Durante o intercâmbio, o CT tem sediado treinamentos e cursos relacionados ao parabadminton, sob a tutela do italiano Enrico Galeani, técnico da seleção da modalidade daquele país. Ao todo, representantes de nove países têm participado do encontro.
O parabadminton estreou no programa dos Jogos na última edição, em Tóquio, sendo que o Brasil teve Vitor como único representante. O paranaense terminou a competição na quarta posição pela classe SH6 (baixa estatura). Ele conheceu o parabadminton em 2016, quando um professor do colégio em que estudava o convidou para praticar a modalidade.
Nesta entrevista, o atleta falou sobre o Intercâmbio e como o evento pode ajudá-lo no ciclo paralímpico para os Jogos de Paris 2024. Além disso, Vitor também comentou sobre o calendário do parabadminton em 2022. Seus principais compromissos neste ano serão o Mundial, que deve acontecer em Tóquio, no Japão, de 01 a 06 de outubro, e o Pan-Americano da modalidade, marcado para ocorrer na Colômbia, sem cidade definida, entre os dias 21 e 27 de novembro.
Como o Intercâmbio Parapan-Americano de parabadminton vai ajudá-lo neste ciclo paralímpico para Paris?
Vai ajudar muito, pois tive contato com atletas de outros países. Nós sempre nos ajudamos e trocamos experiências. Cada um tem a sua visão e pude absorver algumas coisas para levar aos meus treinos diários. Isso vai agregar bastante e permitir que faça alguns ajustes no meu jogo e no meu estilo. Além disso, aprendi muito com o técnico italiano Enrico Galeani. Ele faz exigências diferentes em relação às feitas pelos meus técnicos, ou seja, acabo assimilando coisas diferentes e me desenvolvendo como atleta.
Como está o seu planejamento para 2022?
Será um ano bastante intenso, com diversos torneios. Já no final do ano, teremos duas competições muito importantes: o Pan-Americano e o Mundial. Pretendo pontuar e subir no ranking cada vez mais [Vitor é o primeiro do ranking das Américas em sua classe e quinto no Mundial]. Tenho treinado de segunda a sábado, com atividades em quadra, treinos físicos e acompanhamento psicológico. Também faço um acompanhamento nutricional uma vez por mês. Sempre vamos fazendo ajustes com a minha equipe em Curitiba.
Você chegou muito perto de uma medalha paralímpica em Tóquio. O que fazer neste ciclo para subir ao pódio em Paris 2024?
Eu falei com os atletas no Intercâmbio sobre a sensação de chegar tão perto. Um deles me perguntou como eu me senti. A ideia é trabalhar mais, falar com o técnico e com psicólogo para ver o que pode ser melhorado e chegar mais bem preparado a Paris.
Após ficar praticamente uma semana no CT Paralímpico e conversando com outros atletas, acredita que a estrutura que é oferecida aos atletas brasileiros está entre as melhores do mundo?
Eu tenho certeza de que o Brasil está entre os tops do mundo. A estrutura do Comitê Paralímpico Brasileiro é fantástica. E não falo só das quadras, falo de tudo: testes e avaliações físicas, área médica, fisioterapia. É algo incrível. Se tiver algo semelhante em outros países, será em um ou outro lugar. Não há muitos. É muito bom termos essa estrutura à nossa disposição, pois assim sabemos em que nível estamos e como podemos melhorar em algum ponto específico. Lá em Curitiba, também faço um trabalho interessante com a minha equipe.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
O atleta Vitor Tavares é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 76 atletas.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)