O ciclismo brasileiro tentará repetir nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 o feito dos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, quando conquistou suas primeiras medalhas na modalidade. Para isso, o Brasil contará com seis atletas, três mulheres e três homens, entre eles o paulista Lauro Chaman, que levou prata e bronze há oito anos.
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Esta será a 9ª participação do ciclismo do Brasil nos Jogos Paralímpicos, com duas medalhas conquistadas, ambas com Lauro. O paulista, que nasceu com o pé esquerdo virado para trás, passou por cirurgia para corrigir a condição, mas acabou perdendo os movimentos do tornozelo e teve atrofia na panturrilha. Ele disputa a classe C5, para atletas que usam bicicletas convencionais.
Desde os Jogos de Tóquio, a preparação brasileira neste ciclo paralímpico teve diversas conquistas. Em 2022, no Campeonato Mundial de Estrada da União Ciclística Internacional (UCI), no Canadá, o Brasil ganhou uma prata e três bronzes. No Mundial de Pista UCI, na França, mais uma prata. No Mundial de Glasgow, na Escócia, em 2023, duas medalhas de bronze. E, neste ano, no Mundial do Rio de Janeiro, outras duas medalhas de prata.
Os dois bronzes conquistados em Glasgow também vieram com Lauro, nas provas Omnium e Scratch. Chaman também levou a prata no Rio em 2024. A outra prata foi conquistada pela paulista Sabrina Custódio da Silva na classe C2 feminina.
“Eu sou muito grato de ter conquistado duas medalhas nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, foi um sonho de ter conquistado essas medalhas e queria agradecer a todos que me ajudaram quando isso aconteceu. Acredito que essas medalhas não são minhas, são nossas, de todos nós que sempre sonhamos com isso. Quem sabe possamos conquistar mais medalhas agora, em Paris”, disse Lauro.
Aos 37 anos, o paulista diz que espera um bom resultado em Paris.
“Temos uma delegação grande, estamos em seis atletas e todos têm bastante chance de conquistar medalhas, então eu sou muito grato de estar participando. Hoje, não sou mais tão novo quanto nos Jogos Paralímpicos do Rio, mas espero fazer o meu melhor e quem sabe sair de lá com um bom resultado”, afirmou.
A equipe do ciclismo que vai para Paris conta com Carlos Alberto Gomes Soares, Jady Martins Malavazzi, Lauro Cesar Moro Chaman, Mariana Garcia, Sabrina Custodia da Silva e Ulisses Leal Freitas.
A delegação brasileira em Paris será a maior com recorde de participação na história dos Jogos Paralímpicos fora do Brasil. Serão 255 atletas com deficiência na competição na capital francesa. Ao todo, também foram convocados 19 atletas-guia (sendo 18 do atletismo e 1 do triatlo), três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo, totalizando 280 competidores na capital francesa.
Esta é a maior delegação brasileira convocada para uma edição dos Jogos fora do Brasil. Antes, a maior equipe nacional era de 259 convocados em Tóquio 2020. O recorde de participantes do país foi nos Jogos do Rio 2016, ocasião em que o Brasil sediou o megaevento e contou com 278 atletas com deficiência, além de atletas-guia, goleiros e calheiros, em todas as 22 modalidades já classificadas automaticamente pelo fato de ser país-sede.
O Brasil já conquistou 373 medalhas (109 de ouro, 132 de prata e 132 de bronze) na história dos Jogos Paralímpicos e está a 27 conquistas do seu 400º pódio no evento. Na última edição, Tóquio 2020, o país fez a sua melhor campanha com 72 medalhas no total, a mesma quantidade obtida nos Jogos do Rio 2016. Destas, 22 foram de ouro, superando as 21 de Londres 2012. Ainda foram mais 20 pratas e 30 bronzes no Japão.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)