A Segunda Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa de halterofilismo terminou na manhã deste domingo, 30, com a quebra de cinco recordes nacionais por atletas da Seleção Brasileira que irão disputar o Mundial da modalidade em Dubai, de 22 a 30 de agosto.
A competição foi organizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, e teve início no sábado, 29. Competiram 84 atletas de 11 estados (AM, MG, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, SC, SE e SP) e do Distrito Federal.
Esta é a última competição nacional antes de dois compromissos da Seleção Brasileira em agosto. Nos dias 3 e 4, 18 halterofilistas disputam as Seletivas para os Jogos Parapan-Americanos de Santiago, no Chile, que acontecerão em novembro. O torneio classificatório também será realizado na capital chilena. Em seguida, 23 atletas da modalidade disputam o Mundial de Dubai, a partir do dia 22.
Neste domingo, 30, o carioca Gustavo Amaral de Souza, 22, quebrou o recorde brasileiro na categoria acima de 107kg, ao erguer 230kg em sua terceira tentativa. A melhor marca anterior era dele próprio: 220kg no Campeonato Brasileiro Loterias Caixa, em abril, no Centro de Treinamento Paralímpico, o que o tornou o halterofilista paralímpico brasileiro a suportar a maior carga da história.
“Estou muito feliz. Comecei a competir no Circuito ano passado, queimando muitas tentativas, sem ir tão bem. Neste ano, emplacamos uma sequência de vitórias. Não tem como explicar o sentimento. Tivemos um trabalho muito intenso neste mês, visando o Parapan. A competição de hoje aqui foi um teste para a seletiva no Chile”, afirmou Gustavo, que tem amputação na perna direita em decorrência de uma má-formação e competiu pelo clube ADAAN.
No sábado, a campeã paralímpica nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 Mariana D’Andrea suportou 150kg e bateu o recorde nacional na categoria até 79kg. A melhor marca anterior era da própria paulista, 143kg durante a Primeira Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa, também no Centro de Treinamento Paralímpico, em março.
A marca de Mariana é superior, inclusive, ao recorde mundial atual na categoria, de 145kg, levantados pela nigeriana Bose Omolayo no Cairo, em outubro de 2022. Porém, o recorde de Mariana não terá validade internacional, pois o Circuito não obedece a todos os critérios estabelecidos pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, da sigla em inglês), como ter uma arbitragem internacional. Mariana tem nanismo e competiu pela AESA-ITU.
Também no sábado, a atleta de Natal (RN) Maria Rizonaide, 41, do clube SADEF-RN, quebrou o recorde brasileiro da categoria até 50kg ao levantar 100kg em sua terceira tentativa. A marca anterior era dela própria, que havia suportado 95kg na etapa da Copa do Mundo disputada em Dubai, em dezembro de 2022.
A carioca Tayana Medeiros, 30, do Praia Clube, estabeleceu o novo recorde brasileiro na categoria até 86kg com a marca de 140kg. O recorde anterior já era dela, que levantou 135kg em abril, no CT Paralímpico, durante o Campeonato Brasileiro Loterias Caixa de halterofilismo.
A mineira Cristiane Alves Reis, 40, bateu o recorde nacional da categoria até 55kg ao levantar 95kg. A marca anterior pertencia a ela própria, que ergueu 94kg no Campeonato Brasileiro Loterias Caixa, em abril deste ano, no Centro de Treinamento Paralímpico. Cristiane tem nanismo e recebeu convite de seu treinador para iniciar no halterofilismo em 2019. Ela representa o SADEVI/MG – CTE-UFMG.
Murilo Spina, coordenador do halterofilismo no Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB, disse que os resultados dão confiança para a repetição de boas marcas na seletiva, no Chile, e para o Mundial. “A delegação está conseguindo viajar logo após essa competição nacional, que permitiu aos técnicos brasileiros saberem o real potencial dos atletas em competição, inclusive com halterofilistas adiantando marcas expressivas que buscarão fazer nos campeonatos internacionais e outros despontando e apresentando uma boa evolução”, afirmou.
O coordenador atribuiu ao trabalho dos técnicos em seus clubes a melhora recente do desempenho dos atletas. “A gente está fazendo um trabalho de incentivo aos treinadores, realizando cursos de habilitação técnica a partir do Programa Educação Paralímpica, para dar cada vez mais informações e ferramentas para eles se desenvolverem”, completou.
Confira o catálogo da competição
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
A atleta Mariana D’Andrea é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.
Time São Paulo
A atleta Mariana D’Andrea é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 106 atletas de 14 modalidades.
Patrocínio
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do halterofilismo.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)