Após conquistar títulos em competições de jovens, o atleta, da classe BC4 (para atletas com limitações severas e que não recebem assistência), participa da segunda fase de treinamentos da Seleção Brasileira principal da modalidade em 2023, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, até sexta-feira, 24.
Além de André, mais 10 atletas da bocha estão reunidos no local, desde o último sábado, 18. Durante o período, os jogadores tem sido submetidos a avaliações físicas, acompanhados por uma equipe multidisciplinar, e realizado treinos nas canchas.
André foi convocado pela segunda vez para fazer parte da Seleção principal – a primeira foi em fevereiro deste ano. “Foi bem emocionante receber a convocação. A gente vê que nosso trabalho está dando certo. Para mim, é uma grande honra”, disse o maranhense, que destacou a oportunidade de conviver com suas referências no esporte. “Eu jogo bocha há cinco anos só. Tem gente aqui com mais de 20 anos na modalidade”.
O técnico Moisés Fabrício, treinador-chefe da classe BC4 na Seleção Brasileira de bocha, afirmou que André vem sendo observado pela comissão técnica há dois anos. “Incentivamos a sua participação nos campeonatos, porque já víamos o seu potencial. Desde então, ele só vem crescendo, tanto em posturas como também em resultados. Ele alcançou o espaço dele na Seleção principal, mas ainda tem idade para participar dos campeonatos de jovens”, pontuou.
Nesta temporada, o maranhense, que mora em São Paulo desde que completou um ano de idade, tem chances de estar em competições internacionais juvenis, como o Parapan de Jovens de Bogotá, Colômbia, em junho, e o Mundial de Jovens, em Portugal, no mês de julho. Além disso, André também disputa vagas na Seleção principal para as disputas do World Bochia Challenger da Grécia e da etapa da Copa do Mundo que será disputada no Brasil bem como dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, Chile.
Em setembro do ano passado, André conquistou a medalha de ouro no torneio intermediário do Campeonato Brasileiro adulto de bocha pela classe BC4. Antes, ele já havia vencido o Brasileiro juvenil e a Copa Brasil de jovens, realizados em maio e julho de 2022, respectivamente.
O atleta tem Distrofia de Duchenne, doença genética degenerativa. Ele descobriu a Escolinha, como o projeto do Comitê Paralímpico Brasileiro é carinhosamente conhecido, enquanto buscava na internet um meio de jogar tênis de mesa. Logo ao chegar ao CT, conheceu a bocha, modalidade pela qual se apaixonou.
Escola Paralímpica de Esportes
A Escola Paralímpica de Esportes é idealizada e realizada pelo CPB e tem como objetivo promover a iniciação de crianças com deficiência física, visual e intelectual, na faixa etária de 7 a 17 anos, em treze modalidades paralímpicas.
São oferecidas aulas de atletismo, badminton, bocha, esgrima em cadeira de rodas, futebol de cegos, goalball, halterofilismo, judô, natação, tênis de mesa, tiro com arco, triatlo e vôlei sentado. Todas compõem o atual programa dos Jogos Paralímpicos, estabelecido pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês).
Os alunos são atendidos dois dias por semana, divididos em turmas às segundas e quartas-feiras e terças e quintas-feiras, em dois horários: das 14h às 15h30 e das 16h às 17h30.
As crianças recebem uniforme e lanche durante a estadia no CT Paralímpico. Também é disponibilizado transporte em locais estratégicos da Grande São Paulo. Todos os serviços são oferecidos gratuitamente. Para mais informações sobre o projeto, entrar em contato pelo e-mail: escolaparalimpica@cpb.org.br.
Patrocínios
A Escola Paralímpica de Esporte conta com o patrocínio do Grupo Volvo via Lei de Incentivo ao Esporte do Governo Federal.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)