O mineiro Claudiney Batista conquistou o ouro no lançamento de disco da classe F56 (amputados e lesões medulares) na noite deste domingo (29), dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, com a marca de 45,59m. A distância também valeu o novo recorde paralímpico para o lançador brasileiro.
Esta é 11ª medalha dourada do Brasil nesta edição paralímpica e a 98ª medalha de ouro na história dos Jogos Paralímpicos.
Ouro nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro 2016 e também do Parapan do de Lima 2019 na mesma modalidade, Claudiney Batista conquistou o primeiro lugar no pódio após uma prova com mais de duas horas de duração. Logo em sua primeira tentativa, com um lançamento de 44,57m ele assumiu a liderança da competição. Com este resultado, Claudiney já havia garantido a prata. No entanto, no sexto e último lançamento, o mineiro fez a marca de 45,59m, quebrando o recorde paralímpico, que era dele, conquistado nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, com 45,33m. O brasileiro foi o sétimo a participar e ficou aguardando o resultado do oitavo e último atleta, o grego Konstantinos Tzounis.
“Eu me preparei muito apesar da pandemia. Eu estava muito focado e vim para ser o melhor”, disse Claudiney. “Eu sempre entro nas provas para buscar o meu melhor e sempre respeitando os adversário. Quando a gente faz o que gosta, tem tudo para dar certo. Eu entrei na prova para atingir o recorde mundial”, completou.
A prata ficou com o indiano, Yogesh Kathuniya que fez o melhor lançamento com 44,38m. Completou o pódio o cubano Leonardo Diaz com a marca de 43,36m.
Claudieney, que também é recordista no arremesso de dardo, não vai disputar a prova devido a junção das classes F56 e F57. Para os Jogos Paralímpicos, ele veio focado para a prova do lançamento de disco. “Eu costumo trabalhar ano a ano. Agora o foco é o Mundial”, afirmou o campeão paralímpico. O Mundial de Atletismo será disputado em 2022.
Claudiney Batista nasceu em Bocaiúva, Minas Gerais. Em 2005, o atleta sofreu um acidente de moto e lesionou a perna esquerda. No hospital, o ferimento se agravou e o mineiro precisou amputar o membro por completo. No mesmo ano, ele foi convidado a conhecer o atletismo e passou a praticá-lo no ano seguinte. Antes do acidente, Claudiney praticava o halterofilismo.
Principais conquistas: Ouro no lançamento de dardo no Mundial Dubai 2019; ouro no lançamento de disco e prata no lançamento de peso nos Jogos ParapanAmericanos Lima 2019; ouro no lançamento de disco nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; prata no lançamento de disco no Mundial Doha 2015; prata no lançamento de dardo no Mundial Lyon 2013; prata no lançamento de dardo nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012; ouro no lançamento de dardo nos Jogos ParapanAmericanos Guadalajara 2011.
Além da final disputada por Claudiney Batista, na prova feminina, Poliana Jesus disputou medalha no arremesso de peso F54 e terminou a prova com a marca de 5,68m.
Outros brasileiros vão participar de finais no atletismo na manhã desta segunda-feira. Confira os horários:
7h00 – Edenilson Floriani e Francisco de Lima – Final lançamento de dardo F64
7h04 – Fábio Bordignon – Final dos100m T35
7h10 – Beth Gomes – Final do lançamento de disco F 53
7h14 – Aser Ramos e Rodrigo Parreira – Final do salto em distância T36
7h46 – Alessandro Rodrigo – Final do arremesso de peso F11
8h33 – Vinicius Rodrigues – Final dos 100m T63
Patrocínios
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O paratletismo tem patrocínio da Braskem e das Loteiras Caixa.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)