O velocista catarinense José Alexandre da Costa, da classe T47 (para amputados de braço) registrou o terceiro melhor tempo do mundo nos 100m neste domingo, 23, durante o 2º Desafio CPB/CBAt, realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Ele completou a prova em 10s75.
O Desafio de atletismo CPB/CBAt tem a finalidade de difundir e desenvolver a prática da modalidade entre atletas brasileiros com e sem deficiência. A competição é dirigida e organizada pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Na prova deste comingo, José Alexandre só ficou atrás do medalhista paralímpico Washington Assis, que completou a distância em 10s70 e ficou com o segundo melhor tempo do ano do ranking. Ambos são superados somente pelos 10s55 do paraibano Petrúcio Ferreira, cravados no Open Internacional de atletismo, também no CT Paralímpico, em março.
“Eu e meu treinador ficamos muitos felizes com essa marca. Consegui colocar cabeça no lugar e, mesmo saindo um pouco atrás, fiz uma corrida de recuperação para fazer esse belo tempo”, afirmou o atleta que tem má-formação congênita no braço esquerdo (abaixo do cotovelo).
“Esse é meu último ano no sub-20, sou muito novo ainda. Mas sonho alto. Mesmo com 19 anos, penso que posso estar no Mundial adulto. Estou muito satisfeito de estar entre os três melhores [do ranking]. Estou sem palavras, está sendo um ano incrível para mim”, completou.
O jovem catarinense já participou de grandes competições para sua faixa etária como o Circuito Loterias Caixa e o Campeonato Brasileiro de atletismo, ambos organizados pelo CPB. Quando criança, participou ainda de eventos como as Paralimpíadas Escolares e a Gymnasiade, o Mundial Escolar para crianças e jovens com deficiência.
José Alexandre também tem chances de representar o país no Mundial de atletismo Paris 2023, marcado de 8 a 17 de julho, na prova dos 400m. Ele tem, atualmente, a segunda melhor marca do ano nessa disputa — 49s06 registrados no Open de atletismo, ficando atrás somente do marroquino Ayoub Sadni, que tem 48s29.
“Estamos muito felizes, porque treinamos somente para uma prova, mas acabamos tendo resultados em duas. Os 400m exigem muito volume de tiros, com poucas pausas. Já nos 100m, o atleta usa mais a potência e a técnica”, explica
Ainda pelo Desafio CPB/CBAt, a paranaense Lorena Spoladore venceu duas das provas mais disputadas do dia ao completar as provas dos 100m e 200m para atletas cegas em 12s23 e 25s66, respectivamente.
Patrocínios
O atletismo tem o patrocínio das Loterias Caixa e da Braskem.
Time São Paulo
A atleta Lorena Spoladore é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 106 atletas de 14 modalidades.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
