A terceira etapa nacional de halterofilismo do Circuito Loterias Caixa encerrou-se neste domingo, 24, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, com recorde de competidores inscritos. Desde a sexta-feira, 22, 153 atletas paralímpicos de 23 clubes brigaram por medalhas em 18 disputas.
“É um número sem precedentes nosso esporte e que mostra o quanto os nossos centros de referência estão dando certo”, justifica o coordenador da modalidade, Felipe Dias, fazendo referência aos sete centros espalhados pelo país que têm como objetivo desenvolver a modalidade.
Valdecir Lopes, um dos técnicos da Seleção Brasileira de halterofilismo, é o responsável por um destes centros, em Itu, no interior de São Paulo. Atualmente com 25 atletas, ele afirma que não seria possível atender tantos halterofilistas sem o suporte dado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). “Comecei a trabalhar no halterofilismo paralímpico em 2010 e é incrível como a modalidade cresceu e ganhou novos atletas”, comentou ele, que trouxe 23 competidores para terceira etapa nacional do Circuito Loterias Caixa da modalidade.
Também técnico integrante da Seleção Brasileira, Wéverton Santos comanda o clube CDDU, de Minas Gerais, e compartilha da opinião de Valdecir. “Lembro quando entrei no paradesporto em 2003 e tínhamos 30, 40 atletas em cada competição. Hoje, estamos aqui com mais de 150. Ter tanta gente competente disputando medalha gera um incentivo para o atleta, que não pode se acomodar. Isso só aumenta o nível do esporte no Brasil. Estamos em constante evolução”, explica.
Na competição deste fim de semana, 25 atletas representaram a CDDU no CT Paralímpico. Em sete das 18 disputas a entidade garantiu o lugar mais alto do pódio. Um dos ouros veio neste domingo, 24, com Mateus de Assis, de 21 anos. O atleta, que nasceu com hidrocefalia e mielomeningocele, bateu o recorde brasileiro da categoria até 107kg em sua terceira tentativa, ao levantar 207kg, superando a antiga marca em 1kg. “Havia um tempo eu perseguia este recorde e, hoje, finalmente, saiu. É gratificante saber que sou jovem e já tenho conquistado meu espaço na modalidade”, celebra.
A 3ª etapa nacional do Circuito Loterias Caixa de halterofilismo ocorreu simultaneamente à II Copa Brasil de esgrima em cadeira de rodas, que, neste domingo, encerrou com as disputas por equipes. O Paraná garantiu o primeiro lugar no masculino e no feminino. O título entre os homens veio com a ajuda do gaúcho Jovane Guissone (ADFP/PR), que terminou a competição com quatro medalhas. Além do ouro por equipes, ainda foi campeão no florete, na espada e vice no sabre.
As duas competições reuniram mais de 200 atletas de 13 estados e do Distrito Federal. Atletas de ambas modalidades voltam ao CT Paralímpico, em São Paulo, para a disputa dos respectivos Campeonatos Brasileiros, em outubro.
O Circuito
O Circuito Loterias Caixa é organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro e patrocinado pelas Loterias Caixa. Este é o mais importante evento paralímpico nacional de atletismo, halterofilismo e natação. Composto por quatro fases regionais e duas nacionais, tem como objetivo desenvolver as práticas desportivas em todos os municípios e estados brasileiros, além de melhorar o nível técnico das modalidades e dar oportunidades para atletas de elite e novos valores do esporte paralímpico do país. Em 2018, as disputas das fases nacionais foram separadas por modalidade – haverá ainda um Campeonato Brasileiro de cada esporte.
Patrocínios
A esgrima em cadeira de rodas e o halterofilismo têm patrocínio das Loterias Caixa.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)