A amapaense Wanna Brito, da classe F32 (atletas com paralisia cerebral), bateu o recorde das Américas no arremesso de peso na manhã deste domingo, 25, no Desafio CPB/CBAT, realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. A medalhista de prata no Mundial de atletismo paralímpico de Paris 2023 atingiu a marca de 7,66m e deixou para trás o antigo melhor resultado continental, que já era seu, de 7,35m obtidos em junho de 2023, também no CT, no Campeonato Brasileiro Loterias Caixa de atletismo. A marca deste domingo, no entanto, ainda necessita ser chancelada pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla inglês).
O Desafio CPB/CBAt de atletismo tem a finalidade de difundir e desenvolver a prática da modalidade entre atletas brasileiros com e sem deficiência. A competição é dirigida e organizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).
A etapa deste domingo, primeira do ano, reuniu 114 atletas paralímpicos e 75 olímpicos para competir em provas de pista (100m, 200m, 400m, 800m, 1.500m, 5.000m, e saltos em distância, triplo e em altura) e provas de campo (arremesso de peso e lançamentos de dardo, disco e club).
Atletas paralímpicos usaram a oportunidade para melhorar suas marcas. Wanna, por exemplo, também superou seus próprios resultados de 2023 no lançamento de club. No ano passado, a atleta havia tido seu melhor desempenho em abril, no Centro de Treinamento Paralímpico, quando lançou 25,73m. Neste domingo, ,o melhor lançamento da atleta foi de 25,83m.
“Eu amei o resultado de hoje. Porém, quero melhorar ainda mais esta marca. Estou trabalhando muito para isso. É um trabalho muito longo, com uma equipe grande por trás. Não dá para acomodar, ainda mais em um ano paralímpico, em que todos querem estar em Paris. Este ano, o principal objetivo é buscar um pódio nos Jogos”, afirmou Wanna.
Já o paulistano Vinicius Quintino, 17, da classe T72 (petra), bronze no Mundial de 2023 na prova dos 100m, conseguiu um tempo que, em 2023, teria sido o melhor do ano na mesma prova: 16s35. O melhor resultado no ano passado foi do britânico Gavin Drisdale, que completou o percurso em 16s66 no Mundial de Paris.
“Graças ao bom trabalho que eu e minha comissão técnica estamos fazendo, consegui uma marca satisfatória. Foi uma semana difícil, com quebra de equipamento e ajustes. Está sendo um começo de ano agitado. Achei minha prova muito boa. Consegui manter um bom desempenho durante os 100m, apesar da saída, que poderia ter sido melhor. Agora, é continuar treinando para chegar bem no Mundial [de Kobe, no Japão, em maio]”, afirmou o atleta, que tem paralisia cerebral.
A lançadora de dardo baiana Raíssa Machado, da classe F56 (atletas que competem sentados) marcou 23,52m no Desafio CPB/CBAT deste domingo, acima da sua melhor marca de 2023, 23,42m obtidos em outubro de 2023, também em uma etapa do Desafio CPB/CBAT.
O Desafio fez parte da preparação de atletas especialistas em provas de fundo e meio-fundo, que, nesta semana, retornaram da cidade de Taipa, na Colômbia, a 2.500 metros acima do nível do mar. Eles treinaram por 25 dias na altitude, mesma atividade que deverá ser realizada às vésperas dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, que começarão em agosto.
Participante da simulação, o paulista Julio Agripino, da classe T11 (deficiência visual), correu a prova dos 1.500m em 4min06s01, um pouco acima dos 4min04s32 registrados nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago e que lhe garantiram a medalha de ouro.
Já a velocista piauiense Antônia Keyla (T20, deficiência intelectual) correu a mesma distância em 4min34s90. No Mundial de Paris, quando ganhou a medalha de prata, a atleta obteve a maca de 4min30s75.
O Desafio CPB/CBAT foi a primeira oportunidade para que os atletas paralímpicos atingissem o índice mínimo estabelecido pelo CPB para participação no Mundial de Kobe, no Japão, em maio. As próximas duas e últimas chances serão na segunda etapa do mesmo Desafio, no próximo domingo, 3 de março, e o Circuito Nacional Loterias Caixa de atletismo, nos dias 16 e 17 de março.
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Patrocínios
As Loterias Caixa e a Braskem são as patrocinadoras oficiais do atletismo.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível As atletas Antônia Keyla, Wanna Brito e Raíssa Machado são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 114 atletas.
Time São Paulo
Os atletas Raíssa Machado Julio Agripino são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 106 atletas de 14 modalidades.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)