A campeã paralímpica Mariana D’Andrea, 25, quebrou o recorde brasileiro na categoria até 79kg na abertura da Segunda Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa de halterofilismo, neste sábado, 29, ao suportar 150kg em disputa realizada no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. A marca, obtida a menos de um mês do Mundial de halterofilismo, que acontece em Dubai de 22 a 30 de agosto, é superior ao recorde mundial atual na categoria, de 145kg, levantados pela nigeriana Bose Omolayo no Cairo, em outubro de 2022. Porém, o recorde de Mariana não terá validade internacional, pois o Circuito não obedece a todos os critérios estabelecidos pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, da sigla em inglês), como ter uma arbitragem internacional.
A Segunda Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa de Halterofilismo é organizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e conta com participação de 84 atletas de 11 estados (AM, MG, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, SC, SE e SP) e do Distrito Federal.
Esta é a última competição nacional antes de dois compromissos da Seleção Brasileira em agosto. Nos dias 3 e 4, 18 halterofilistas disputam as Seletivas para os Jogos Parapan-Americanos de Santiago, no Chile, que acontecerão em novembro. O torneio classificatório também será realizado na capital chilena. Em seguida, 23 atletas da modalidade disputam o Mundial de Dubai, a partir do dia 22.
Vencedora dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 na categoria até 73kg e vice no Mundial de 2021, em Tbilisi, na Geórgia, a paulista Mariana D’Andrea passou a competir nos 79kg em 2023. Ela própria já havia estabelecido o recorde brasileiro na nova categoria: 142kg levantados durante a Primeira Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa, em março, no CT, superados neste sábado, 29.
“Essa era uma marca que não pretendíamos fazer agora. Mas, conforme a competição avançou, senti que estava muito bem e meu treinador sugeriu que já tentássemos, para reforçar nossa preparação para o Mundial. Estou muito feliz, porque venho dando meu melhor. Essa semana senti um pouco de dor, tive medo de que isso me prejudicasse, então fiquei muito emocionada quando vi que deu tudo certo e nada poderia me atrapalhar”, afirmou Mariana, que tem nanismo e representa o clube AESA – ITU.
Além de Mariana, outras três atletas que participarão do Mundial da modalidade, em Dubai, quebraram recordes nacionais. Também na abertura do Circuito Loterias Caixa, a atleta de Natal (RN) Maria Rizonaide, 41, quebrou o recorde brasileiro da categoria até 50kg ao levantar 100kg em sua terceira tentativa. A marca anterior era dela própria, que havia suportado 95kg na etapa da Copa do Mundo disputada em Dubai, em dezembro de 2022.
“Hoje foi a melhor competição da vida. Estava muito tranquila, consegui controlar tudo. Estou amadurecendo. Eu já estava treinando para fazer isso aqui. Na segunda tentativa, fiz 97kg e já era quebra de recorde. Então decidi ir para as cabeças no último levantamento e deu certo. Agora, em Dubai, se Deus quiser, vou fazer essa marca aqui e talvez até melhor”, comemorou Maria, que tem nanismo e começou a competir no halterofilismo em 2011. A halterofilista, que foi medalhista de ouro nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015, competiu pela SADEF-RN.
A carioca Tayana Medeiros, 30, estabeleceu o novo recorde brasileiro na categoria até 86kg com a marca de 140kg. O recorde anterior já era dela, que levantou 135kg em abril, no CT Paralímpico, durante o Campeonato Brasileiro Loterias Caixa de halterofilismo.
A mineira Cristiane Alves Reis, 40, bateu o recorde nacional da categoria até 55kg ao suportar 95kg. A marca anterior pertencia a ela própria, que levantou 94kg no Campeonato Brasileiro Loterias Caixa, em abril deste ano, no Centro de Treinamento Paralímpico. Cristiane tem nanismo e recebeu convite de seu treinador para iniciar no halterofilismo em 2019. Ela representa o SADEVI/MG – CTE-UFMG.
A mineira participa, em agosto, tanto da seletiva do Parapan como também do Mundial. “Estou muito feliz. Esse recorde me mostra que eu posso seguir superando minhas metas. Espero repetir essa marca já no Chile, que será minha primeira viagem internacional. Dá um friozinho na barriga, mas é muito bom”, afirmou.
O Circuito continua até o final da manhã deste domingo, 30, com as provas masculinas.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
A atleta Mariana D’Andrea é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.
Time São Paulo
A atleta Mariana D’Andrea é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 106 atletas de 14 modalidades.
Patrocínio
O halterofilismo é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
