Rafael Brustelli, 10, e André Luiz Oliveira, 12, ambos alunos do triatlo na Escolinha, como é conhecido o projeto, correram pela primeira vez com uma prótese apropriada para corrida.
“Eu gostei muito. Fiquei com medo de cair na primeira vez porque ela é muito rápida, mas depois me senti mais confortável.”, comentou Rafael, que tem pseudoartrose congênita de tíbia, doença rara que dificulta a consolidação óssea.
O jovem frequenta a Escola Paralímpica de Esportes há cerca de um ano e praticou modalidades como natação e atletismo, antes de migrar para o triatlo.
André Luiz, que tem má-formação congênita na perna direita, também experimentou uma das próteses disponibilizadas por Ken. “Ela é muito bonita e confortável. Vai me ajudar nos treinos.”, contou o jovem.
A visita do engenheiro japonês ao CT Paralímpico aconteceu após um contato do CPB com a Japan House, instituição cultural nipônica, e a clínica também contou com a administração de Paulo Almeida, CEO da empresa Pé Ativo, especializada em reabilitação de amputados.
Os medalhistas paralímpicos Alan Fonteles, ouro nos 200 m nos Jogos de Londres 2012, e Vinícius Rodrigues, prata nos 100 m nos Jogos de Tóquio 2020, também estiveram presentes na ação. Ambos utilizam próteses em suas provas.
Ken já realizou trabalhos semelhantes em outros países e se encantou com a estrutura encontrada na capital paulista.“Ao ver o CT, entendi o porquê há tantos bons atletas paralímpicos no Brasil. Estamos trabalhando para democratizar o acesso das pessoas às próteses de corrida, pensando em materiais mais baratos, mas de qualidade”, disse o engenheiro, que completou:
“As que trouxe hoje já vão ficar com as crianças. Fiquei feliz ao vê-las experimentando as novas lâminas. Precisamos acabar com a ideia de que apenas atletas de alto rendimento têm acesso a elas”, concluiu.
Algumas das próteses produzidas por Ken estão em exposição na Japan House, em São Paulo, até o próximo dia 26 de fevereiro. Mais informações estão disponíveis neste link.
Esporte Paralímpica de Esportes
A Escola Paralímpica de Esportes é idealizada e realizada pelo CPB desde 2018 e tem como objetivo promover a iniciação esportiva de crianças e adolescentes, com deficiência física, visual e intelectual, na faixa etária de 7 a 17 anos, em treze modalidades paralímpicas: atletismo, badminton, bocha, esgrima em cadeira de rodas, futebol de cegos, goalball, halterofilismo, judô, natação, tênis de mesa, tiro com arco, triatlo e vôlei sentado.
Os alunos são atendidos dois dias por semana, divididas em turmas às segundas e quartas-feiras e terças e quintas-feiras, em dois horários: das 14h às 15h30 e das 16h às 17h30.
As crianças recebem uniforme e lanche durante a estadia no CT Paralímpico. Também é disponibilizado transporte em locais estratégicos da Grande São Paulo. Todos os serviços são oferecidos gratuitamente. Para mais informações sobre o projeto, entrar em contato pelo e-mail: escolaparalimpica@cpb.org.br.
Patrocínios
A Escola Paralímpica de Esporte conta com o patrocínio do Grupo Volvo via Lei de Incentivo ao Esporte do Governo Federal.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro