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Brasil estreia no Mundial de halterofilismo com disputa pelo ouro na categoria Junior

Lara Lima se prepara para levantar peso durante competição | Foto: Alessandra Cabral/CPB

A Seleção Brasileira estreia nesta terça-feira, 22, no Campeonato Mundial de halterofilismo de Dubai com a participação da mineira Lara Lima, 20, que irá defender seu título na categoria Junior, às 6h (de Brasília). Antes, ainda nesta segunda-feira, 21, às 12h30, será iniciada a cerimônia de abertura do campeonato, com a paulista e campeã paralímpica Mariana D’Andrea representando o Brasil como porta-bandeira.

Tanto a cerimônia como as disputas, de 22 a 30 de agosto, acontecem no hotel Hilton Habtoor City, onde as delegações estão hospedadas. O campeonato é etapa obrigatória para qualificação aos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, e conta com 495 atletas de 78 países. O Brasil se faz presente com uma delegação de 23 halterofilistas, de 12 unidades federativas (AM, BA, MG, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RS, SC e SP). A equipe é formada por aqueles que alcançaram os índices estabelecidos pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) durante a Primeira Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa, em março, e o Campeonato Brasileiro Loterias Caixa, em abril, ambas no Centro de Treinamento Paralímpico.

Lara é a atual campeã Junior na categoria até 41kg, com ouro conquistado em Tbilisi, na Geórgia, em 2021. A mineira chega à disputa como líder do ranking Mundial de 2023 entre as atletas jovens, com a marca de 98kg. Ela suportou esse peso em abril, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.

Serão três adversárias em Dubai: a equatoriana Kerly Lascano, segunda colocada no ranking com a marca de 90kg, a cazaque Aigerim Aidarkyzy e a uzbeque Umida Rajapova.

“Estrear com a categoria Junior é uma responsabilidade muito grande. É muito importante começar a competição com um nível elevado, para que todos já passem a olhar o Brasil com respeito. É uma prova muito importante e estou bem confiante”, afirmou a atleta, que neste ano já foi ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens de Bogotá, na Colômbia, em junho, e tem mielomeningocele, uma má-formação da medula espinhal que afeta seus movimentos.

Lara disse ter amadurecido desde o último Mundial, em 2021. “Minha forma de pensar e treinar mudou bastante. No último Parapan de Jovens, enfrentei questões familiares muito complicadas e consegui voltar com um ótimo resultado. Agora, conheço meu potencial e o que eu posso fazer. Meus treinos estão evoluindo sempre e fico muito feliz com isso”.

Esta será a terceira e última participação de Lara em um Mundial pela categoria Junior. Ela contou que sua primeira competição foi frustrante, com três tentativas anuladas em 2019, no Cazaquistão, o que valorizou ainda mais a conquista no campeonato seguinte, dois anos depois, quando ela suportou 87kg. “Eu fiquei muito ansiosa. Na Geórgia, em 2021, sabia que era possível ganhar a medalha de ouro, mas havia um receio em relação ao Mundial passado. Voltar depois disso com um título foi inesquecível”, afirmou.

Além de defender o ouro conquistado na  categoria Junior, Lara também irá competir na prova adulta até 41kg, desta vez na quarta-feira, 23. No dia 30, último de competição nos Emirados Árabes, ela ainda se junta a Mariana D’Andrea e Tayana Medeiros para as competições de times femininos. A mineira promete estratégias diferentes para cada prova. “Vou fazer o necessário para vencer no primeiro dia, mas acredito que posso reservar alguma surpresa para a competição da elite, na qual estarão minhas principais adversárias”, afirmou.

O Brasil conquistou em sua história 11 medalhas na categoria Junior desde 2014, ano de obtenção da primeira delas, sendo cinco ouros, quatro pratas e dois bronzes. Presente na delegação de Dubai, o mineiro Mateus Silva, 26, foi responsável por uma dessas conquistas, uma prata em 2017, na Cidade do México. “Eu sempre competi nas categorias adulto e Junior ao mesmo tempo. Para quem é adolescente, está começando, ajuda a você ter um gás até ter marcas próximas a dos adultos. Era maravilhoso, as pessoas vibravam muito comigo quando eu ganhava algo ali. O halterofilismo era algo novo para minha família, eles comemoravam muito”, lembrou o halterofilista.

Seleção Brasileira em Dubai
A equipe brasileira adulta em Dubai supera em número a convocada para a edição anterior do Mundial, em Tbilisi, na Geórgia. Na competição passada, o Brasil contou com 18 atletas para as disputas na elite da modalidade. Porém, o país também foi representado por sete atletas no Mundial Junior, naquela ocasião, para aqueles com até 20 anos.

A opção por priorizar a elite em 2023 se deve à proximidade dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Dessa forma, optou-se por uma convocação que trouxesse o maior número possível de atletas candidatos a obter uma vaga nos Jogos.

O país leva a Dubai seus três medalhistas de edições anteriores do Mundial. São eles: a paulista Mariana D’Andrea, prata na Geórgia em 2021, o baiano Evânio da Silva, bronze na Cidade do México em 2017, e a paranaense Márcia Menezes, bronze em Dubai em 2014. Além disso, a delegação contará com nove estreantes.

Com seis atletas, Minas Gerais é o estado com o maior número de representantes no Mundial de halterofilismo paralímpico. Dentre os convocados, 11 vêm da região Sudeste, sete do Nordeste, três do Sul e dois do Norte. A Seleção Brasileira é formada majoritariamente por mulheres. São 14, cerca de 61% do grupo, ante nove atletas masculinos.


Confira a programação dos atletas brasileiros nesta terça-feira, 22, em Dubai:
6h (de Brasília)
Categoria Junior, até 41kg

Lara de Lima

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
A atleta Mariana D’Andrea é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.

Time São Paulo
A atleta Mariana D’Andrea é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 106 atletas de 14 modalidades.

Patrocínios
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do halterofilismo.

Assessoria de Imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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