mais alto do pódio e superou a sua própria marca na capital japonesa.
 
Ouro nos Jogos do Rio, em que lançou o disco a 45,33m, Claudiney quebrou o seu recorde ao atingir a marca de 45,59m em Tóquio. O pódio na capital japonesa foi completado pelo indiano  Yogesh Kathuniya, que ficou com a prata (44,38m), e pelo cubano Leonardo Aldana Diaz, bronze (43,36m).
 
O velocista paranaense Vinícius Rodrigues conquistou a medalha de prata nos 100m da classe T63 (para amputados de membros inferiores com prótese), com o tempo de 12s05, apenas um centésimo atrás do atleta do Comitê Paralímpico Russo, Anton Prokhorov, ouro ao cravar 12s04 e bater o recorde paralímpico da prova. Leon Schaeffer (12s22), da Alemanha, completou o pódio. Recordista mundial, Vinícius também já havia batido o recorde paralímpico nas eliminatórias da mesma prova na capital japonesa (12s11).
 
“Lógico que toda visualização que a gente faz é com a douradinha. É minha primeira participação em Jogos Paralímpicos. Mesmo em um ano atípico, todo mundo precisou se adaptar. Não vou dizer que estou pleno, mas estou feliz com uma medalha”, disse Vinícius Rodrigues. “Eu me inspirei no Ayrton Senna. Paris está logo ali, ano que vem tem Mundial também. O ouro virou prata. Mas, se for de grão em grão, a próxima vai ser ouro”, completou o brasileiro.
 
A segunda medalha de prata do Brasil na manhã desta segunda-feira, 30, veio no arremesso de peso. Alessandro Silva, da classe F11 (para cegos), terminou em segundo lugar ao fazer 13,89m, sua melhor marca na atual temporada. O ouro ficou com o iraniano Mahdi Oladi, com 14,43m. O italiano Oney Tapia (13,60m) completou o pódio.
 
Alessandro tem entre as suas principais conquistas o ouro no lançamento de disco e o bronze no arremesso de peso, no Mundial de Dubai, em 2019, o ouro no lançamento de peso e no lançamento de disco nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019, o ouro no lançamento de disco no Mundial Londres 2017, o ouro no lançamento de disco nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Na próxima quinta-feira, dia 3, ele disputa o lançamento de disco, sua prova preferida.
 
Outros resultados
 
O Brasil contou com dois representantes na final do salto em distância masculino na categoria T36, mas saiu sem medalhas. Aser Mateus de Almeida Ramos (5,58m) e Rodrigo da Silva (5,49m) terminaram na quarta e na quinta colocação, respectivamente. Evgenii Torsunov, do Comitê Paralímpico Russo, levou o ouro no salto em distância com a marca de 5,76m. Ele superou William Stedman, da Nova Zelândia, e Roman Pavlyk, da Ucrânia, que terminaram com prata e bronze respectivamente.
 
O brasileiro Fabio Bordignon terminou a final dos 100m rasos da classe T35 na quinta colocação, com tempo de 12s54. Dmitrii Safronov, do Comitê Paralímpico Russo, conquistou a medalha de ouro ao quebrar o recorde mundial da prova com 11s39. A prata ficou com o ucraniano Ihor Tsvietov (11s47) e o bronze com Artem Kalashian (11s75).
 
Os brasileiros Francisco de Lima e  Edenílson Floriani não conseguiram subir ao pódio no lançamento de dardo F64. Lima terminou em quinto (56,33m) e o Floriani logo na sequência, em sexto (55,54m). Sumit Sumit, da Índia, conquistou a medalha de ouro com a marca de 68,55m, novo recorde mundial da prova.
 
Tênis de Mesa

A catarinense Bruna Alexandre, de 26 anos, conquistou a medalha de prata no tênis de mesa (classe 10). Na manhã desta segunda-feira, 30, a atleta foi superada pela chinesa naturalizada australiana Qian Yang, por 3 sets a 1 (parciais 11/13, 11/6, 7/11 e 9/11 ). Vale ressaltar que o tênis de mesa já havia garantido um pódio ao país em Tóquio: a paulista Cátia Oliveira ficou com o bronze na categoria 1-2.
 
“Tentei o máximo possível. Gostaria de agradecer a todas mensagens que recebi nas redes sociais e à comissão técnica que trabalha comigo. Vou trabalhar forte para os Jogos Paris 2024 e tentar a medalha de ouro na França”, disse Bruna, logo após a partida.
 
Bruna ainda terá a oportunidade de conquistar mais uma medalha em Tóquio. O torneio de equipes começa na noite (do Brasil) desta segunda-feira, 30, e tem a participação dela na classe 9-10, ao lado de Danielle Rauen e Jennyfer Parinos. As brasileiras estreiam nas quartas de final, na terça-feira, às 22h (horário de Brasília), contra a Turquia. Se vencerem, terão, no mínimo, o bronze garantido.
 
Aos seis meses de vida, Bruna teve que amputar o braço direito por consequência de uma trombose, provocada por uma injeção mal aplicada.
 
A jovem começou no tênis de mesa aos 12 anos, influenciada pelo irmão. Até 2009, competiu em torneios apenas para atletas sem deficiência.
 
Nos Jogos Rio 2016, a catarinense também subiu ao pódio, conquistando duas medalhas de bronze: no individual e nas duplas. No Mundial da China 2014, ela ficou em terceiro lugar no individual, bem como na disputa por equipes.
 
Natação
 
O Brasil disputou cinco finais nesta segunda-feira, 30, mas terminou o dia sem medalhas. Dono de 27 medalhas paralímpicas, sendo três de bronze em Tóquio – 100m, 200m livre na classe S5, além do revezamento 4x50m até 20 pontos -, Daniel Dias fez sua penúltima prova na história dos Jogos. O paulista, de 33 anos, terminou na quinta colocação nos 50m costas, com 35s99. O pódio foi todo chinês, com Tao Zheng (31s42 e novo recorde mundial), Jingsong Ruan (32s97) e Lichan Wang (33s38).
 
Daniel Dias já anunciou que vai se despedir das piscinas e se aposentar logo após Tóquio. Na capital japonesa, o brasileiro ainda vai disputar mais uma prova: os 50m livre. A sua bateria pelas eliminatórias está marcada para às 22h34 (horário de Brasília) desta terça-feira, 31.
 
Na final dos 50m borboleta classe S6, o brasileiro Gabriel Melone terminou na sétima colocação, com o tempo de 33s01. Jingan Wang (30s81) e Hongguang Jia (31s54), ambos da China, terminaram com o ouro e a prata, respectivamente. O bronze foi para o colombiano Nelson Corzo (31s77).
 
O brasiliense Wendell Belarmino foi o sétimo colocado na final dos 200m medley da classe S11, com o tempo de 2min30s17. Rogier Dorsman, da Holanda, bateu o recorde mundial e conquistou o ouro ao marcar 2min19s02. Mykhailo Serbin (2min27s97), da Ucrânia, e Uchu Tomita (2min28s44), do Japão, completaram o pódio com prata e bronze, respectivamente.
 
Maiara Barreto também terminou em sétimo na final dos 100m livre da classe S3, com o tempo de 2min10s90. A medalha de ouro ficou com Arjola Trimi, da Itália, ao cravar 1min30s22. A prata foi para os EUA, com Leanne Smith (1min37s68), e bronze para o Comitê Paralímpico Russo, com Lulia Shishova (1min49s63).
 
Por fim, o time brasileiro masculino finalizou o revezamento 4x100m livre – 34 pontos, na quarta colocação, com o tempo de 3min52s28. A equipe verde e amarela foi formada por Ruiter Silva (S9), Vanilton Filho (S9), Talisson Glock (S6) e Phelipe Rodrigues (S10). A medalha de ouro ficou com a Austrália (3min44s31). A prata foi da Itália (3min45s89) e o bronze da Ucrânia (3min47s40).
 
Futebol de 5
 
Após estrear com uma vitória por 3 a 0 diante da China, o Brasil superou mais um adversário no futebol de 5. A Seleção derrotou os anfitriões japoneses por 4 a 0 – gols de Nonato, Tiago Paraná e Ricardinho (2) e continua invicto na modalidade, disputada nos Jogos Paralímpicos desde 2004. Com a goleada, o time já garantiu vaga na semifinal. A equipe vai encerrar a sua participação na fase de grupos na noite desta segunda-feira, 30, às 23h30 (horário de Brasília), contra a França.
 
Goalball
 
A equipe de goalball feminino do Brasil está nas quartas de final dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. A classificação veio após a goleada por 11 a 1 diante do Egito, no Makuhari Messe Hall. O destaque do jogo foi Jéssica. A camisa 8 do time verde e amarelo marcou oito gols, incluindo os seis da seleção brasileira no primeiro tempo. A equipe encerrou a fase de classificação na quarta colocação do grupo D, com quatro pontos. A adversária será a China, na próxima quinta-feira, 2, às 5h45 (horário de Brasília).
 
No masculino, o Brasil também está nas quartas de final, marcada para a próxima quarta-feira, 1º de setembro, às 7h30 (horário de Brasília). O adversário será a Turquia. A final será realizada no dia 3 de setembro.
 
Bocha

 
José Carlos Chagas conseguiu sua terceira vitória consecutiva na bocha e garantiu classificação às quartas de final da classe BC1. Dessa vez, o brasileiro superou Tomar Kral, da Eslováquia, por 4 a 2. Ele volta à quadra para a partida decisiva na terça-feira, 31, às 4h (horário de Brasília).
 
Maciel Santos busca o bicampeonato paralímpico da bocha – ele foi ouro em Londres 2012 – e segue com 100% de aproveitamento em Tóquio na classe BC2. Ele venceu Claire Taggart, da Grã-Bretanha, por 8 a 1, e chegou ao seu terceiro triunfo consecutivo. O duelo das quartas de final está marcado para segunda-feira, 30, às 22h45 (horário de Brasília).
 
Quem também avançou às quartas de final foi Eliseu dos Santos, da classe BC4. O brasileiro manteve os 100% de aproveitamento ao bater Yuk Wing Leung, de Hong Kong, por 6 a 4. O atleta, de 44 anos, busca seu sexto pódio nos Jogos. O próximo jogo dele será na quarta-feira, 1º, à 1h20 (horário de Brasília). Ele tem dois ouros nas duplas mistas (Pequim 2008 e Londres 2012), uma prata também nas duplas mistas (Rio 2016) e dois bronzes no individual (Pequim 2008 e Londres 2012).
 
Evelyn de Oliveira também segue invicta. A brasileira venceu mais uma partida nessa segunda-feira, 30, dessa vez contra o australiano Daniel Michel por 3 a 2, e avançou à próxima fase na classe BC3. A próxima partida dela será nesta segunda-feira, 30, às 23h55 (horário de Brasília)
 
Outros resultados:
 
Guilherme Moraes 3 x 4 Mikhail Gutnik (RPC) – BC1
Evani Soares 0 x 6 Hansoo Kim (COR) – BC3
Mateus Carvalho 1 x 3 Howon Jeong (COR) – BC3
Marcelo dos Santos 7 x 11  Sergey Safin (RPC)
Guilherme Moraes 4 x 1 Subin Tipmanee (TAI)
Natali de Faria 1 x 3 Nelson Fernandes (POR)
 
Vôlei sentado
 
A Seleção Brasileira masculina de vôlei sentado voltou à quadra nesta segunda-feira, 30, mas acabou derrotada pelo Irã por 3 sets 0, parciais de 25/19, 25/23 e 25/22. O time verde e amarelo fez sua estreia nos Jogos Paralímpicos de Tóquio com vitória sobre a China por 3 sets a 1. A equipe agora encara a Alemanha na madrugada de terça-feira, 31, às 2h (horário de Brasília).
 
Neste momento, a seleção tem, assim como a China, uma vitória e uma derrota na competição. A vitória contra os alemães, portanto, será necessária para a classificação às semifinais, já que só os dois primeiros de cada chave avançam. No outro grupo estão Bósnia, Egito, Japão e Comitê Paralímpico Russo.
 
Já a equipe feminina só volta a jogar na terça-feira, 31, às 22h (horário de Brasília), contra a Itália, na terceira partida da competição. A equipe do técnico José Guedes iniciou sua jornada em Tóquio com vitória, por 3 sets a 2, diante das canadenses. Na segunda rodada elas venceram as japonesas por 3 sets a 0.
 
As semifinais do vôlei sentado estão marcadas para os dias 2 e 3 de setembro para as equipes femininas e masculinas, respectivamente. Já as disputas do bronze e a final masculina estão marcadas para o dia 4. A final do feminino será no dia 5 de setembro, último dia dos Jogos de Tóquio 2020.
 
Hipismo

 
Rodolpho Riskalla fechou sua apresentação no hipismo adestramento estilo livre na quinta colocação. Montando o cavalo Don Henrico, o atleta somou 74.070. O brasileiro já havia conquistado a prata na disputa individual do Grau IV (comprometimento leve em um ou dois membros, além de atletas com deficiência visual moderada), na semana passada. O ouro ficou com a holandesa Sanne Voets, com 82.085. Louise Jakobsson, da Suécia, com 75.935, e Manon Clayes, da Bélgica, com 75.680, completaram o pódio.
 
Halterofilismo
 
Tayana Medeiros terminou em quinto lugar no halterofilismo, na disputa até 86kg. A brasileira ergueu 121kg, sua melhor marca da carreira. O ouro foi para a nigeriana Folashade Oluwafemiayo, com o novo recorde mundial e paralímpico: 152kg. A prata ficou com Feifei Zheng (139kg), da China, e Louise Sugden (131kg), da Grã-Bretanha, ficou com a medalha de bronze.
 
Tiro Esportivo
 
Único brasileiro no tiro esportivo dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, Alexandre Galgani não conseguiu se classificar à final da prova de carabina de ar 10m – classe SH2. O paulista somou 622 pontos e terminou em 22º lugar na fase preliminar. Apenas os oito primeiros colocados avançaram à final.
 
Essa é a segunda paralimpíada de Alexandre Galgani. No Rio 2016, seu melhor resultado foi o 24º lugar na carabina deitado. Assim, o desempenho em Tóquio já é o melhor dele em Jogos, mas ele ainda vai disputar mais duas provas no Japão. Na terça-feira, 31, é dia da carabina deitado 10m, mesma prova que ele disputou no Rio-2016. No sábado, 04, ele compete na carabina deitado 50m.
 
Tiro com Arco

 
Jane Karla foi eliminada do composto individual do tiro com arco nas oitavas de final. A brasileira enfrentou a campeã mundial da categoria, a italiana Eleonora Sarti, e acabou derrotada por 146 a 140.
 
Já Hélcio Perilo acabou eliminado do torneio individual do tiro com arco W1 nas quartas de final. O brasileiro foi derrotado por David Drahoninsky, da República Tcheca, por 140 a 129. Ele deu adeus aos Jogos Paralímpico de Tóquio. Perilo já havia competido nas equipes mistas, na qual fora eliminado, competindo ao lado de Rejane da Silva, pela dupla formada pelo mesmo Drahoninsky e Sarka Musilova, ambos da República Tcheca.
 
Tênis em CR
 
A brasileira Meirycoll Duval foi eliminada da chave de simples do tênis em cadeira de rodas. A mineira perdeu para a japonesa Yui Kamiji, por 2 sets a 0, com um duplo 6/0. Na estreia, a tenista Duval havia vencido a norte-americana Shelby Baron.
 
Meirycoll Duval também participou da chave de duplas do tênis em cadeira de rodas e, ao lado da compatriota Ana Caldeira, caiu na primeira rodada.
 
Transmissão

 
Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 contam com a transmissão ao vivo dos canais SporTV e da TV Brasil.
 
Patrocínio

 
A delegação brasileira tem o patrocínio das Loterias Caixa.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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