A Seleção Brasileira de atletismo chegou, na manhã desta terça-feira, 13, a 20 medalhas conquistadas nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, sendo sete douradas, oito pratas e cinco bronzes. Tudo isso graças a três novas conquistas: a do lugar mais alto do pódio pelos atletas do revezamento 4x100m masculino T11-T13; a do segundo lugar no salto em distância T37, por Mateus Evangelista; e a da terceira colocação nos 100m T38 por Edson Pinheiro.
Diogo Ualisson, Gustavo Araújo, Daniel Mendes e Felipe Gomes voaram na pista, lideraram de ponta a ponta e bateram novo recorde paralímpico do revezamento, com o tempo de 42s37. A equipe chinesa ficou em segundo lugar (43s05), e a do Uzbequistão, em terceiro (43s47).
“Nosso revezamento estava engasgado na garganta há um bom tempo. Mas não poderia ter vindo de maneira melhor, em casa, com a torcida vindo ao ginásio nos prestigiar em plena terça-feira. Nós nos propusemos a dar o nosso melhor para eles, e eles estão dando o melhor para a gente. Então a nossa alegria é grande por trazer essa medalha, por conquistar esse recorde para o Brasil. Felipe, eu, Gustavo e Diogo estamos aqui para mais provas, então agora a gente vai dar uma recuperada para voltar com gás”, comentou Daniel Mendes, que à noite corre as classificatórias dos 200m T11.
Felipe Gomes é outro que tenta se classificar para a final dos 200m T11 ainda hoje, enquanto Gustavo Araújo busca uma vaga na final dos 400m T13. “Nós nos unimos, conversamos e pensamos em correr não cada um por si, mas sempre pensando no cara que está na frente. A gente foi pra dentro desse sonho, de ajudar o Brasil a ficar entre os cinco primeiros na colocação geral. A nossa parte a gente já começou a fazer. Nós somos os melhores do mundo. Nós seis”, disse Felipe, que no último domingo foi prata nos 100m T11
A prata de Mateus Evangelista foi conquistada com seu segundo salto, de 6m53, quando ele estabeleceu o novo recorde mundial. Mas, na terceira rodada de saltos, o chinês Guangxu Shang bateu novamente a marca de melhor salto do mundo na classe T37, com 6m77, levando o ouro. O bronze ficou com o paquistanês Haider Ali, com a marca de 6m28.
A primeira medalha do dia foi o bronze de Edson Pinheiro, que, com 11s26, ficou atrás apenas do chinês Jianwen Hu (10s74), e do australiano Evan O’Hanlon (10s98), na prova de 100m T38. Emocionado, Edson contou que chegou a ter insônia.
“Ontem fui dormir às três horas da manhã pensando: ‘amanhã é meu dia, amanhã é meu dia’. Já tinha sido vice-campeão mundial, campeão de Jogos Parapan-Americanos, e essa medalha de Paralimpíada estava faltando. Veio na hora certa, dentro de casa. Com essa torcida empolgante empurrando a gente. Foi uma prova muito forte, eu sabia que quem largasse melhor ia ter mais chance de medalha e consegui fazer uma boa largada. Isso favoreceu para eu ficar entre os três. Eu estava treinado. Mas 100m é um tiro”, analisou o medalhista.
Na final dos 200m feminino T36, Tascitha Oliveira terminou em quinto lugar. Já nas provas classificatórias, Teresinha de Jesus garantiu sua passagem para a final dos 400m T47, que acontecerá amanhã à noite, com o segundo melhor tempo do dia (1min01s88).
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