O atletismo voltou aos treinos após o recesso no Centro de Treinamento Paralímpico já na primeira semana útil do ano. A modalidade entrou numa nova fase de treinos na preparação para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, em agosto.
O atletismo conquistou 35 vagas no Mundial de Atletismo, ocorrido em novembro de 2019, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Antes disso, o Brasil tinha garantido uma vaga no Mundial de Maratona, em Londres. O período de obtenção do índice mínimo, estabelecido pelo Departamento Técnico do CPB, para compor a delegação brasileira em Tóquio segue até 15 de maio.
"Essas duas primeiras semanas nós chamamos de processo adaptativo, porque realmente virá uma sequência de treino. É uma semana de adaptação não só do atleta, mas dos treinamentos" comenta Amauri Veríssimo, técnico-chefe da modalidade.
Até esta sexta-feira, 13 atletas participam de um treinamento intensivo no CT, junto aos atletas do Centro de Referência da modalidade que funciona no local. Eles foram selecionados por apresentarem potencial competitivo. "O objetivo é dar condição para esses atletas que não tem a estrutura do CT melhorarem os seus resultados e irem para as Paralimpíadas de Tóquio" explica Amauri.
Rayane Soares está entre os atletas do treino intensivo. No ano passado, a maranhense da classe T13 (para atletas com baixa visão) conquistou o ouro nos 400m e a prata nos 200m no Mundial de Atletismo em Dubai e uma prata nos 100m nos Jogos Parapan-Americanos de Lima. Na prova dos 400m, ela já tem índice para Tóquio.
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"Os treinos estão bem fortes e cansativos. Estamos fazendo bastante trabalho de força e de resistência. Eu tive essa oportunidade de começar a treinar no CT no início do ano passado e retornei outras vezes durante o ano. Agora, tive novamente a oportunidade de voltar e quero aproveitar tudo o que está acontecendo", comenta a velocista que tem baixa visão devido à microftalmia bilateral congênita.
Outro atleta entre os treze participantes do treinamento intensivo é Thomaz Ruan, que também medalhou no Mundial de Atletismo em Dubai: prata nos 400m na classe T47. O paulista de Jundiaí nasceu com uma má-formação no braço direito. Com índice nos 400m já conquistado, a meta agora é ser medalhista na capital japonesa.
"Treinar no CT é maravilhoso, é como se fosse um paraíso: tem tudo que um atleta precisa, tudo é ótimo. Eu estou fora de casa, mas com pessoas novas e que me ajudam todos os dias. Estou gostando muito da experiência aqui. Agora meu principal objetivo esse ano é ser medalhista nas Paralímpiadas."
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)