Os alunos da Escola Paralímpica de Esportes, projeto de iniciação esportiva do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para crianças e jovens de 7 a 17 anos, conquistaram 59 medalhas nas disputas de atletismo, bocha e natação durante a Regional de São Paulo das Paralimpíadas Escolares. A competição aconteceu nos dias 7 e 8 de setembro, no Centro de Treinamento Paralímpico, na capital paulista.
Esta foi a terceira e última etapa regional de 2023 da maior competição esportiva do mundo para crianças e jovens com deficiência. A fase nacional ocorrerá também no CT Paralímpico, de 28 de novembro a 1º de dezembro. A primeira etapa foi realizada em Belém, Pará, com os anfitriões como campões. Já a segunda aconteceu em Brasília e o Estado de Minas Gerais ficou com o título.
Estiveram presentes no evento 700 atletas de seis estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. As provas de atletismo contaram com 430 competidores, bocha, 61 e natação, 209.
Na modalidade com maior número de participantes, Geovane Amorim bateu o recorde das Escolares em três provas de atletismo: 60m, 150m e 800m da classe T54 (cadeirantes).
Aluno da Escolinha desde 2019, Geovane nasceu com mielomeningocele, uma má-formação na coluna. Após vários acompanhamentos médicos, ele começou a ter controle de postura e usar cadeira de rodas aos 2 anos de idade. Além do atletismo, o jovem também pratica dança em cadeira de rodas no CT Paralímpico.
“Essa foi a minha primeira vez nas Paralimpíadas Escolares. Foi uma competição muito boa porque tinha outros jovens também. Eu me senti um atleta de alto rendimento igual aos meus ídolos no atletismo: Vinicius Rodrigues e o Parré (Ariosvaldo Fernandes), que treinam aqui no CT e me motivam no esporte desde que os conheci”, contou Geovanne, referindo-se aos medalhistas mundiais em Paris 2023.
O paranaense Vinícius Rodrigues foi prata nos 100m da classe T63 (que usam prótese), enquanto o paraibano Parré conquistou dois bronzes (100m e revezamento misto 4x100m) na classe T53 (cadeirantes) na capital francesa.
Geovane já participou de outras competições organizadas pelo CPB, como o Conexão Paralímpica, competição que reúne três eventos: as Paralimpíadas Universitárias, torneio com estudantes universitários; o Intercentros, competição entre alunos dos Centros de Referência do CPB; e as Paralimpíadas Militares, prática esportiva entre militares e agentes de segurança com deficiência.
Além do paulista, outros representantes da Escolinha conquistaram medalhas nesta etapa das Paralimpíadas Escolares. Foram 35 medalhas no atletismo (17 ouros, sete pratas e 11 bronzes), 19 na natação (três ouros, 11 pratas e cinco bronzes) e cinco na bocha (três ouros e duas pratas).
Os três primeiros colocados nas Regionais de atletismo e natação se classificam automaticamente para a Fase Nacional das Paralimpíadas Escolares, que também ocorrerá no CT Paralímpico, na capital paulista, entre os dias 28 de novembro de 1º de dezembro. Já na bocha, os dois primeiros, por gênero, conquistam a vaga.
Neste ano, as Paralimpíadas Escolares, ao todo, vão receber cerca de 1.800 atletas, em idade escolar, oriundos de todas as 27 unidades federativas do país, sendo a maior quantidade da história da competição. Os inscritos de 2023 superam os 1.300 participantes da edição do ano passado, quando apenas o Piauí não teve representantes.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
