O nadador Gabriel Bandeira conquistou, neste sábado, 22, seu sexto ouro na etapa de Madeira, Portugal, do World Series da modalidade, circuito internacional da natação organizado pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês). Este foi o último dia do evento e, ao todo, o Brasil conquistou sete medalhas, sendo seis de ouro e uma de prata.
O paulista de 21 anos, que defende o Praia Clube de Uberlândia, completou a final dos 100m borboleta da classe S14 (para nadadores com deficiência intelectual) em 54s99 e estabeleceu o novo recorde das Américas na tarde deste sábado. O vice-campeão foi o argentino Cancinos Maidana com a marca de 58s35 e o bronze ficou com o russo Mikhail Kuliabil (58s65).
“Foi muito bom. Em algumas provas, eu não esperava nadar tão bem. Agora estou muito cansado. Hoje eu queria tentar bater o recorde mundial. Estou treinando muito. Espero poder ir conquistar uma medalha em Tóquio”, comentou o nadador esboçando o cansaço do fim da competição.
Foram seis ouros acompanhados de recordes continentais. Gabriel Bandeira foi o destaque brasileiro nesta competição, apesar de ser estreante em competições internacionais paralímpicas.
No domingo, 16, Gabriel faturou o ouro nos 200m livre com 1min55s37, novo recorde continental. Já nos 100m costas, disputado na segunda, ele foi o único a nadar abaixo do 1 minuto e conquistar sua segunda medalha dourada e mais um novo recorde das Américas, com 59s95.
Na terça-feira, 18, teve dobradinha brasileira nos 100m peito S14. O campeão foi Gabriel Bandeira com a marca de 1min06s31 e o vice-campeão foi João Pedro Brutos (1min06s73). Nas eliminatórias, João Pedro havia feito o melhor tempo e estabelecido um novo recorde das Américas, com 1min07s61. Já na final, Gabriel levou a melhor e, além de ter conquistado a medalha dourada, melhorou a marca de seu compatriota para o novo recorde das Américas.
Na quinta-feira, 20, ele foi campeão dos 200m medley com o recorde americano de 2min10s92. Na sexta, foi a vez de subir no topo do pódio dos 100m livre que nadou em 51s60, novo melhor tempo das Américas.
Natural de Indaiatuba, São Paulo, Gabriel migrou para o paradesporto no início de 2020. Desde os 11 anos, competia no convencional, participando de grandes competições como o Troféu Maria Lenk.
Os atletas que representaram o Brasil foram: Gabriel Bandeira, João Pedro Brutus e André Luiz Bento. Todos são da classe S14, para atletas com deficiência intelectual, e viajaram para Portugal, respeitando todos os protocolos sanitários, com o objetivo de confirmação e/ou obtenção da classificação intelectual internacional.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)