O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) divulgou a convocação de 96 atletas e dois calheiros nesta quinta-feira, 20, para a 5ª edição dos Jogos Parapan-Americanos de Jovens, que será realizada em Bogotá, capital da Colômbia, entre os próximos dias 2 e 12 de junho.
O evento terá disputas em 12 modalidades para atletas de 12 a 20 anos: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, futebol de cegos, futebol PC (paralisados cerebrais), goalball, halterofilismo, judô, natação, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado.
Dos 96 atletas brasileiros convocados, 16 são do basquete em cadeira de rodas, oito da bocha, 10 do futebol de cegos, 12 do futebol PC, 10 do goalball, 16 do halterofilismo, cinco do judô, oito do tênis de mesa, três do tênis em cadeira de rodas e oito do vôlei sentado. As equipes de atletismo e natação não farão parte da missão brasileira, pelos motivos expostos em nota oficial na última terça-feira, 18.
Diretor de Esportes de Alto Rendimento do CPB, Jonas Freire destacou que o Parapan de Jovens é a primeira oportunidade que muitas promessas paralímpicas têm de mostrar suas performances internacionalmente. “Vamos conseguir observar os desempenhos dos atletas brasileiros e compará-los com os dos competidores de outros países. Alguns dos nossos medalhistas paralímpicos começaram suas trajetórias nesta competição. Ela é de fundamental importância para o desenvolvimento do paradesporto nas Américas”, disse.
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Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, pelo menos três medalhistas de ouro participaram de alguma edição do Parapan de Jovens. O fundista Yeltsin Jacques, ouro nos 1.500m e 5.000m da classe T11 (cegos), e o nadador Talisson Glock, campeão nos 400m livre da classe S6 (comprometimentos físico-motores), estiveram nos Jogos Parapan-Americanos de Bogotá 2009. Já a halterofilista Mariana D’Andrea, ouro na categoria até 73 kg, competiu no Parapan de Jovens de São Paulo 2017.
De acordo com o Comitê Organizador dos Jogos, serão cerca de 900 atletas presentes, de 21 países, nas arenas esportivas de Bogotá. “O Brasil será uma nação bastante competitiva. Temos um programa de desenvolvimento esportivo muito forte, seja por meio da Escola Paralímpica de Esportes ou pelos Centros de Referência espalhados por todo o país. Acreditamos que todo o trabalho realizado na base renderá frutos, não só no Parapan de Jovens, mas também em futuras competições adultas”, concluiu Jonas.
Das quatro edições anteriores do Parapan de Jovens, o Brasil só não participou da primeira, em Barquisimeto, na Venezuela, no ano de 2005. Quatro anos depois, em Bogotá, a delegação brasileira estreou no evento com 134 medalhas (78 de ouro, 39 de prata e 17 de bronze). Em 2013, na cidade de Buenos Aires (ARG), o país teve o seu melhor desempenho e foi campeão com 209 pódios (102 ouros, 65 pratas e 42 bronzes).
Já em 2017, em São Paulo, última vez em que os Jogos Parapan-Americanos de Jovens foram realizados, o Brasil voltou a liderar o quadro de medalhas, com 139 no total: 66 de ouro, 41 de prata e 32 de bronze. A atual edição estava marcada para 2021, porém, devido à pandemia de Covid-19, foi adiada por duas vezes até junho deste ano.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)