Lauro Chaman é hoje o principal nome no ciclismo paralímpico brasileiro. Em 2016, no Rio, o paulista de Araraquara entrou para a história do esporte ao conquistar as primeiras medalhas do Brasil em Jogos Paralímpicos na modalidade: uma prata na prova de resistência e um bronze no contrarrelógio nas provas de estrada da classe C5. O desempenho também garantiu a ele o prêmio de atleta destaque do ciclismo no Prêmio Paralímpicos 2016, que será entregue em cerimônia no dia 7 de dezembro, no Rio de Janeiro.
“Foi um ano muito feliz para mim e para o esporte e espero fazer melhor daqui para frente. Fazer planos e trabalhar para chegar ao ouro no ciclo Tóquio 2020”, resumiu.
O ciclista nasceu com o pé esquerdo virado para trás e precisou passar por cirurgia para corrigir o problema. Contudo, o procedimento o fez perder a mobilidade do tornozelo, causando atrofia na panturrilha. Ainda jovem, aos 13, começou a competir no mountain bike contra atletas sem deficiência, e somente seis anos depois passou por classificação funcional para disputar competições paralímpicas de ciclismo.
“Comecei a competir no ciclismo paralímpico em 2008 e nem sonhava que um dia seria um dos principais ciclistas do país. É um sonho muito bom que se realizou. Sou muito feliz por conseguir fazer do esporte meu meio de vida e fico agradecido àqueles que acreditaram em mim, que me deram força e me ajudaram a chegar onde cheguei”, relembra o ciclista.
O ano de 2016 foi especial para Lauro. As duas medalhas nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e o título da etapa da Copa do Mundo da Bélgica ficarão na memória e ainda serão um incentivo para os próximos anos.
“Conquistar duas medalhas no Rio 2016 foi um momento incrível. Com certeza é uma alegria muito grande para todo atleta chegar ao pódio em uma edição dos Jogos. Para mim, foi mais especial por ser no Brasil. Minha família, amigos, técnicos e companheiros do esporte foram até lá para me ver. Junto com o nascimento do meu filho, o dia que eu ganhei uma medalha nos Jogos Paralímpicos foi um dos melhores momentos da minha vida”, acrescentou.
Além das duas medalhas nos Jogos Rio 2016, Lauro ainda participou das provas de pista. Na perseguição, o paulista ficou perto da medalha, na quarta colocação. Na prova de contrarrelógio, Lauro obteve o 12º melhor tempo entres os competidores.
Assessoria de imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)