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Carol Santiago e José Ronaldo quebram recordes das Américas durante Circuito Paralímpico Loterias Caixa de natação

Carol Santiago sorri na piscina após prova | Foto: Robson Fernandjes/CPB
Dona de cinco medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, Carol Santiago, 36, bateu o recorde das Américas nos 100 m costas da classe S12 (para atletas com deficiência visual) neste sábado, 9, no CT Paralímpico, em São Paulo. Nesta manhã, a pernambucana completou a prova em 1min08s74, mais de seis segundo abaixo do seu antigo recorde, 1min14s79, também registrado na capital paulista, em abril de 2019. Ela é uma dos 221 nadadores inscritos na 2ª Fase Nacional do Circuito Paralímpico Loterias Caixa de natação

Outro nadador que representou o Brasil nos Jogos de Tóquio, o paulista José Ronaldo, 41, da classe S1 (para atletas com as mais severas limitações físico-motoras dentre todas da modalidade) também quebrou um recorde das Américas durante a 2ª Fase Nacional de natação, neste sábado, ao nadar os 200 m livre em 5min58s66. 

Na 1ª Fase, realizada na semana passada, também no CT, ele já havia estabelecido a melhor marca das Américas desta prova, quando completou o percurso em 6min35s05. Antes, o recorde era do colombiano Luís Eduardo Rojas, que fez a prova em 7min50s24, nos EUA, em 2013. 

Pelos critérios do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Carol e José Ronaldo estão classificados para o Mundial de Natação, marcado para a Ilha da Madeira, em Portugal, no próximo mês de junho. A pernambucana assegurou a vaga ao conquistar suas três medalhas de ouro em Tóquio, enquanto o paulista garantiu sua presença na competição em solo lusitano ao atingir índice na 1ª Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa da modalidade. 

“Eu fiquei muito feliz com o resultado. Esperava nadar bem, mas estava com muito desconforto na coluna. Nem sabia se participaria desta 2ª Fase Nacional. Só que toda a equipe médica do CPB e o fisioterapeuta Rafael Martins de Oliveira fizeram um trabalho excelente para que eu conseguisse nadar. Sem eles, o recorde não seria possível. Estou dois dias sem dor. Agora, no Circuito Loterias Caixa, tenho feito uma programação parecida com a que estamos planejando para o Mundial, em Portugal. Eu estava com algumas dúvidas se nadaria todas as provas da minha classe, mas esse recorde das Américas mostra que é possível”, disse Carol, que nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz o campo de visão. 

Além de Carol e Ronaldo, outros dois atletas se destacaram na manhã deste sábado no CT Paralímpico: o paranaense Eric Tobera (S3) bateu o recorde brasileiro nos 50 m peito, ao realizar a prova em 55s90 e superar a marca de 56s16 do paraibano Ronystony Cordeiro, e o catarinense Talisson Glock (S6) atingiu o índice para o Mundial de Portugal nos 400 m livre, com o tempo de 5min09s91. Ele, porém, já tinha vaga garantida na competição por ser o atual campeão paralímpico da prova. 

O Circuito Loterias Caixa, organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e patrocinado pelas Loterias Caixa, é a principal competição paralímpica nacional de três modalidades: atletismo, natação e halterofilismo. O objetivo é desenvolver as práticas desportivas em todos os municípios e estados brasileiros, além de melhorar o nível técnico dos participantes, sejam esportistas de elite ou jovens valores do país. 

A 2ª Fase Nacional de natação será realizada até este domingo, 10, com disputas que valem como seletiva para o Mundial de Portugal. Até agora, 20 nadadores brasileiros se classificaram para o torneio: os catorze  atletas que atingiram índice na 1ª Fase, os cinco medalhistas de ouro nos Jogos de Tóquio: Carol Santiago (S12), Gabriel Araújo (S2), Gabriel Bandeira (S14), Talisson Glock (S6) e Wendell Belarmino (S11), além da gaúcha Larissa Rodrigues (S3), que garantiu a vaga durante o World Series, em Berlim, na Alemanha. 

Halterofilismo
Na manhã deste sábado, o CT também recebeu as primeiras provas da 1ª  Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa de halterofilismo. Até o fim da tarde deste sábado, 9, sessenta e três homens competem em 10 categorias, enquanto as provas femininas, com 28 halterofilistas inscritas, serão realizadas no domingo, 10. Entre as competidoras estará a paulista Mariana D’Andrea, 24, medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e atual vice-campeã mundial na categoria até 73 kg.

Além de Mariana, outros quatro halterofilistas que estiveram nos Jogos de Tóquio se inscreveram nesta fase do Circuito Loterias Caixa: Ailton de Souza (até 80 kg), Bruno Carra (até 54 kg), Evânio Rodrigues (até 88 kg) e Tayana Medeiros (até 86 kg). 

Neste sábado, o paulista Bruno Carra competiu na categoria até 59 kg e foi campeão ao levantar 160 kg em sua melhor tentativa. Apesar da conquista, o atleta afirmou que tende a melhorar ao decorrer da temporada. “Eu venho de uma lesão desde Tóquio. Agora, estou muito melhor. Ter minhas três tentativas validadas foi muito positivo. Lá no Japão, eu tentei levantar 157 kg e os movimentos não foram válidos. Aqui, arrisquei um pouco mais e deu certo. Fiquei satisfeito em começar a temporada assim. Agora é focar nos próximos compromissos e buscar repetir os 175 kg que já suportei”, destacou. 

Mais do que atletas com experiências internacionais, a 1ª Fase Nacional de halterofilismo também reuniu participantes que iniciaram no alto rendimento há pouco tempo, como é o caso do sergipano Carlos dos Santos, 30, que passou a praticar a modalidade em 2018.

Nascido em Itaporanga d’Ajuda e estudante de engenharia civil, ele contou com a torcida presencial de amigos naturais do mesmo munícipio, mas, que, hoje, moram em São Paulo. Uma delas, inclusive, levou um cartaz com o nome do halterofilista. “Eu senti o apoio deles na hora da disputa. Foi muita emoção. Até chegou a cair uma lágrima”, disse Carlos, que ficou em terceiro lugar na categoria até 65 kg. Ele suportou 80 kg em sua melhor tentativa. 

Roberta Ribeiro, dona do cartaz, conhece o sergipano desde 2008. Mãe de uma recém-nascida, ela trouxe a filha e não poupou gritos para apoiar o amigo. “Eu sei tudo o que ele tem passado desde que a esquistossomose [doença parasitária que provocou uma inflamação medular em Carlos] começou a afetar os seus movimentos. Foi muito emocionante vê-lo praticando halterofilismo. Não terei nem palavras para contar essa história quando for para Sergipe. Minha filha, inclusive, pode crescer com limitações, mas sei que o esporte vai ajudá-la a se desenvolver em todos os sentidos”, finalizou. 

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível 
A atleta Carol Santiago é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 70 atletas e sete atletas-guia. 

Time São Paulo
Os atletas Bruno Carra e José Ronaldo são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo que beneficia 57 atletas de 11 modalidades.
 

Patrocínios 
A natação e o halterofilismo tem o patrocínio das Loterias Caixa. 

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

PATROCINADORES

  • Toyota
  • Braskem
  • Loterias Caixa

APOIADORES

  • Ajinomoto

PARCEIROS

  • The Adecco Group
  • EY Institute
  • Cambridge
  • Estácio
  • Governo do Estado de São Paulo

FORNECEDORES

  • Max Recovery