Somente as atletas Giulia Pereira (até 48 kg da classe J2, para baixa visão) e Alana Maldonado (J2 até 70 kg) não lutaram, pois foram as únicas inscritas em suas respectivas categorias, mas também receberam medalhas douradas.
Ao todo, participaram 45 atletas de seis países – Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Cuba e Estados Unidos. Três países (Colômbia, México e Venezuela) tiveram problemas com documentação e não enviaram representantes.
Com o número reduzido de judocas, seis categorias tiveram apenas dois lutadores, que se enfrentaram em sistema melhor de três lutas. Foi o que aconteceu com Erika Zoaga (acima de 70 kg da classe J1, para cegos totais), por exemplo, que não precisou lutar pela terceira vez, pois venceu a americana Christella Garcia, em dois confrontos.
Outras lutadoras viveram a mesma situação: a potiguar Rosi Andrade (J1 até 48 kg), que venceu a argentina Rocio Ledesma; e a carioca Brenda Freitas (J1 até 70 kg), que ganhou da cubana Aragna Hechevaria.
O paraibano Wilians Araújo (J1 acima de 90 kg), a exemplo de suas compatriotas, só necessitou de dois combates para conquistar o ouro. Na ocasião, ele superou o argentino Cristian Alderete. Wilians fechou o ano com uma marca incrível: ouro nos sete torneios que disputou e venceu 23 das 24 lutas por ippon.
“Foi um ano mágico na minha vida, o melhor da minha carreira esportiva. Isto é fruto de um trabalho em equipe, todos do Instituto Benjamin Constant e da CBDV [Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais]. Agora, é continuar treinando forte para seguir no próximo ano nesta mesma batida”, disse o peso-pesado.
Outros atletas medalhas de ouro estiveram em chaves com três a cinco adversários. Neste caso, a fórmula de disputa é de todos contra todos. Quem venceu mais ficou em primeiro lugar.
O paraense Thiego Marques (J2 até 60 kg), que jamais havia ganhado um ouro pela Seleção adulta, quebrou a escrita passando pelo atleta da casa Justin Karn e pelos chilenos Johann Bustos e Yabran Alonso.
O Pan-Americano do Canadá foi o segundo evento da IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos) que contou pontos no ranking mundial. Será o ranking que definirá os classificados para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
Dos 14 convocados pela comissão técnica dos senseis Alexandre Garcia e Jaime Bragança para o evento, sete chegaram a Edmonton na liderança de suas categorias. Todos confirmaram o favoritismo e venceram – com exceção de Alana Maldonado, que não lutou por falta de adversária.
Além de Rosi, Brenda, Thiego e Wilians, os outros melhores do mundo que subiram no topo do pódio neste domingo foram: Rebeca Silva (J2 acima de 70 kg) e Arthur Silva (J1 até 90 kg). Lúcia Araújo (J2 até 57 kg) e Marcelo Casanova (J2 até 90 kg), que também conquistaram o ouro, devem ganhar posições em seus pesos.
Os demais pódios deste domingo vieram com a prata de Elielton Oliveira (J1 até 60 kg) e os bronzes de Larissa Silva (J1 até 57 kg) e Harlley Arruda (J1 até 73 kg).
Além de ter sido campeã do Pan do Canadá, em 2022 a Seleção Brasileira de judô paralímpico ficou em quarto lugar no Mundial de Baku e foi primeira colocada das três etapas do Grand Prix da IBSA: em São Paulo, Nur-Sultan (Cazaquistão) e Antalya (Turquia).
Após as férias, a primeira grande competição da modalidade em 2023 será o Aberto da Alemanha, em Heidelberg, em fevereiro. Vale lembrar que a próxima temporada reserva ainda os Jogos Mundiais da IBSA, em Birmingham (ING), em agosto, e os Jogos Parapan-Americanos, em Santiago (CHI), em novembro.
*Com informações da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV).
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