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Antônio Tenório supera a COVID-19 e chega em Tóquio em busca de sua sétima medalha paralímpica

Antônio Tenório durante os treinos na cidade de Hamamatsu, no Japão/ Foto: Ale Cabral/CPB

Resiliência é uma palavra que define bem Antônio Tenório. O paulista ficou totalmente cego aos 19 anos, após um acidente com um estilingue no seu olho esquerdo, aos 13, e uma infecção no olho direito seis anos mais tarde. Hoje, aos 50 anos, o maior judoca paralímpico de todos os tempos chega ao Japão para a disputa dos Jogos Paralímpicos pela sétima vez após vencer um dos adversários mais difíceis de sua vida: a COVID-19. E a expectativa é voltar para casa com mais uma medalha no peito.
 
Diagnosticado com o novo coronavírus em março deste ano, Tenório ficou internado por 18 dias, chegou a ter 80% de seu pulmão comprometido, precisou de ventilação, mas não foi intubado. “Só Deus explica a minha permanência no judô  paralímpico. As vezes acho que nem era para eu estar mais presente nesse mundo”, conta, emocionado, o judoca. “É um privilégio estar aqui mais uma vez defendendo o Brasil”, completa.
 
O susto ficou para trás e Antônio Tenório foca nos treinos para fazer bonito na hora que pisar no tatame. “Sabemos a dificuldade do torneio, mas a expectativa é subir ao pódio mais uma vez. Temos treinado forte e, independente do resultado, tenho certeza que vou fazer o meu melhor”, garantiu o atleta.
 
Dono de quatro medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze, Tenório ocupa o quarto lugar no ranking mundial da classe B1 (cegos totais ou com percepção de luz, mas sem reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância), na categoria até 100kg. Sua estreia na Arena Nippon Budokan, em Tóquio, será em 27 de agosto.
 
Despedida? 

Mas engana-se quem pensa que os Jogos do Japão serão os últimos de Antônio Tenório. O atleta deixou claro que ainda tem lenha para queimar. Ele não quer encerrar o seu ciclo paralímpico agora e já projeta lutar em Paris em 2024, quando acontece a próxima edição do megaevento paradesportivo. “Meus planos são ir até Paris, quando vai se formar a categoria de B1 por lá e, com certeza, eu vou pendurar a chuteira aos 54 anos. Agora sim é uma promessa”, brinca.
 
Brasil em Tóquio

A delegação brasileira de judô conta com nove atletas, sendo cinco homens e quatro mulheres. Além de Antônio Tenório, Arthur Cavalcante (Até 90kg), Harlley Damião (até 81kg), Thiego Marques (até 60kg) e Willians Silva de Araújo (acima dos 100kg) competem no masculino. Allana Martins Maldonado (até 70kg), Karla Ferreira (até 52kg), Lúcia Teixeira (até 57kg) e Meg Rodrigues Vitorino (acima de 70kg) brigarão pelas medalhas no feminino.
 
Entenda a modalidade

O judô é disputado por atletas com deficiência visual divididos em categorias de acordo com o peso corporal. Com até cinco minutos de duração, as lutas acontecem sob as mesmas regras utilizadas pela Federação Internacional de Judô, com pequenas modificações em relação ao judô convencional.
 
A principal delas é que o atleta inicia a luta já em contato com o quimono do oponente. Além disso, o combate é interrompido quando os lutadores perdem esse contato. Não há punições para quem sai da área delimitada.
 
O responsável pela primeira medalha de ouro verde e amarela foi o multicampeão Antônio Tenório, em Atlanta 1996. No total, o judô já rendeu ao Brasil 22 medalhas na história dos Jogos, sendo quatro ouros (todos conquistados por Tenório), nove pratas e nove bronzes.
 
Classificação

Além das categorias por peso, os judocas são divididos em três classes, de acordo com o grau da deficiência visual. Todas começam com a letra B (blind, cego em inglês): B1, B2 e B3.
 
Nos Jogos Paralímpicos, atletas de diferentes classes podem competir juntos.
B1 – Cegos totais ou com percepção de luz, mas sem reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância;
B2 – Atletas com percepção de vultos;
B3 – Atletas que conseguem definir imagens;
 
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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