O tiro esportivo paralímpico tem um novo coordenador. James Walter Lowry Neto, que é um velho conhecido dos atletas e integra a equipe técnica da modalidade do CPB desde 2005, assumiu a função no início deste ano. Mas sua experiência vai além: atleta, ele treina e compete pelo tiro esportivo convencional. Em sua temporada de estreia na coordenação terá como principal desafio o Campeonato Mundial da Coreia do Sul, em maio.
“Já vem de família! Meu avô praticava o tiro esportivo, e aí acabei começando na modalidade. Parei por um bom tempo, mas voltei em 2004”, explicou James, que foi campeão brasileiro convencional em 1982, 2012, 2013 e 2015. “Eu nunca pensei em parar, mas com o trabalho e a correria acabei diminuindo os treinos e, neste ano, como tem Mundial e várias competições paralímpicas, vou treinar ainda menos. Mas quando eu puder, vou estar treinando e competindo.”
Após 32 anos sem representação em Jogos Paralímpicos, o Brasil enviou um atirador, Carlos Garletti, para Pequim 2008. Em um acidente de parapente, o atleta sofreu uma fratura lombar que diminuiu a força das pernas. Garletti, que é da classe SH1 (não precisa de suporte para a arma), pediu para James treiná-lo, a fim de se classificar para os Jogos de 2008 e a tarefa foi bem-sucedida – apesar de não ter conquistado medalha.
“Antes, a minha meta era classificar um atleta para os Jogos, mas isso é fácil. Agora a meta é trazer uma medalha paralímpica e nós temos chance!”, disse James, empolgado. Tóquio 2020 será sua terceira edição dos Jogos Paralímpicos.
Neste ano de 2018, a equipe brasileira de tiro esportivo participará do Campeonato Mundial da modalidade em Cheongju, na Coreia do Sul, de 30 de abril a 12 de maio, em que os atiradores poderão classificar-se para os Jogos de Tóquio.
Assessoria de comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)