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Nadadora carioca é campeã nas Paralimpíadas Escolares com apoio nutricional de medalhista mundial

Camila Dias, Camille Rodrigues e Daniel Mendes ao lado de outros atletas das Paralimpíadas Escolares | Foto: Marcello Zambrana/CPB

A nadadora carioca Camila Dias, 13, foi campeã nos 50m peito durante a regional de São Paulo das Paralimpíadas Escolares, na manhã desta quinta-feira, 7, no Centro de Treinamento Paralímpico, na capital paulista.

Esta é a terceira etapa regional de 2023 da maior competição esportiva do mundo para crianças e jovens com deficiência. Cerca de 700 atletas de seis estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) estão nas disputas de atletismo, com 430 inscritos, bocha (61) e natação (209) até a tarde desta sexta-feira, 8, em São Paulo.

Para chegar ao lugar mais alto do pódio nos 50m peito da classe SB7 (limitação físico-motora), a carioca contou com o apoio de nadadores medalhistas no último Mundial da modalidade, realizado em Manchester, Inglaterra, entre os dias 31 de julho e 6 de agosto deste ano. Em um processo de transição de carreira, Camille Rodrigues, bronze no revezamento misto 4x100m livre 34 pontos no Reino Unido, tem atuado como nutricionista da delegação do Rio de Janeiro nas Paralimpíadas Escolares. Além dela, Daniel Mendes, dono de três medalhas na Inglaterra (duas pratas – 50m livre e revezamento misto 4x50m livre 20 pontos -, além de um bronze – 100m livre), também compõe o staff da equipe na capital paulista.

“Sempre que a gente precisa, pede dicas para eles. São mais experientes e ajudam muito. Eles nos acalmam quando estamos nervosos e ajudam muito a controlar o psicológico”, avaliou Camila Dias, que tem paraparesia espástica e, recentemente, conquistou duas medalhas de bronze em sua primeira competição internacional, a Gymnasiade, Olimpíada do Desporto Escolar, disputada no Rio de Janeiro, no final do mês de agosto. Nesta tarde, ela ainda nadará os 50m costas em São Paulo. 

Formada em nutrição e com a experiência de ter passado por uma reeducação alimentar, a qual a ajudou a eliminar 43 kg, Camille afirmou que, com este trabalho junto aos jovens do Rio de Janeiro, relembra o seu próprio início de carreira na natação. “Eu me enxergo muito nas crianças. Elas são uma fonte de motivação. Acabei de me formar [em nutrição] e estar aqui me dá orgulho. É a certeza que a minha transição de carreira está caminhando”, explicou a nadadora de 31 anos.

“É muito legal conviver com as crianças. Elas são o futuro da natação. Eu, por exemplo, participei das Paralimpíadas Escolares em 2019. Agora, posso passar a minha experiência em competições de alto nível”, completou Daniel, 21.

No atletismo, destaque para Vinícius Krieger Quintino, 17, representante do Estado de São Paulo e medalhista de bronze no Mundial adulto da modalidade, disputado em Paris, França, de 8 a 17 de julho de 2023. Na mesma prova em que ele subiu ao pódio na capital francesa, os 100m da classe T72 (petra), o atleta paulistano bateu o recorde das Paralimpíadas Escolares nesta manhã. Ele completou a distância em 18s02, tempo acima dos 17s60 registrados em Paris.

As Paralimpíadas Escolares tiveram a sua primeira edição em 2006, sob o nome de Paralímpicos do Futuro, alcunha que durou até 2007. Após um hiato em 2008, o evento voltou a ser disputado anualmente desde 2009, com exceção de 2020, por causa da pandemia de Covid-19.

Talentos do paradesporto brasileiro já passaram pelas Escolares, como Petrúcio Ferreira, recordista mundial nos 100m (classe T47), bicampeão paralímpico e tri mundial; o jogador de goalball Leomon Moreno, prata no Jogos de Londres 2012, bronze no Rio 2016 e ouro em Tóquio 2020; a mesatenista Bruna Alexandre, bronze no Rio 2016 e prata nos Jogos de Tóquio 2020, entre outros.

Desde 2022, a competição tem sido disputada em três fases regionais e uma nacional. A primeira etapa regional deste ano foi realizada em Belém, Pará, com os anfitriões como campeões, e a segunda, em Brasília, Distrito Federal, na qual o título ficou com Minas Gerais. A fase nacional ocorrerá no CT Paralímpico, em São Paulo, de 28 de novembro a 1º de dezembro.

Os três primeiros colocados nos regionais de atletismo e natação se classificam automaticamente para a Nacional na capital paulista. Já na bocha, os dois primeiros, por gênero, conquistam a vaga.

Neste ano, as Paralimpíadas Escolares, ao todo, vão receber cerca de 1.800 atletas, em idade escolar, oriundos de todas as 27 unidades federativas do país, sendo a maior quantidade da história da competição. Os inscritos de 2023 superam os 1.300 participantes da edição do ano passado, quando apenas o Piauí não teve representantes.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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